https://periodicos.ufrn.br/odisseia/issue/feed Revista Odisseia 2024-09-30T09:14:20-03:00 Samuel Anderson de Oliveira Lima revistaodisseia2016@gmail.com Open Journal Systems <p style="margin: 0px;">A Odisseia é uma publicação eletrônica semestral do Programa de Pós-Graduação em Estudos da Linguagem (PPgEL) da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) e tem por objetivo a divulgação de trabalhos originais e inéditos relacionados à Língua(gem) e ao seu Ensino, abrangendo, dessa forma, áreas como Linguística, Linguística Aplicada, Literatura, Literatura Comparada, Ensino de Línguas e/ou Literaturas. </p> <p style="margin: 0px; text-align: left;"><strong>Área do conhecimento</strong>: Linguística e Literatura <strong>Qualis/CAPES</strong>:A2 <strong>e-ISSN</strong>:1983-2435 <strong>Contato</strong>: <a title="E-mail" href="mailto:revistaodisseia2016@gmail.com" target="_blank" rel="noopener">revistaodisseia2016@gmail.com</a></p> https://periodicos.ufrn.br/odisseia/article/view/32580 Entre o masculino e o feminino, a transcrição da violência na obra de Édouard Louis 2024-05-28T23:14:17-03:00 Francisco Renato de Souza paconato_@hotmail.com <p>Este artigo pretende analisar a elaboração ficcional da violência homossexual presente em <em>O fim de Eddy</em> e <em>História da violência</em>, de Édouard Louis, a partir de duas vertentes. Inicialmente, averígua-se a possibilidade da ambivalência das significações dadas à nomeação do narrador de <em>O fim de Eddy</em> se constituir como a base da violência verbal e física sofrida por ele na infância. Em seguida, a partir da enunciação híbrida que se faz entre o narrador e a sua irmã Clara em <em>História da violência</em>, acompanha-se a passagem da violência vivida nas duas obras para a sua transcrição em texto literário como a derivação de um movimento de escrita que retoma pela voz do feminino as ações violentas do comportamento masculino. Como base teórica deste estudo, o pensamento de Maurice Blanchot, de Gilles Deleuze, de Roland Barthes e de Hélène Cixous se farão presentes.</p> 2024-09-30T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2024 Revista Odisseia https://periodicos.ufrn.br/odisseia/article/view/33981 O jardim discursivo de Valter Hugo Mãe: a verbo-visualidade em Homens impudentemente poéticos 2024-06-30T11:02:29-03:00 Cristiane Corsini Lourenção cris.corsini2019@gmail.com Beth Brait bbrait@uol.com.br <p>O objetivo deste artigo é refletir sobre a elaboração <em>verbo-visual</em> presente no romance <em>Homens imprudentemente poéticos</em>, de Valter Hugo Mãe, a partir da análise da personagem Matsu e da figura do cronotopo da floresta dos suicidas como epicentro irradiador das tensões narrativas. Para tanto, investiga-se as relações dialógicas, com aporte em Mikhail Bakhtin e o Círculo, e propõe-se uma leitura da <em>verbo-visualidade</em>, no sentido de que o verbal está tecido de forma a <em>fazer ver com pala</em>vras. Nessa perspectiva, a análise das inter-relações tecidas entre o conteúdo, o material e a forma do texto, no sentido da estética dialógica, bakhtinianamente proposta, servirá de lente para que se compreenda o poder imagético do texto de Valter Hugo Mãe e seu papel na narrativa.</p> 2024-09-30T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2024 Revista Odisseia https://periodicos.ufrn.br/odisseia/article/view/33979 Dororidade, ficção e realidade em "Shirley Paixão", de Conceição Evaristo 2024-05-07T13:24:48-03:00 Mariliane Dalmolin marilianedalmolin@hotmail.com Marcos Hidemi de Lima marcoshidemidelima@gmail.com <p>O presente estudo se propõe a analisar a relação existente entre literatura e sociedade no conto “Shirley Paixão”, de Conceição Evaristo. Em um primeiro momento, busca-se esclarecer que o texto evaristiano, embora respaldado por fatores externos à narrativa, não deve ser entendido apenas sob a perspectiva sociológica, pois ainda configura como uma criação artística. Nesse sentido, serão destacados elementos que denotam a presença da ficção e da realidade na prosa em questão, demonstrando brevemente o que a difere das demais produções literárias brasileiras. Para além disso, outro tópico a ser tratado diz respeito à dororidade, afinal de contas é este termo pouco conhecido que une as personagens femininas em torno de um tópico em comum: a dor. Em face do exposto, a fim de comprovar as ideias apresentadas, serão utilizados números reais que reforçam a proximidade entre história e ficção. Ademais, são fundamentais também as leituras de Candido (2006), acerca da interdependência entre ambas as esferas citadas, e Piedade (2019), que explica e discute o conceito de dororidade. Assim sendo, foi possível concluir que Evaristo edifica sua escrita em assuntos comuns a uma parcela significativa da sociedade e, ao poetizá-las, inventa uma maneira distinta de representar as mulheres pretas na literatura nacional.</p> 2024-09-30T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2024 Revista Odisseia https://periodicos.ufrn.br/odisseia/article/view/34775 “Confesso que chegar em casa e assistir lives não é fácil”: uma análise textual-interativa de concepções de formação continuada (re)produzidas por professores de língua portuguesa em evento de formação online 2024-01-20T15:12:01-03:00 Anderson Carnin anderson.carnin@gmail.com Ana Isabel Eltz Dornelles ana.iedornelles@gmail.com Caio Mira caiomira@gmail.com <p>Este artigo tem como objetivo analisar as diferentes concepções de formação continuada que são (re)produzidas em uma <em>live</em> destinada a professores de Língua Portuguesa vinculados à rede estadual de ensino do estado do Rio Grande do Sul. Para tanto, articula noções advindas do campo da Linguística Aplicada e da Educação, especialmente em relação à formação continuada de professores, às noções de <em>enquadre interativo</em>, oriunda da Sociolinguística Interacional, e de <em>referenciação</em>, advinda da Linguística Textual, com vistas a uma análise textual-interativa dos sentidos acerca da noção própria de formação continuada coconstruídos pelos participantes do evento de formação <em>online</em> analisado. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, de viés interpretativista, com foco na análise da referenciação enquanto fenômeno linguístico-interacional. O <em>corpus</em> de análise é composto de verbalizações (orais e escritas) produzidas pelos formadores e pelos professores em formação em um evento de formação <em>online</em> realizado em agosto de 2022. A análise empreendida revela negociações em torno dos sentidos de formação continuada, ora entendida desde uma perspectiva da racionalidade técnica, ora entendida desde uma perspectiva da racionalidade prática, e reforça as contribuições do estudo da referenciação para a qualificação de práticas linguístico-interacionais desenvolvidas na formação continuada de professores de Língua Portuguesa.</p> <p>&nbsp;</p> 2024-10-31T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2024 Revista Odisseia https://periodicos.ufrn.br/odisseia/article/view/34474 Letras coloniais na escola: análise de um material didático destinado a estudantes de nível médio 2023-11-27T09:56:16-03:00 Ana Paula Regner anaregner@mx2.unisc.br Guilherme Barbat Barros guilherme.barbat@ufsm.br Lucas da Cunha Zamberlan lucasdacunhazamberlan@gmail.com <p>Considerando o livro didático (LD) como um dos principais instrumentos de ensino, a presente pesquisa busca verificar como são organizados os conteúdos referentes à chamada “literatura do período colonial”, no LD destinado aos alunos e professores, do 2º ano do Ensino Médio, da coleção <em>Linguagem e Interação</em>. Os pressupostos teóricos e metodológicos envolvem as letras coloniais e as etapas de leitura e a taxonomia de Bloom. O <em>corpus</em> de análise é composto por seis textos e suas atividades encontrados nas seções <em>O início da literatura brasileira: literatura de informação</em> e <em>Barroco no Brasil: surge nosso primeiro grande poeta</em>. Os procedimentos de análise envolveram: i) categorização dos textos e atividades, ii) análise do <em>corpus</em> a partir das etapas para o trabalho com a leitura com base em Cosson (2011) e iii) análise dos níveis de complexidade demandados pelas atividades à luz da Taxonomia de Bloom (1956), revisada por Krathwohl (2002). Os resultados evidenciaram que as atividades não contemplam as etapas de Pré-leitura e Pós-leitura, fundamentais para antecipar o contato do aluno com o texto a ser trabalhado assim como estabelecer relações entre o que foi trabalhado com a realidade em que os sujeitos estão inseridos. Além disso, as atividades dos textos das seções analisadas não propiciam a mobilização do nível avançado de complexidade, a partir dos processos de avaliar e criar, e, portanto, não são estabelecidos andaimes para a construção do conhecimento.</p> 2024-10-31T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2024 Revista Odisseia