Bagoas - Estudos gays: gêneros e sexualidades

Quando memórias obsoletas são enunciadas

2021-10-05T10:22:54-03:00

A partir do livro “As coisas” de Tobias Carvalho, o artigo é fruto de uma reflexão sobre escritas literárias contemporâneas que dialogam com experiências dissidentes e anônimas que não sucumbem as normativas sexuais que tornam comercializáveis e consumíveis determinados aspectos de corpos gays e seus afetos. Sem deixar de lado a imagética contemporânea dos vínculos gays urbanos em metrópoles brasileiras, a analítica do artigo se assenta na poética de Carvalho, um empreendimento estético e político de grande importância em termos da articulação de legibilidades sobre modos de existências minoritários, no diálogo com o tempo presente, nos fornecendo algumas ferramentas epistemológicas para a compreensão da enunciação como possível destino estético e político de corporeidades minoritárias e memórias supostamente obsoletas.

ADÉLIA SAMPAIO E O “JÚRI DO AMOR MALDITO”

2021-06-28T08:14:09-03:00

O presente artigo pretende analisar o modo como “Amor Maldito” de Adélia Sampaio, considerada a primeira diretora negra brasileira, figurou na imprensa da época. Assim, pretende-se demonstrar de que forma a crítica jornalística percebeu o filme “Amor Maldito” e como essa percepção se relaciona com as reflexões trazida pelo filme. Fez parte de nosso objetivo, além disso, perceber as relações da trajetória da diretora e o seu papel inovador no cinema nacional, assim como, as discussões sociais provocadas pela sua obra.

Masculinidades e relações de poder na animação “O Rei Leão”

2022-04-19T10:03:03-03:00

O Rei Leão é uma das mais assistidas e lucrativas produções do cinema. Trata-se de uma informação que reforça essa animação como um potente artefato cultural, ou seja, como um produto que opera como forma de produzir subjetividades e construir sentidos. Isso significa dizer que nos aproximamos da perspectiva pós-estruturalista e foucaultiana para problematizar as masculinidadesmasculinidades hegemônicas, cúmplices, subordinadas e marginalizadas. Também queremos colocar sob investigação as relações entre a estória projetada na tela e os investimentos de gênero naquele que assiste, já que estamos considerando que o cinema e os filmes ensinam coisas para suas plateias, questionando as relações de poder que se apresentam nos artefatos culturais.

A utopia pornográfica na ditadura cis-hétero-militar brasileira

2022-04-20T10:36:45-03:00

Reflito sobre o complexo diagrama das relações de poder durante a ditadura cis-hétero-militar (1964-1988). Para tanto, analiso como, na última ditadura brasileira, o funcionamento do poder pode ser pensado a partir da negação dos seus postulados jurídicos: propriedade, localização, subordinação, essência, legalidade e modalidade. Isso implica pensar o poder como relação microfísica, intencional, não subjetiva, capilar e dinâmica. A partir desse quadro teórico, busco refletir sobre a concomitância de três paradigmas de governamento, a saber: necropolítica, biopolítica e deimopolítica, na constituição do controle social do gênero e do sexo durante o referido período, de modo a considerar a relação entre o desejo e o campo social na produção da utopia pornográfica.

Saúde mental na militância trans

2023-12-20T11:34:46-03:00

A saúde é uma pauta que sempre esteve presente na história do movimento trans brasileiro e, recentemente, tem sido observada maior atenção para o campo da saúde mental, devido ao impacto das difusas violências transfóbicas às quais essa população está submetida. Ao articular o movimento social com a saúde mental, o presente trabalho buscou analisar qualitativamente as vivências pessoais e a trajetória no movimento social de ativistas trans, a fim de compreender como a representatividade e a relação com o ativismo repercutem no seu bem-estar e na saúde mental. Foram produzidas três categorias, a saber: -) As dores e as delícias da representatividade; 2-) Situando o sofrimento psíquico na militância trans; 3-) Sobrevivência através da gestão do cuidado. Ao final, foi possível observar que como os efeitos das vivências hostis repercutem na saúde mental de ativistas, bem como nas relações que se estabelecem dentro do movimento trans.

Batalhas morais Política identitária na esfera pública técnico-midiatizada

2022-05-27T09:28:39-03:00

Resenha do livro "Batalhas Morais Política identitária na esfera pública técnico-midiatizada" de Richard Miskolci.

Gênero, Sexualidade e Educação

2024-05-30T22:25:40-03:00

O presente Estado do Conhecimento surgiu para embasar tese de doutorado vinculada ao Programa de Pós-Graduação em Educação e Contemporaneidade, desenvolvida entre os anos de 2019 a 2022. De natureza qualitativa, teve como objetivo inventariar as pesquisas de mestrado e doutorado no portal da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) no período de 2010 a 2019, situadas na Grande Área de Ciências Humanas e na área de Educação, com interesse particular nos trabalhos que contemplavam as identidades de docentes LGBTQIA+. Os dados analisados mostram um decréscimo no desenvolvimento dessas pesquisas a partir de 2017 decorrentes nos cortes de investimento em anos anteriores, mas também apontam os recuos devido ao crescimento de onda conservadora.

“[...] ELE ERA UMA PESSOA NORMAL, E A PARTIR DO MOMENTO QUE ELE FEZ PARTE DO GRUPO DE DANÇA ELE TORNOU-SE GAY”:

2024-07-07T21:22:25-03:00

Neste artigo, apresento as vivências de um professor gay em escolas da cidade de Mamanguape, PB. Tenho como objetivo geral compreender o transitar desse docente, nas escolas onde atua, e como a dimensão da sua sexualidade tem atravessado o ser professor. Enquanto específicos, pretendo: a) inferir sobre como as instituições escolares têm lidado com as questões de gêneros e sexualidades; e b) refletir sobre os avanços e recuos percebidos pelo professor em relação às estratégias que utiliza em seu cotidiano. O estudo evidencia, a importância de continuarmos tencionando a norma, tendo em vista que a heteronormatividade ainda se faz presente dentro dos muros escolas (mas não apenas neles), convidando os corpos a se adequarem dentro de padrões esperados.

Políticas públicas LGBTQIA+ no Brasil

2024-07-07T21:15:36-03:00

As políticas públicas voltadas à população LGBTQIA+ no Brasil foram influenciadas por marcos como a Revolta de Stonewall, em 1969, e a epidemia de HIV/Aids. A atuação de organizações e movimentos sociais voltados à pauta da diversidade sexual e de gênero foram fundamentais para a conquista de direitos para o grupo. Nesse sentido, este artigo objetiva refletir sobre o desenvolvimento das políticas públicas LGBTQIA+ no Brasil no contexto posterior à Constituição Federal de 1988. Para tanto, adotou-se uma revisão narrativa da literatura, a partir da qual se pode constatar: I) a concentração das políticas federais em governos do Partido dos Trabalhadores; II) o ativismo judicial, especialmente do STF, como fundamental aos direitos LGBTQIA+; e que o III) o recrudescimento do neoconservadorismo no Brasil é um fenômeno que prejudica as políticas LGBTQIA+, mesmo antes do bolsonarismo. Portanto, esta reflexão se mostra fundamental diante das clivagens políticas no campo estudado.

Entre Silêncios e Desafios:

2024-07-07T21:29:41-03:00

Este artigo apresenta um recorte de uma pesquisa de doutorado, explorando as percepções,
conhecimentos e práticas de docentes da Educação Básica em relação à diversidade sexual em
contexto escolar. Baseado em entrevistas semiestruturadas com trinta docentes, o estudo investiga
temas como identidade de gênero, orientação sexual e interações com alunos LGBTIQIAPN+. Os
resultados revelam que, embora reconheçam a importância de discutir essas questões em sala de aula,
os docentes frequentemente evitam o tema devido a preocupações com falta de formação adequada e
medo de conflitos com famílias e gestores escolares. Suas representações sociais são influenciadas por
moralismos religiosos e concepções essencialistas de gênero e sexualidade. Este estudo destaca a
necessidade de promover formação docente abrangente e inclusiva para lidar com questões de
diversidade sexual na escola, visando uma educação mais equitativa e respeitosa da diversidade.

Entrevista com Sarah Schulman sobre a obra “Ties that Bind: Familial Homophobia and its Consequences”

2024-03-10T23:13:32-03:00

Expediente

2024-07-07T20:34:32-03:00

Edição completa

2024-07-07T20:43:10-03:00

Edição completa

Sumário

2024-07-07T20:49:24-03:00

Editorial

2024-07-07T20:59:28-03:00

Editorial