https://periodicos.ufrn.br/odisseia/issue/feedRevista Odisseia2024-11-24T00:00:00-03:00Samuel Anderson de Oliveira Limarevistaodisseia2016@gmail.comOpen Journal Systems<p style="margin: 0px;">A Odisseia é uma publicação eletrônica semestral do Programa de Pós-Graduação em Estudos da Linguagem (PPgEL) da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) e tem por objetivo a divulgação de trabalhos originais e inéditos relacionados à Língua(gem) e ao seu Ensino, abrangendo, dessa forma, áreas como Linguística, Linguística Aplicada, Literatura, Literatura Comparada, Ensino de Línguas e/ou Literaturas. </p> <p style="margin: 0px; text-align: left;"><strong>Área do conhecimento</strong>: Linguística e Literatura <strong>Qualis/CAPES</strong>:A2 <strong>e-ISSN</strong>:1983-2435 <strong>Contato</strong>: <a title="E-mail" href="mailto:revistaodisseia2016@gmail.com" target="_blank" rel="noopener">revistaodisseia2016@gmail.com</a></p>https://periodicos.ufrn.br/odisseia/article/view/37825Argumentação nas perspectivas textual, discursiva e enunciativa2024-09-30T12:09:19-03:00Maria das Graças Soares Rodriguesgracasrodrigues@gmail.comMaria Inês Batista Campos Noel Ribeiro Noel Ribeiromaricamp@usp.brSueli Cristina Marquesimarquesi@pucsp.brMariana Cucattomarianacucatto@yahoo.com.arLuis Passeggiluis.passeggi@ufrn.brAlexandro Teixeira Gomesalextgomes@yahoo.com.br<p>Este dossiê apresenta como eixo norteador o tema<strong> Os estudos da argumentação nas perspectivas textual, discursiva e enunciativa,</strong> destinado a pesquisadores, professores, alunos de pós-graduação, graduação, enfim a todos que se dedicam ao estudo da argumentação nas múltiplas perspectivas nas diferentes esferas da atividade humana. Nessa direção, os artigos se situam em um domínio discursivo, ou em mais de um domínio, ou seja, são híbridos. O leitor vai encontrar vinte e quatro artigos: de um lado, há trabalhos circunscritos às esferas do ensino, digital, acadêmica, política, midiática, jurídica e religiosa, de outro, há textos que revelam mais de um desses domínios, como, por exemplo, político e jurídico, político e midiático e, assim, sucessivamente.</p>2024-11-24T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Revista Odisseiahttps://periodicos.ufrn.br/odisseia/article/view/35132(Des)caminhos entre a BNCC e o ENEM: a argumentação [meta]genericamente situada na aula de Língua Portuguesa2024-04-04T20:37:12-03:00Rodrigo Albuquerquerodrigo.albuquerque.unb@gmail.comKássia Paula Silvakassiafontenele@hotmail.com<p>Por meio de uma análise documental da BNCC e da Cartilha do Participante do ENEM, almejamos investigar como a noção de argumentação é enquadrada nos dois documentos. Além disso, desejamos sugerir caminhos pedagógicos que, a partir de gêneros discursivos do domínio jornalístico-midiático (previstos na BNCC), possam ampliar a competência metagenérica na dissertação escolar (avaliada no ENEM). Concebemos que tal ampliação inclui situar a argumentação em determinado gênero, o que nos motivou a realizar a análise documental crítica tanto da BNCC quanto da Cartilha do Participante para encontrarmos pistas de que a argumentação se associa às demandas genéricas. Concluímos que predomina nos dois documentos uma noção generalista/universal de argumentação (desvinculada de enquadres genéricos), o que justificaria a propositura de um trabalho pedagógico de leitura e de escrita em distintos gêneros com foco em atributos genéricos funcionais, para que o/a professor/a, como mediador/a, possa instigar o/a estudante a ajustar os caminhos argumentativos entre os gêneros (em especial, entre os gêneros jornalísticos e a dissertação escolar).</p>2024-11-24T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Revista Odisseiahttps://periodicos.ufrn.br/odisseia/article/view/34869Produção textual, referenciação e ensino: um olhar sobre textos dissertativo-argumentativos do Enem2024-04-11T11:24:55-03:00Isis Gabrielle Silva da Penhaprofa.isisdapenha@gmail.comGeralda de Oliveira Santos Limageraldalima.ufs@gmail.comSamuel de Souza Matos ssmatos20@gmail.comJoão Paulo Fonseca Nascimentofonsecajoaopaulo18@gmail.com<p>Este artigo apresenta os resultados teóricos e analítico-descritivos de um estudo desenvolvido, ao longo de quatro anos, por discentes de Iniciação Científica. Tomando como pressuposto a ideia de que a referenciação é uma atividade discursiva (Mondada; Dubois, 2003), o objetivo é analisar a construção de sentidos num texto dissertativo-argumentativo produzido por um vestibulando em preparação para o Exame Nacional do Ensino Médio, com vistas a contribuir para a articulação entre práticas de produção textual e práticas de ensino calcadas em textos. Esse tipo textual, em sala de aula, pode não só incentivar o aluno a ampliar a sua competência textual-discursiva, mas, também, a construir conhecimentos por meio de ações sociocognitivo-interacionais. Os pressupostos teórico-analíticos que embasam esta discussão são da Linguística de Texto contemporânea (Koch, 2000, 2018; Cavalcante <em>et al.</em>, 2010; Capistrano Júnior; Lins; Elias, 2017), de base sociocognitivo-discursiva e interacional, na interface com a argumentação (Koch; Elias, 2017; Cavalcante <em>et al.</em>, 2020). Os resultados apontam que o vestibulando constrói, no nível microestrutural da redação, relações de sentido que articulam defesa de ponto de vista, progressão referencial e intertextualidade. No entanto, seu texto também apresenta ruptura informacional a partir de desfocagem referencial, prejudicando, em parte, a estrutura composicional do tipo dissertativo-argumentativo. Assim sendo, o artigo conclui que, para contemplar um projeto de dizer contextualizado e eficaz, é necessário que o locutor saiba articular seus propósitos comunicativo e interacional à estrutura composicional esperada.</p>2024-11-24T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Revista Odisseiahttps://periodicos.ufrn.br/odisseia/article/view/34857A comunicação não-verbal como veículo de igualdade dentro da aula: um modelo para uma correta intervenção 2024-04-04T23:50:06-03:00Laura Arroyo Martínezlaura.arroyom@urjc.esAlmudena Santaella Vallejoalumudena.vallejo@urjc.es<p>O presente artigo trata como tema central a importância do correto manejo da comunicação não-verbal na sala de aula. Esse tipo de comunicação tem um grande poder para transmitir informação. No sentido inclusivo, seu bom emprego permite que os estudantes sejam integrados e participantes de seu processo de aprendizagem. Portanto, neste artigo se revisa qual é o conceito de comunicação não-verbal, assim como qual é sua tipologia, com o fim de iniciar uma proposta sobre seu emprego orientada aos professores.</p>2024-11-24T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Revista Odisseiahttps://periodicos.ufrn.br/odisseia/article/view/34812A temática das fake news no ensino da argumentação2024-01-17T21:04:53-03:00Maria Inês Batista Campos Noel Ribeiromaricamp@usp.brNathalia Akemi Sato Mitsunarinathalia.mitsunari@usp.br<p>No Novo Ensino Médio, a argumentação compõe uma das competências gerais necessárias à Educação Básica. Nos documentos oficiais para o ensino, no entanto, identificam-se grandes lacunas em relação ao que deve ser o ensino voltado à argumentação (Santos; Azevedo, 2017; Capitani, 2021). O manual escolar de Língua Portuguesa, nesse contexto, assume um papel importante na sala de aula, de fornecer subsídios teórico-metodológicos para que se desenvolvam competências cognitivo-discursivas, incentivando o aluno a se posicionar frente a tensões em torno de temas do currículo, dentro e fora da escola. Neste artigo, recorte de uma pesquisa de doutorado em andamento, o objetivo é refletir sobre a forma como a obra Multiversos: Língua portuguesa (Campos; Oda, 2020) mobiliza objetos de ensino de argumentação partindo do conflito no capítulo “Para sustentar a opinião”. A análise ancora-se no conceito de arquitetônica (Bakhtin, 2017, 2018), que corrobora os sentidos construídos nas relações interativas entre os textos apresentados, os boxes e as atividades no capítulo selecionado. Como resultado, verifica-se a proficuidade do estudo da unidade didática com base no conceito bakhtiniano, o que contribui significativamente para sua compreensão de modo não apartado da vida: a leitura de textos argumentativos exige conhecimentos gramaticais, lexicais, mas esses precisam estar relacionados à autoria, tempo, espaço e valores, para que o endosso ideológico existente na argumentação e no tema das fake news não seja apagado, relegando ao segundo plano a sua gravidade ética.</p>2024-11-24T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Revista Odisseiahttps://periodicos.ufrn.br/odisseia/article/view/34728As técnicas argumentativas mobilizadas numa redação nota 1000 do Enem2024-04-10T11:50:15-03:00Josiane Pereira da Conceiçãojosi-conceicao@hotmail.com<p>Atualmente, uma das formas de ingresso em universidades públicas e privadas no Brasil é por meio do Exame Nacional do Ensino Médio. Um dos critérios eliminatórios utilizados nesse processo é a produção de um texto dissertativo-argumentativo no qual o candidato defende, a partir de argumentos consistentes, um ponto de vista sobre um tema que geralmente aborda questões de cunho social. Sendo assim, neste artigo, nos propomos a fazer análise de uma das redações nota 1000 da cartilha do participante do Enem 2020 (Brasil, 2020) a fim de identificar e descrever as técnicas argumentativas nela mobilizadas. Como base teórica, nos alicerçamos nos estudos da Nova Retórica, conduzidos por Chaïm Perelman e Lucie Olbrechts-Tyteca ([1958] 2014). O recorte teórico concentra-se no <em>logos</em> - abordado através das técnicas argumentativas de ligação. Mas tendo em vista que o <em>logos</em> compõe a tríade retórica, o <em>ethos</em> e o <em>páthos, </em>esses também são levados em conta durante a análise. Metodologicamente, por meio de uma abordagem qualitativa, utilizamos a estrutura de grelhas de análise proposta por Madureira e Sá (2021), as quais foram preenchidas conforme as técnicas argumentativas levadas em consideração na análise. Desse modo, foi possível perceber que, visando ganhar a adesão do auditório ao seu discurso, o orador (na condição de candidato a uma vaga universitária por meio do Enem) mobilizou algumas técnicas argumentativas de ligação que contribuíram para alcançar a nota 1000 na redação. A análise revelou que, dentre essas técnicas, foram identificadas amostras de regra de justiça, de argumento de autoridade e de argumento por ilustração.</p>2024-11-24T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Revista Odisseiahttps://periodicos.ufrn.br/odisseia/article/view/34623Ferramentas facilitadoras para o planejamento da dissertação argumentativa2024-05-13T22:20:47-03:00Gisely Gonçalves de Castrogiselydecastro@gmail.comDayse Rodrigues dos Santosdayse.rodrigues@ifpa.edu.br<p>Considerando o tema da argumentação no campo do ensino, este artigo propõe duas ferramentas facilitadoras para o planejamento da dissertação argumentativa. Teoricamente fundamentado na perspectiva processual da escrita (Hayes; Flower, 1980), diverge em algum nível das proposições da Base Nacional Comum Curricular, cujas bases são enunciativo-discursivas. Idealizado no âmbito de um projeto mais abrangente voltado para a necessidade de instalação de laboratórios de processamento cognitivo em instituições de Educação Básica, consiste na divulgação do primeiro de uma série de produtos didáticos dessa natureza para a aplicação em contexto educacional. Trata-se de um estudo teórico de natureza descritiva. O resultado consiste na apresentação das ferramentas e uma reflexão sobre o ensino da escrita.</p>2024-11-24T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Revista Odisseiahttps://periodicos.ufrn.br/odisseia/article/view/34878Argumentação e discurso misógino nas redes sociais2024-04-04T20:41:58-03:00Helcira Limahelciralima@gmail.com<p>Este artigo explora o discurso misógino como uma forma de discurso de ódio crescente nas redes sociais, especialmente, na esfera política. Do ponto de vista teórico-analítico, a pesquisa se situa no campo dos estudos da argumentação e da Análise de Discurso, além de se valer dos trabalhos sobre os discursos digitais. Neste texto, o “pequeno <em>corpus” </em>(Moirand, 2020), que servirá de apoio à reflexão, é constituído de postagens na rede social Twitter [atualmente X], nas quais duas proeminentes políticas denunciam a violência sofrida. A seleção das postagens e de algumas das respostas a elas importa, no artigo, por sua representatividade, por serem “formas emergentes” (Moirand, 2020) da temática abordada. A rede social Twitter/X foi escolhida por sua capacidade de congregar um grande e diverso número de seguidores e por propiciar, através de uma linguagem breve e concisa, o contato mais veloz entre eles. Tudo isso faz dessa rede um ambiente propício para divergências de toda ordem, para polêmicas, para violência verbal e para discursos de ódio.</p>2024-11-24T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Revista Odisseiahttps://periodicos.ufrn.br/odisseia/article/view/34899Microtextualidade e teoria da argumentação na língua: escolhas linguísticas, implícitos e intertextualidade na construção argumentativa em um post do Instagram 2024-05-02T21:10:47-03:00Ana Lucia Tinoco Cabralaltinococabral@gmail.com<p>A dinâmica circulação dos textos nas redes e as diferenças entre os atores inerentes à produção textual desse contexto, produtor e leitor, colocam em destaque a importância da escolha das palavras, que se articulam entre si e articulam as partes do texto (Adam, 2021, 2022) construindo o todo textual, o que diz respeito à microtextualidade. Este trabalho tem por objetivo observar como os fenômenos ligados à microtextualidade, em especial ligações fundamentadas no implícito, contribuem para a construção argumentativa de um texto que circula nas redes sociais, considerando a importância das escolhas linguísticas na produção textual em uma sociedade em que as redes sociais dominam as interações humanas. Para tanto, apresenta-se a análise de um <em>post</em> do <em>Instagram</em>. As análises centram-se em alguns marcadores de argumentação, conteúdos implícitos e intertextualidade, considerando as categorias propostas por Philippe e Adam (2015) e reafirmadas por Adam (2021, 2022). O estudo de caso apresentado traz perspectivas para os estudos da construção textual argumentativa em uma sociedade em que as redes sociais dominam as interações humanas.</p>2024-11-24T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Revista Odisseiahttps://periodicos.ufrn.br/odisseia/article/view/34895Análise do discurso de ódio em comentários do Instagram: descritivo e dimensão argumentativa em interface2024-01-17T20:11:49-03:00Sueli Cristina Marquesisuelimarquesi.sm@gmail.comRivaldo Capistrano Júniorr.capistrano@uol.com.brAndreá Pisan Soares Aguiarandreapisan@uol.com.br<p>As manifestações odiosas são marcadas pela intolerância, pela hostilidade e pela incitação a atos antidemocráticos e são proferidas com o objetivo de influenciar e intimidar grupos sociais, constituindo-se, assim, um tema importante na agenda da Linguística contemporânea. Seu uso tem sido largamente disseminado em sites de redes sociais, em razão de traços constitutivos desses ambientes, tais como a hiperconexão (conexão em grande escala), o ambiente algorítmico das redes, as estruturas de participação, do livre acesso a conteúdos e o (pseudo)anonimato. Dito isso, define-se a seguinte pergunta de pesquisa: Como o descritivo constitui o discurso de ódio e evidencia a dimensão argumentativa em comentários publicados no Instagram? Em resposta a esse questionamento, este artigo objetiva estabelecer uma relação, a partir da análise de comentários no Instagram, entre o descritivo e a dimensão argumentativa em manifestações publicadas nessa rede social. Com base na análise do corpus, observa-se que o descritivo não só sinaliza posicionamentos e orientações argumentativas, mas também revela uma motivação a comportamentos odientos e ataques pessoais.</p>2024-11-24T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Revista Odisseiahttps://periodicos.ufrn.br/odisseia/article/view/34874A interação autor-texto/contexto-leitor como estratégia persuasiva multimodal: uma análise da campanha #maternidadesemjulgamentos, do Boticário2024-04-10T23:45:04-03:00Ananda Oliveiraprofananda656@gmail.comFrancisco Wellington Borges Gomeswellborges@hotmail.com<p>Este estudo tem o objetivo de analisar como os sentidos são construídos na publicidade #MaternidadeSemJulgamentos, do Boticário, a partir das relações multimodais no texto e de algumas das categorias propostas por Kress e Van Leeuwen (2006) em sua Gramática do Design Visual, a fim de identificar estratégias persuasivas presentes nessa peça publicitária. Para tanto, analisa uma amostra de 9 (nove) fotogramas provenientes desse texto audiovisual e explora as categorias da Argumentação (Amossy, 2017, 2020; Fiorin, 2020). Os resultados revelaram que estereótipos de gênero, o <em>ethos</em> e o <em>pathos</em> são estratégias argumentativas recorrentes nessa campanha do Boticário, e a culpabilização enaltecida da mãe diante de suas escolhas em relação à filha é uma estratégia para dizer o oposto. Mas, essa estratégia pode não ter sido tão eficaz, mediante as polêmicas que o anúncio gerou, bem como as interpretações diferentes que ele teve. Os sentidos são construídos a partir da representação de poder e imponência atribuídas à advogada de acusação desde sua entrada até o momento final do júri popular; as emoções da plateia veiculadas literalmente e por inferência, mediante processos simbólicos, foram circunstâncias para reforçar a adesão popular e do observador/leitor quanto ao que culturalmente se tem como convenção. Essa pesquisa revela também que mudanças nos estereótipos de gênero aceitas e difundidas socialmente precisam ser adotadas para que esses juízos de valores recorrentes à figura feminina não as limitem e nem as impeçam de serem valorizadas como de fato devem. Ela também aponta para a relevância de conceitos provenientes da Semiótico Social na construção de estratégias de representação pela publicidade.</p>2024-11-24T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Revista Odisseiahttps://periodicos.ufrn.br/odisseia/article/view/34864Da trama à tese: a argumentatividade no discurso de tiras em quadrinhos sobre a pandemia2024-05-02T21:24:16-03:00Glayci Kelli Reis da Silva Xavierglaycikelli@id.uff.brEveline Coelho Cardosocardoso.eveline@uerj.br<p>Baseado em uma abordagem ampliada da argumentação (Amossy, 2011; 2018; Charaudeau, 2008; 2016; e Emediato, 2022), este trabalho propõe uma reflexão sobre a argumentatividade inerente ao discurso, tendo em vista diferentes níveis de manifestação e, principalmente, a intencionalidade do ato comunicativo. Elegeu-se como <em>corpus</em> um grupo de tiras em quadrinhos, tendo em vista o teor crítico e o movimento pendular desse gênero discursivo em relação ao eixo informação-captação próprio das mídias. Pressupondo-se uma tendência à captação para levar à reflexão, sustentamos que os textos em estudo apresentam um nível intermediário de argumentatividade, pois, apesar de não serem explicitamente argumentativos em sua configuração formal - o que corresponderia a uma visada argumentativa prototípica -, fazem mais que apenas “direcionar o olhar” do leitor. Focaliza-se, pois, na análise, a organização enunciativa híbrida, em que o narrar estrutura a argumentação e fundamenta uma tese implícita em torno do tema em questão – a pandemia.</p>2024-11-24T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Revista Odisseiahttps://periodicos.ufrn.br/odisseia/article/view/34814Argumentação dos discursos humorísticos no teatro de improviso: análise semiolinguística 2024-04-24T23:51:03-03:00Fabíola Nunes Tavaresfabiolatavares.doc@gmail.comMaria Margarete Fernandes de Sousamargarete.ufc@gmail.com<p>Neste artigo, tem-se por objetivo aplicar as categorias analíticas da Semiolinguística do modo de organização argumentativo e da argumentação como visada de influência e do discurso humorístico para demonstrar como constrói-se o posicionamento dos humoristas da Cia Barbixas de Humor. Analisou-se, para isso, um exemplar de vídeo humorístico advindo do canal de Youtube da Cia Barbixas de Humor, que se utiliza de estratégias do teatro de improviso para a construção de seus espetáculos. Como categorias de análise, foram utilizados o Modo de Organização Argumentativo (Charaudeau, 2019) e a Argumentação como visada de influência (Charaudeau, 2007) e o discurso humorístico (Charaudeau, 2006, 2011) e as categorias de posicionamento (Charaudeau, 1998). Como resultados, constatou-se que os humoristas assumem um posicionamento engajamento e de polêmica. Como conclusão, confirmam-se categorias de posicionamento de Charaudeau (1998) de que todos os textos são, em alguma dimensão, argumentativos, mesmo aqueles que apresentam como sequência textual dominante o narrativo.</p>2024-11-24T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Revista Odisseiahttps://periodicos.ufrn.br/odisseia/article/view/34712Fato ou fake? o papel da referenciação na construção de pontos de vista em fake news e em fact-checking2024-04-11T11:30:43-03:00Maria Eduarda dos Santos Silvaeduarda.ssilva@ufpe.brSuzana Leite Cortezsuzana.cortez@ufpe.br<p>O presente artigo tem como objetivo principal analisar a construção dos referentes em fake news, observando como eles atuam na apresentação de pontos de vista mobilizados pelos autores e, consequentemente, na orientação argumentativa dos textos. Para alcançar tal propósito, realiza-se uma análise documental de um exemplar de fake news e do seu respectivo texto de fact-checking sobre a vacinação contra a Covid-19, publicado na Agência Lupa entre os meses de janeiro e março de 2021. Como base teórica, apresenta-se a referenciação a partir das discussões empreendidas por Cavalcante (2005, 2013), Cavalcante, Custódio Filho e Brito (2014), Marcuschi (2004), Matos (2018), Mondada e Dubois (2019) e Silva e Custódio Filho (2013); a reflexão sobre ponto de vista advém dos estudos de Rabatel, (2013, 2016) e Cortez (2011, 2013) e, por fim, desenvolve-se a argumentação no discurso por meio da leitura de Amossy (2020a, 2020b) e Cavalcante et al. (2020). Como resultado, constatou-se o diálogo estabelecido entre o locutor/enunciador primeiro e os demais enunciadores mobilizados, a fim de defender determinado ponto de vista e construir uma orientação argumentativa que guia a interpretação do interlocutor. No caso da fake news, com o objetivo de construir um efeito de verdade, o autor imputa dizeres às vozes de autoridade que insere no texto, mesmo que essas não assumam a responsabilidade enunciativa por esses pontos de vista. De modo distinto, o texto de fact-checking tem a preocupação de indicar a fonte do dizer, realizando citações diretas e mais contextualizadas.</p>2024-11-24T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Revista Odisseiahttps://periodicos.ufrn.br/odisseia/article/view/34656Argumentação em contexto digital no ecossistema Twitter: estratégias tecnolinguageiras e funcionamento argumentativo em tuítes do perfil @folha2024-05-14T00:24:02-03:00Eduardo Paré Glückeduardogluck@gmail.comAnanias Agostinho da Silvaananias.silva@ufersa.edu.brEvandro de Melo Catelãoevandrocatelao@professores.utfpr.edu.br<p>Esta investigação visa analisar aspectos da tecnodiscursividade (Paveau, 2021) e da construção da argumentação (Amossy, 2017; 2018) em tuítes do perfil @folha selecionados com base em um recorte temático e temporal, em interface com a Linguística Textual (Cavalcante <em>et al</em>., 2020, 2022). Teoricamente, a análise guiou-se por dois referenciais de base: a concepção ampliada de argumentação de Amossy (2017), pleiteando uma análise argumentativa que contemple parâmetros concernentes ao texto; e o empreendimento teórico-metodológico, direcionado para a descrição e análise de discursos digitais nativos, delineado por Paveau (2021) para a Análise do Discurso Digital. Em confluência, acredita-se que o diálogo entre essas abordagens pode fornecer dispositivos relevantes para o analista investigar a complexidade de textualidades digitais que circulam em ecossistemas digitais, como o <em>Twitter</em> (hoje <em>X</em>). Amparada em uma abordagem qualitativa (Creswell, 2010), a análise dos tuítes gerados consistiu em: (i) geração dos dados para análise, na temática da política; (ii) descrição dos tuítes dos dados gerados a partir do ecossistema em que estão inseridos, o <em>Twitter</em>; (iii) identificação das estratégias tecnolinguageiras no perfil de @folha sobre essa temática, levando em conta categorias da Análise do Discurso Digital; e (iv) considerações acerca do funcionamento argumentativo dos tuítes em análise. A análise revelou que a @folha se vale, entre outros aspectos, da natureza compósita do tecnodiscurso, do fenômeno do tecnodiscurso relatado e do caráter dialogal da interatividade, permitido pelos retuítes e comentários, para apresentar fatos e embasar argumentos.</p>2024-11-24T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Revista Odisseiahttps://periodicos.ufrn.br/odisseia/article/view/34898Definição negativa como limite da discricionariedade administrativa: o caso do Decreto Regulamentar nº. 3/2021 – 25 de junho de 20212024-03-07T20:43:54-03:00Rosalice Pintorosalicepinto@gmail.com<p>Esta contribuição visa mostrar de que forma a descrição negativa utilizada pelas autoridades normativas no ordenamento jurídico pode vir a ser um fator de discricionariedade no âmbito da função administrativa. Considerando a relevância de questões linguísticas na atribuição da discricionariedade nos enunciados normativos, reflete-se aqui sobre a importância dessa descrição como limite interno na concessão dessa margem de escolha ao agente administrativo. De forma a atingir esse objetivo, opera-se um estudo exploratório de excertos extraídos do exemplar prototípico do decreto regulamentar – Decreto Regulamentar no. 3/2021 – 25 de junho de 2021, que versa sobre o estatuto jurídico do provedor de animais. Estudos preliminares de descrição linguística das expressões utilizadas para caracterizar “pela negativa” o bem-estar animal, uma das missões a serem asseguradas pelo “provedor de animais”, demonstram, do ponto de vista proposicional e argumentativo, a complexidade dos raciocínios inferenciais envolvidos para “descortinar” o conceito de “bem-estar animal”: expressão linguística fulcral para o entendimento do enunciado normativo. Tal estudo exploratório, ainda, pode vir a atestar a relevância da descrição “pela negativa” ou “descrição negativa” para a concessão de uma margem de escolha significativa para os agentes administrativos quando da aplicação da norma ao caso concreto.</p>2024-11-24T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Revista Odisseiahttps://periodicos.ufrn.br/odisseia/article/view/34894“Se eu pudesse, eu matava tudo e começava tudo de novo”: ponto de vista e polêmica pública sobre a homoafetividade em um sermão2024-04-04T21:25:01-03:00Maria das Graças Soares Rodriguesmaria.rodrigues@ufrn.brFrancisco Diego Sousafrandiegosousa@gmail.comRosângela Alves dos Santos Bernardinorosangelabernardino@uern.br<p>Este trabalho propõe uma análise do ponto de vista e da polêmica pública suscitada a respeito da relação de Deus com pessoas homossexuais no sermão proferido pelo pastor André Valadão, em uma pregação realizada na Igreja Batista da Lagoinha, nos Estados Unidos da América (EUA). Retomando pressupostos da Análise da Argumentação no Discurso (Amossy, 2008, 2017, 2018) e da abordagem enunciativo-interacional do ponto de vista (Rabatel, 2016a, 2016b, 2017), o estudo busca investigar quais traços da polêmica emergem no referido sermão e como a construção dos pontos de vista se articula à argumentação polêmica. Os resultados da análise evidenciam a construção de uma retórica do dissenso e da violência verbal pelo proponente, em que se sobressai a função de convocar à ação (suplantar determinado grupo social, os homossexuais) e a tentativa de impor valores não universais ao grupo dos evangélicos e dos que não pertencem a essa religião. O proponente encena discursivamente uma polarização do “nós” contra “eles” tão radical que sugere a aniquilação dos homossexuais, sendo isto em nome de Deus, ao retomar a suposta fala do Senhor e expressar a postura de coenunciação. Diferentes marcas linguísticas identificadas no texto do sermão (verbos, advérbios, tipos de representação da fala, lexemas avaliativos) sinalizam uma revolução que, em última instância, coloca um “deus” forjado à imagem do proponente no centro do poder, subjugando a sociedade ímpia. A análise exibe as tensões da esfera religiosa e destaca a necessidade de outros trabalhos que aprofundem o exame dos discursos produzidos no âmbito do sagrado.</p>2024-11-24T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Revista Odisseiahttps://periodicos.ufrn.br/odisseia/article/view/34885As emoções e as leis: a jurilinguística afetiva2024-04-10T16:06:04-03:00Corina Veleanucorina.veleanu@univ-lyon2.fr<p>O objetivo deste estudo é apresentar a jurilinguística afetiva como um novo domínio de pesquisa pluridisciplinar que pertence aos domínios da linguística aplicada e do direito, que visa a indentificar e a analisar as características do ambiente linguístico e extralinguístico (sociocultural, político, psicológico, etc.) dos atos de comunicação jurídica, a fim de mostrar suas motivações e suas consequências. A metodologia proposta pela jurilinguística afetiva baseia-se em uma abordagem monolíngue ou multilíngue para a investigação de termos e discursos jurídicos que se destina aos profissionais da língua e do direito, cujos resultados poderão ajudá-los em seu trabalho no seio de nossas sociedades estruturadas pelo afeto e a emoção. Assim, neste quadro de uma abordagem jurilinguística afetiva, será possível estudar as origens e as consequências socioafetivas de surgimento dos neologismos jurídicos, os aspectos semânticos e pragmáticos do discurso jurídico, as expressões metafóricas a respeito dos termos e conceitos jurídicos, as reações dos iniciados e dos não iniciados no aparecimento dos neologismos jurídicos, o potencial de evolução de um termo jurídico no seio de um dado grupo, bem como seu potencial de exportação em relação a outras línguas-culturas jurídicas, os desafios dos tradutores jurídicos quando do texto traduzido deixa transparecer sua implicação afetiva no ato de traduzir. Para concluir, no momento da globalização, em nossas sociedades reticulares, uma compreensão aprofundada da forma que evoluem as línguas-culturas jurídicas não se saberia passar de uma abordagem da sensibilidade humana e do seu na construção de nossas realidades.</p>2024-11-24T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Revista Odisseiahttps://periodicos.ufrn.br/odisseia/article/view/34882A construção textual do ponto de vista: responsabilidade enunciativa e orientação argumentativa 2024-04-04T21:28:47-03:00Maria das Vitorias Nunes Silva Lourençovitorialourenco41@gmail.comMario Lourenço de Medeirosmario.lourenco@ufrn.br<p>O autor opera o gerenciamento do texto, ele está na origem do texto, entretanto, não se mostra como único responsável pela enunciação, tendo em vista que aciona várias vozes responsáveis pelo conteúdo temático. Desse modo, discutiremos acerca da Responsabilidade Enunciativa pelos conteúdos proposicionais, partindo da compreensão de que os modos de tomada da voz alheia e seus efeitos de sentido incidem sobre a orientação argumentativa do texto. Tomamos como corpus o gênero discursivo sentença judicial prolatada nos autos de uma Ação Civil Pública. Ancoramos a discussão no campo da Análise Textual dos Discursos, cujas bases teóricas decorrem da Linguística Textual e da Linguística Enunciativa. Este trabalho trata o conceito de Responsabilidade Enunciativa desenvolvido em Adam (2011) e Rabatel (2010, 2008), quando o Locutor Enunciador primeiro (não) assume a responsabilidade com o dito. Para tanto, focaremos em uma das unidades linguísticas possível de marcar a Responsabilidade Enunciativa dos enunciados, que é a Categoria Gramatical do Mediativo proposto por Guentchéva (1994), quando discute a função do enunciador enquanto mediador da(s) informação(es) que divulga, assumindo uma atitude de não engajamento com o conteúdo proposicional do texto. Concluímos que o texto analisado evidencia que é possível indicar, por marcadores linguísticos, a (não) Responsabilidade Enunciativa pelos conteúdos proposicionais, bem como refletir como ela atua sobre a orientação argumentativa do texto.</p>2024-11-24T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Revista Odisseiahttps://periodicos.ufrn.br/odisseia/article/view/35089Um estudo das expressões nominais definidas da canção-manifesto “Hino ao Inominável”2024-04-10T23:12:15-03:00Crysna Bomjardim da Silva Carmocrysnabonjardimsc@gmail.comMilena Oliveira Santos Luz28.milenaluz@gmail.comRosângela Alves Barbosa de Oliveirarosangelabarbosa3466@gmail.com<p>Este artigo investiga o uso das expressões nominais definidas (ENDs), usadas para gerar a imagem social do então ex-presidente do Brasil, Jair Messias Bolsonaro (2018-2022), na canção-manifesto “Hino ao inominável”. Para tanto, reúne estudos advindos da Linguística Textual (KOCH, 2010; 2022) e da Linguística Cognitiva (CHIAVEGATTO, 2009; SILVA, 1997; LAKOFF 1987; MEDEIROS, 2015; SANTOS, 2015; MEDEIROS, 2015). Como metodologia, elege a Linguística de Corpus (SARDINHA, 2004; KADER; RICHTER, 2013; OLIVEIRA, 2009), e o AntConc (ANTHONY, 2020), como ferramenta para a manipulação do corpus de estudo – compilado a partir da canção-manifesto acima citada. Considerando os dados do corpus, os resultados demonstram que: as referências a Jair Bolsonaro não ocorrem de maneira explícita, ou seja, não se encontrar o nome “Jair Bolsonaro” ou algo semelhante que remeta a seu nome. Todavia, encontra-se ENDs que, indiretamente, remetem a essa figura pública em tom de reprovação.</p>2024-11-24T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Revista Odisseiahttps://periodicos.ufrn.br/odisseia/article/view/34830Dispersões dos discursos religiosos de adesão evangélica a Bolsonaro em enunciados do Pr. Ed René Kivitz: uma análise dialógica2024-04-10T22:20:05-03:00Ivana Siqueira Teixeiraivanateixeira.ufpb@gmail.comDennis Souza da Costadennis.jppb@hotmail.comPedro Farias Francelinopedrofrancelino@yahoo.com.brMaria de Fátima Almeidafalmed@uol.com.br<p>Este artigo tem como escopo a análise dialógico-discursiva de enunciados circunscritos na interface da política e religião, considerando-se as distintas formas de argumentação nessas esferas. Como objeto de investigação, explora-se um recorte do discurso do pastor progressista Ed René Kivitz, durante sua participação no <em>podcast</em> <em>Podpax </em>(2022). O objetivo é compreender em que medida os enunciados desse sujeito atuam como força descentralizadora em face a discursos homogeneizadores de evangélicos favoráveis à reeleição de Jair Messias Bolsonaro. Fundamentado teórica e metodologicamente na perspectiva da análise dialógica da linguagem, o estudo recorre aos escritos de Bakhtin (2011; 2015; 2018; 2020; 2022) e Volóchinov (2017) que contemplam reflexões sobre os conceitos de polêmica, discurso de outrem, entonação e forças centrífugas e centrípetas, e às discussões de pesquisadores brasileiros (Francelino, 2022; Gomes, 2022) que se detêm à investigação das obras dos autores russos. Os resultados apontam que Kivitz polemiza com outras lideranças políticas e religiosas, ao recuperar discursos desses enunciadores, assim como constrói novos sentidos para tais discursos com entonações particulares a sua enunciação. Nesse sentido, o referido pastor retoma discursos dos contextos político e religioso evangélico, evidenciando uma adesão desse segmento ao ex-presidente Bolsonaro, como também constrói em sua argumentação um posicionamento desvirtuado em face ao apoio a tal recandidatura.</p>2024-11-24T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Revista Odisseiahttps://periodicos.ufrn.br/odisseia/article/view/34752Sentidos produzidos a partir de discursos referentes ao corpo feminino em programas humorísticos2024-06-02T23:16:45-03:00Denise Sousa dos Santosdenise.santtos123@gmail.comRosemeri Passos Baltazar Machadorosemeri@uel.br<p>Este artigo retoma a histórica discussão sobre o gênero feminino e as relações sócio-históricas que envolvem a representação da mulher no meio social. Pretendeu-se abordar, com base em uma perspectiva discursiva – Análise de Discurso de linha francesa –, a representação da mulher na sociedade e, mais especificamente, nos programas humorísticos, realizando, assim, um panorama comparativo entre programas antigos e atuais, como o “Zorra Total” e “<em>The Noite</em> com Danilo Gentili”. A pesquisa tem como foco a discussão acerca das questões corpóreas femininas que circulam nos programas humorísticos, uma vez que observamos no âmbito social, muitas vezes, um padrão de beleza corporal destinado, principalmente, às mulheres. Portanto, buscou-se compreender como o sujeito feminino é retratado na sociedade, bem como analisar os sentidos produzidos a partir de discursos referentes ao corpo feminino e pertencentes ao campo do humor. Nesse sentido, o discurso em questão é o discurso humorístico, que, ao promover a descontração e o riso, contribui para a desvalorização e a depreciação da mulher. Com isso, espera-se que a pesquisa contribua para o debate social no que concerne ao âmbito histórico, cultural, político e ideológico da construção discursiva, a qual, por sua vez, não raramente se coloca como opressora desse corpo feminino. Além disso, também se pretende, neste estudo, participar, mesmo que modestamente, das discussões que envolvem o processo social de desconstrução desses padrões de beleza corpórea e de desvalorização da mulher.</p>2024-11-24T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Revista Odisseiahttps://periodicos.ufrn.br/odisseia/article/view/34692Argumentação no artigo acadêmico: relações entre os três pilares da argumentação da Retórica Clássica e movimentos retóricos da Análise de Gênero 2024-04-10T23:00:27-03:00Juliana Michelon Ribeirojuliana.ribeiro@acad.ufsm.brGabriel Salinet Rodriguesgabriel.salinet@acad.ufsm.brLuciane Kirchhof Tickslkirchhofticks@gmail.com<p>A argumentação faz parte de diversas esferas comunicativas, incluindo a acadêmica, apesar do mito da objetividade pura e neutralidade nesse discurso. O objetivo deste trabalho é propor uma reflexão sobre a relação entre os três pilares da persuasão da Retórica Clássica (Aristóteles, 2013) e os movimentos retóricos atribuídos ao gênero artigo acadêmico pela Análise de Gênero (Swales, 1990). Para tanto, primeiramente, estabelecemos relações entre os três pilares da persuasão aristotélica com os movimentos retóricos do artigo acadêmico. Então, selecionamos quatro artigos publicados em periódicos bem avaliados e cadastrados no Portal de Periódicos da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). Posteriormente, identificamos os movimentos retóricos presentes no corpus e confirmamos nossas hipóteses de relação entre esses movimentos retóricos e os pilares da persuasão. A análise do corpus revelou que os pilares da argumentação estão presentes no artigo acadêmico em diferentes movimentos retóricos e que um movimento retórico pode evocar mais de um pilar.</p>2024-11-24T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Revista Odisseiahttps://periodicos.ufrn.br/odisseia/article/view/34568A modalidade facultativa nos discursos do Papa Francisco em língua espanhola2024-05-02T21:40:00-03:00André Silva Oliveiraandrethtzn@gmail.comAlexandro Teixeira Gomesalexandro.gomes@ufrn.br<p>Este trabalho tem por objetivo fazer uma descrição e análise da modalidade facultativa como recurso discursivo e estratégia argumentativa nos discursos do Papa Francisco em língua espanhola. Para isso, recorreu-se aos estudos relativos ao funcionalismo linguístico e discurso e aos estudos referentes à modalidade facultativa na seara da Linguística. Nesse sentido, foram selecionados os 147 discursos proferidos pelo Romano Pontífice em língua espanhola no ano de 2022 para a composição do córpus. Após a análise dos discursos, verificou-se que ocorre, preferencialmente, a não-inclusão [-inclusão] do Santo Padre na instauração da modalidade facultativa, optando por modalizar a facultatividade em posição focalizadora e com orientação modal para o Evento. Por fim, concluiu-se a relevância da modalidade facultativa como recurso e estratégia argumentativa, em que esta é engendrada no discurso tendo em vista as intenções e os propósitos comunicativos do falante (Papa Francisco).</p>2024-11-24T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Revista Odisseiahttps://periodicos.ufrn.br/odisseia/article/view/34467A construção do ethos no discurso político: um estudo sobre o discurso presidencial na IX Cúpula das Américas2024-04-10T16:28:05-03:00Gabrieli Dorigon Heroldgabrielidherold@hotmail.comGil Roberto Costa Negreirosgil.negreiros@ufsm.br<p>A pesquisa busca descrever e analisar a constituição do <em>ethos </em>no discurso de Jair Bolsonaro na IX Cúpula das Américas sob a hipótese de que, uma vez construído ao auditório de lideranças dos continentes americanos, se evidencie um <em>ethos </em>positivo do proponente, refutando e ressignificando os estereótipos negativos que circulam sobre ele. O trabalho, desenvolvido a partir dos estudos da Análise do Discurso, baseia-se nos estudos de Perelman e Olbrechts-Tyteca (2000), Amossy (2018) e Charaudeau (2018) e configura-se como documental, de abordagem empírico-indutiva e descritiva, uma vez que atribuímos significados a fenômenos discursivos. Foi possível demonstrar, a partir da análise, que Bolsonaro investe na construção de quatro imagens principais: de cooperativo, de competente, de orgulhoso e de religioso e conservador. Essas imagens revelam seu interesse em fortalecer as relações do Brasil com os países participantes da Cúpula das Américas, ao passo que reforça seus ideais políticos e ideológicos. Com isso, é possível vislumbrar o jogo de máscaras que atravessa o discurso político e torna a palavra mais eficaz e persuasiva de acordo com os objetivos do orador.</p>2024-11-24T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Revista Odisseia