TY - JOUR AU - Almeida, Lígia Marina de PY - 2019/02/01 Y2 - 2024/03/28 TI - PELA DESCOLONIZAÇÃO DO TEATRO-EDUCAÇÃO: APRENDER A APRENDER COM OS POVOS ORIGINÁRIOS DA AMÉRICA LATINA JF - Manzuá: Revista de Pesquisa em Artes Cênicas JA - MZ VL - 1 IS - 2 SE - Artigos/Articles DO - 10.21680/2595-4024.2018v1n2ID15012 UR - https://periodicos.ufrn.br/manzua/article/view/15012 SP - 50-64 AB - Este artigo busca compartilhar a pesquisa de doutorado que desenvolvo atualmente, que, enquanto conteúdo pretende continuar minha pesquisa, iniciada no mestrado (e muito antes dele) em relação a imagens da luta dos povos originários do Brasil, que envolvem algum tipo de representação, contra os processos colonizatórios, em curso há mais de 500 anos, que prevêm sua (nossa) total extinção. Para dar conta de tal conteúdo de pesquisa, é necessário uma certa revisão da forma de fazê-la. Se aprendemos com Hegel (via Peter Szondi) que forma nada mais é que um “conteúdo enformado” pesquisaremos também, então, uma forma de pesquisa e compartilhamento público da mesma que vá de contra a esses mesmos processos colonizadores. Assim, proponho outras formas de apresentação do material a ser pesquisado, uma espécie de “anti-tese” já que, em minha pesquisa de mestrado, notei que a forma “escrita acadêmica” está historicamente intimamente ligada com os violentos processos coloniais, a saber: um pequeno livro de imagens luta dos povos originários compreendida entre 2013-2018, inspirado no modelo de ação proposto por Bertolt Brecht em seu livro <em>ABC da guerra</em>; um documentário com o ponto-de-vista  sobre o corpo, o simbólico, a luta das lideranças dos povos originários do Brasil que aparecem nas imagens que coletei no mestrado e que formarão o ABC da luta dos povos originários; confecção e publicação de textos em periódicos na área das artes cênicas; perfo-palestras apresentadas por mim durante o processo e também um processo artístico-pedagógico baseado nesses materiais, em escolas estaduais indígenas aonde os riscos de aniquilamento desses povos originários são altos e também junto a não-indígenas, principalmente estudantes de cursos de Artes Cênicas no Brasil. Parte da “anti-tese” também se dá com a criação de estratégias de fortalecimento financeiro da luta dos povos originários com a utilização da arte para tal fim. ER -