TY - JOUR AU - Vargas, Thiago PY - 2018/01/22 Y2 - 2024/03/28 TI - O tempo, dentro e fora dos espetáculos: trabalho e ócio na Carta a d’Alembert [The time, inside and outside the spectacles: labor and idleness in the Letter to d'Alembert] JF - Princípios: Revista de Filosofia (UFRN) JA - Princí­pios VL - 24 IS - 45 SE - Artigos DO - 10.21680/1983-2109.2017v24n45ID12580 UR - https://periodicos.ufrn.br/principios/article/view/12580 SP - 99-119 AB - <p>Retomando uma leitura política e social da <em>Carta a d’Alembert</em> proposta por Bento Prado Jr. e Luiz Roberto Salinas Fortes, este artigo busca estender e desdobrar algumas importantes implicações desta tradição de leitura: investigar uma reflexão econômica e os desenvolvimentos de uma economia política associada aos espetáculos, conforme apresentada na <em>Carta</em>. Afinal, contestando uma específica concepção de espetáculo defendida pelos enciclopedistas, Rousseau, sublinhando o caráter político presente nos debates sobre a atividade teatral, incessantemente se atenta para o contexto social e econômico no qual uma peça se insere. Neste contexto, considerando-se ainda a oposição que a <em>Carta</em> apresenta contra etnocentrismo dos <em>philosophes</em>, pretendemos analisar como então é desenvolvida uma <em>crítica à ociosidade</em> – ou uma <em>apologia ao trabalho</em> – que tem em vista fortalecer os argumentos dirigidos contra o teatro parisiense. Exploraremos, portanto, os aspectos de economia política que compõem a argumentação de Rousseau ao longo do texto.</p><p> </p><p>[Resuming a political and social reading on the <em>Letter to d’Alembert</em> proposed by Bento Prado Jr. and Luiz Roberto Salinas Fortes, this paper aims to further important consequences carried out by this tradition: to analyze an economic reflection and the developments of political economy thoughts associated with the theatre, as presented in Rousseau’s <em>Letter to d’Alembert</em>. Challenging a specific conception of spectacles advocated by the encyclopedists, Rousseau, highlighting the political character present in the discussions on the theatrical activity, draws attention to the social context in which a play takes place. In this context, and considering the opposition that the <em>Letter</em> presents against the <em>philosophes’</em> ethnocentrism, we aim to analyze how a <em>critique of idleness </em>– or a <em>praise of labor –</em> is developed, with a view to strengthen the arguments pointed against the Parisian theatre. Most of all, we will seek to highlight the political and economic aspects that make up Rousseau’s arguments.]</p> ER -