https://periodicos.ufrn.br/aletheia/issue/feedRevista Alétheia2015-02-26T00:44:46-03:00Lyvia Vasconcelos Baptistalyviavasconcelos@gmail.comOpen Journal Systems<p style="margin: 0px;"><strong>Scope:</strong> A Revista Alétheia incentiva a divulgação de trabalhos acadêmicos que abordem a Antiguidade e o Medievo, em âmbito nacional e internacional. Este periódico recebe publicações de pesquisadores de todas as áreas das Ciências Humanas, em nível de graduação e pós-graduação. Os trabalhos serão avaliados por pareceristas ad hoc, sendo veiculados de acordo com as exigências estabelecidas nas normas de publicação.</p> <p style="margin: 0px; text-align: left;"><strong>Área do conhecimento</strong>:Multidisciplinar <strong>Qualis/CAPES</strong>:B3 <strong>e-ISSN</strong>:1983-2087 <strong>Contato</strong>:<a title="E-mail" href="mailto:lyviavasconcelos@gmail.com" target="_blank" rel="noopener">lyviavasconcelos@gmail.com</a></p>https://periodicos.ufrn.br/aletheia/article/view/6684“ABRINDO A CAIXA DE PANDORA”: APROPRIAÇÕES DA NOSOLOGIA HIPOCRÁTICA NA REPRESENTAÇÃO DA DOENÇA NA ESCRITA DE HERÓDOTO2015-02-26T00:43:32-03:00Juliene Vieira Câmarajulienevieiracamara@hotmail.comMarinalva Vilar Limairamlima@ig.com.brReconhecendo os bárbaros como dotados de outros nómoi, Heródoto cultua as diferenças culturais entre povos, fundamentando suas proposições com dados colhidos, que molda, aperfeiçoa e recria. Diante de tal pensamento, pretendemos demonstrar através de nossas investigações, como Heródoto apropria-se dos preceitos nosológicos contidos no Corpus Hipocraticum, referentes à compreensão que se tinha na Grécia em relação ao conceito e significado do binômio saúde-doença, tentando fazer perceber como estes entediam e tratavam suas doenças. Explicando por meio de uma espécie de retórica da alteridade como Heródoto da à forma ao tema doenças, para então representar o outro, ou seja, os ditos povos “bárbaros” através da apresentação dos seus costumes ao longo de sua narrativa.2015-02-14T00:00:00-03:00Copyright (c) 2015 Revista Alétheiahttps://periodicos.ufrn.br/aletheia/article/view/6694O COMPLEXO DE CULTO REAL DE RAMESSÉS III: ESPAÇO E MEMÓRIA NA XXª DINASTIA DO ANTIGO EGITO2015-02-26T00:43:32-03:00Arthur Rodrigues Fabrícioarthur-fabricio@hotmail.comUma das características marcantes da antiga sociedade egípcia é seu apego em relação ao passado. Para esta, um homem sem memória não pode existir, nem no mundo dos vivos, nem no mundo dos mortos. Há uma necessidade de se pensar ainda em vida um projeto de transição para o pós-vida, que inclui entre os muitos cuidados aquele em relação à manutenção da memória. A perspectiva culturalista da memória redeu bons frutos durante as últimas décadas e, a partir da noção bem difundida de memória cultural – forjada pelos egiptólogos alemães Jan e Aleida Assmann -, vários campos de saberes passaram a pesquisar as múltiplas relações que este conceito propicia. Este artigo, como um destes estudos, busca perceber se, no Egito Antigo, o complexo de culto real de Ramessés III (1187 – 1157 a.C.), no Novo Império (1539 – 1077 a.C.), pode ter sido utilizado para perpetuar a memória cultural da sociedade egípcia daquela época e, em caso afirmativo, que tipos de recursos foram adotados neste monumento para a consolidação deste projeto de memória.2015-02-14T00:00:00-03:00Copyright (c) 2015 Revista Alétheiahttps://periodicos.ufrn.br/aletheia/article/view/6696NARRATIVAS DA PESTE NA HISTÓRIA DA GUERRA DO PELOPONESO DE TUCÍDIDES2015-02-26T00:43:32-03:00Marinalva Vilar de Limairamlima@ig.com.br<p class="Corpodotexto">Tucídides, General e estadista ateniense, dedicou parte de seu tempo à narrativa da guerra que para ele fora o acontecimento digno de ser mimetizado para a posteridade: a história da guerra do Peloponeso. Conflito iniciado em 431 a.C., a partir de que as cidades de Atenas e Esparta levaram as demais cidades gregas a se organizarem nas ligas de Delos, de apoio à Atenas, e a do Peloponeso, dos aliados de Esparta. Em meio à narrativa dos antecedentes da guerra, no Livro II, Tucídides insere a temática da peste localizando-a no momento em que a Ática é invadida. Invasão narrada após destacar o discurso fúnebre feito por Péricles em homenagem às vítimas daquele primeiro ano da guerra. O flagelo da peste vai se fazer presente entre os atenienses, concomitantemente a entrada dos inimigos no território ático, agravando a situação de calamidade que vai assolar os atenienses e seus aliados. Apesar da peste já ter se dado em outros lugares, antes de acometer a população de Atenas, Tucídides considera que nesta cidade ela assumiu proporção tamanha que veio a colocar a prova todos os recursos médicos e as práticas costumeiras da população em face às doenças, demonstrando grande sensibilidade de percepção para um aspecto, aparentemente irrelevante. Com isso, mobiliza os sentidos do leitor para a eleição da cidade de Atenas enquanto opção a ser assumida na compreensão que quer mimetizar sobre o relato da guerra.</p>2015-02-14T00:00:00-03:00Copyright (c) 2015 Revista Alétheiahttps://periodicos.ufrn.br/aletheia/article/view/6692NAS SOMBRAS DA ODISSÉIA E ENEIDA: OS MITOS COMO CONSTRUTORES DE IDENTIDADES NO MUNDO ANTIGO2015-02-26T00:43:32-03:00Janaína dos Santos Maiajanainamaiajd@hotmail.comPaulo Souto Maior Júniorpaulosoutom@gmail.com<p>Este texto procura pensar a importância dos mitos como construtoras de uma identidade do que era ser grego e romano no mundo antigo. Para isso, lançamos mão do livro Odisseia, de Homero e Eneida, de Virgílio com o propósito de observar os pontos de conexão entre ambos, bem como de que maneira eles se referem ao mundo se valendo de mitos vindos da tradição oral. Nesse sentido será efetuado um diálogo com outros autores da época na tentativa de solucionar a tese problematizada neste artigo. </p>2015-02-14T00:00:00-03:00Copyright (c) 2015 Revista Alétheiahttps://periodicos.ufrn.br/aletheia/article/view/6697CARTOGRAFIAS DO ALÉM: A SOCIEDADE DOS VIVOS E A SOCIEDADE DOS MORTOS NO ANTIGO EGITO2015-02-26T00:43:32-03:00Keidy Matiaskeidylmatias@gmail.comO universo egípcio dos mortos (<em>Duat</em>) foi concebido com base no mundo dos vivos (<em>Kemet</em>), portando-se como uma continuação deste; em outras palavras, o <em>Duat</em> era o “duplo” de <em>Kemet</em>. A partir do conceito de “duplo” (ou “oposição privativa”, conforme denominação proposta por Ciro Flamarion Cardoso) nos propomos a discutir acerca da concepção social do universo egípcio dos mortos – problemática que desenvolvemos em nossa pesquisa de mestrado, que tem como fonte o Livro Egípcio dos Mortos.2015-02-14T00:00:00-03:00Copyright (c) 2015 Revista Alétheiahttps://periodicos.ufrn.br/aletheia/article/view/6686IDENTIDADES CRISTÃS NA ANTIGUIDADE TARDIA: RESSIGNIFICAÇÕES DOS VALORES E PRÁTICAS ROMANAS NA APOLOGIA DE TERTULIANO2015-02-26T00:43:32-03:00Talita Oliveiratalita.rmsoareso@gmail.comO presente artigo analisa a escrita de Tertuliano, teólogo africano do século II, considerando as articulações feitas pelo autor com outras produções e discursos da época. Sua principal obra <em>Apologia (197) </em>se configura no momento de conflitos entre a religião emergente, o cristianismo, e as crenças tradicionais dos romanos. Neste contexto, buscamos estudar as contribuições de Tertuliano no processo de construção de uma identidade para o cristianismo em sua fase inicial, que posteriormente influenciou o pensamento cristão ocidental. Examinamos as semelhanças e diferenças entre os mecanismos de legitimação de uma “moral cristã”, marcada pela apropriação e (re)significação dos valores morais dos antigos, no qual Tertuliano coloca os romanos como o “outro” num cenário em que era preciso constituir um ideal de identidade para o cristianismo. Neste sentido, problematizamos os discursos de Tertuliano a partir do diálogo com escritores clássicos e estudiosos contemporâneos que nos permitem compreender o jogo de alteridade presente nas relações entre os dois modelos de “moral” existentes neste contexto histórico.2015-02-14T00:00:00-03:00Copyright (c) 2015 Revista Alétheiahttps://periodicos.ufrn.br/aletheia/article/view/6683UM ESPELHO SOBRE O PASSADO: BREVE ANÁLISE SOBRE MEMÓRIA DA INTERTEXTUALIDADE NA OBRA O ASNO DE OURO2015-02-26T00:43:32-03:00Liliane Pessoalilapessoa@hotmail.com<p>Com o passar dos anos, muitas pesquisas sobre a obra apuleiana, com diferentes enfoques, vem ganhando espaço no cenário da historiografia atual. Contribuindo com esta perspectiva, este trabalho objetiva apresentar outro viés nos estudos sobre a obra <em>O Asno de Ouro</em>, escrita no século II d.C. De acordo com a literata alemã Renate Lachmann, uma obra, seja ela qual for, corresponde a uma junção de vários outros textos, através de trocas e contatos, formais e semânticos, o que a autora denomina como intertextualidade. Esta, por sua vez, será a responsável por formar a memória de um texto e surge no ato da escrita, à medida que cada novo ato de escrita é um percurso no espaço entre os textos existentes. Assim, conforme Aleida Assmann, quem escreve, permanece. Ora, esta frase resume exatamente a que este trabalho se propõe: analisar a obra <em>O Asno de Ouro</em>, do escritor madaurense Apuleio, através do conceito de memória da intertextualidade, buscando identificar e avaliar a presença de outros textos nos escritos apuleianos, a fim de compreender as intenções do autor ao referenciar outras obras.</p>2015-02-14T00:00:00-03:00Copyright (c) 2015 Revista Alétheiahttps://periodicos.ufrn.br/aletheia/article/view/6690ROMA, A CAPITAL DO IMPÉRIO: UM ESTUDO DO CORPO E DO ESPAÇO NA CIDADE ANTIGA2015-02-26T00:43:32-03:00Ana Paula Santana Filgueiraana.psf123@gmail.comTendo como base os princípios que designam o espaço enquanto produto da experiência humana e do sagrado como a ritualização de um dado espaço, analisaremos como os romanos construíram sua cidade enquanto uma representação do equilíbrio entre o mundo terreno e o dos deuses. Pensaremos na cidade, suas ruas, edifícios, estátuas e toda a sua estrutura, fruto de um planejamento urbano, baseado em princípios matemáticos, mas que em seu alicerce guarda medos, anseios, mitos, esperanças e memórias, daqueles que a habitaram ou simplesmente passaram por ela. A partir desse ponto de vista, o objetivo deste trabalho é mostrar como a cidade, modelo de racionalidade foi também edificada pelo mito.2015-02-14T00:00:00-03:00Copyright (c) 2015 Revista Alétheiahttps://periodicos.ufrn.br/aletheia/article/view/6695A DIVINATIO NA LITERATURA ROMANA DO SÉCULO I AEC2015-02-26T00:43:32-03:00Maria Eichler Sant’Angelomariaeichlerfgv@gmail.comNo período das guerras civis do século I AEC, facções da elite romana articularam estratégias concorrentes de ação ritual e protagonizaram, nos espaços públicos da <em>urbs</em>, uma disputa pelo controle do campo semântico cívico-religioso. Nesse contexto, cresceu o recurso às <em>divinationes</em>, na condição de instrumentos de controle político, enquanto a literatura romana tardo-republicana se debruçou em discussões e reflexões de caráter filosófico e político acerca dos seus usos e competências. A controvérsia em torno das <em>divinationes</em> encontra lugar nas obras de Lucrécio e Cícero e compreende, a nosso ver, um momento crucial da “batalha semântica" em torno da definição da significação histórico-política da <em>religio </em>romana, e das fronteiras que a separam da noção de <em>superstitio. </em>2015-02-14T00:00:00-03:00Copyright (c) 2015 Revista Alétheiahttps://periodicos.ufrn.br/aletheia/article/view/6687O PALÁCIO DO CATETE E A APROPRIAÇÃO DOS CLÁSSICOS NO BRASIL DO SÉCULO XIX2015-02-26T00:43:32-03:00Marcus Vinícius Macri Rodriguesmarcusmacri@gmail.comO Palácio do Catete ficou historicamente marcado por ter sido a sede da Presidência da República Brasileira até 1960. Porém, sua construção, datada de meados do século XIX, revela traços de outro período histórico brasileiro em que se buscava inventar uma tradição nacional pretensamente ligada à civilização européia e à tradição clássica. Desde a fachada do Palácio, passando pela planta da construção até às referências mitológicas nas pinturas dos salões observa-se que a cultura clássica não estava distante do imaginário das elites brasileiras do século XIX.<strong> </strong>O objetivo dessa comunicação é, a partir da análise dos elementos arquitetônicos e decorativos do Palácio do Catete, demonstrar a apropriação de elementos da cultura clássica no Brasil do século XIX, discutindo a questão historiograficamente com autores que buscam estudar a apropriação dos clássicos por modernos e contemporâneos.2015-02-14T00:00:00-03:00Copyright (c) 2015 Revista Alétheiahttps://periodicos.ufrn.br/aletheia/article/view/6688DA PERDA DE TODOS À PERDA DE SI: AS MULHERES NO CONTEXTO PÓS-GUERRA EM AS TROIANAS DE EURÍPIDES2015-02-26T00:43:32-03:00Valtyana Kelly Silvakellykempes@gmail.comMarinalva Vilar de Limairamlima@ig.com.brAo ouvirmos falar em guerras adentramos diretamente em um mundo masculino. Pensamos nos homens em combates, nas mortes, nas vitórias, e nos demais acontecimentos provenientes da batalha. E as mulheres, em especial as esposas e mães dos homens que vão à guerra? Ou as que residem nas cidades destruídas? O que acontece com elas? Tendo em vista os questionamentos alçados, o artigo tem por objetivo analisar a obra <em>As Troianas</em> de Eurípides, poeta trágico grego que viveu em meados de 480 a.c. à 408 a.c., visando expor que apesar de geralmente não participarem ativamente das guerras, as mulheres são atingidas diretamente por elas. Relegadas ao esquecimento, veem filhos, maridos e netos sendo mortos, tornam-se prisioneiras e nas partilhas, são concedidas aos seus novos senhores. Objetiva também explicar a visão de um dramaturgo, que apesar de grego, tece no decorrer da obra inúmeras críticas ao seu povo, com a intenção de manifestar-se contra a alguns empenhos políticos no contexto em que vivia.2015-02-14T00:00:00-03:00Copyright (c) 2015 Revista Alétheiahttps://periodicos.ufrn.br/aletheia/article/view/6691ESPAÇO FUNERÁRIO DA ARISTOCRACIA IBERA: UMA ANÁLISE BASTETANA (SÉCULOS VII –IV A.C)2015-02-26T00:44:46-03:00Ellen Moura Vasconcelosellenmouratv@hotmail.com<p>Este artigo tem por objetivo analisar enterramentos da aristocracia ibera bastetana, na região sudeste da Península Ibérica, durante a idade do ferro. Região importante para a gestão das redes comerciais no extremo ocidental do Mediterrâneo, sua zona costeira possuía entrepostos fenícios desde o século IX a.C., o que, na opinião dos pesquisadores, promoveu o desenvolvimento de uma aristocracia dividida em diversos oppida, sendo a cidade de Bastí, o principal centro. Neste contexto, partiremos da perspectiva da Arqueologia da Morte para a análise das relações de status e gênero nas práticas e espaços funerários iberos, enfocando nos casos das sepulturas da dama de Baza e da dama de Galera.</p>2015-02-26T00:00:00-03:00Copyright (c) 2015 Revista Alétheia