https://periodicos.ufrn.br/principios/issue/feedPrincípios: Revista de Filosofia (UFRN)2024-08-20T17:27:06-03:00Oscar Federico Bauchwitzprincipiosfilosofiaufrn@gmail.comOpen Journal Systems<p style="margin: 0px;"><strong>Scope:</strong> Fundada em 1994, ao longo de suas duas décadas de existência, a Princípios se tornou um periódico consolidado e reconhecido no cenário acadêmico dada a representatividade e qualidade de seu conteúdo, publicando as diferentes áreas de interesse filosófico. Atualmente, é enquadrada pelo Qualis Capes no estrato A2 na área Filosofia.</p> <p style="margin: 0px; text-align: left;"><strong>Área do conhecimento</strong>:Ciências Humanas <strong>Qualis/CAPES</strong>:A2 <strong>e-ISSN</strong>:1983-2109 </p>https://periodicos.ufrn.br/principios/article/view/33942Destinos da catarse coletiva: Do Transe à Vertigem, de Rodrigo Nunes2023-10-09T11:59:52-03:00Caíque Coelhocaiqueatenas@gmail.com<p>O livro de Rodrigo Nunes, <em>Do Transe à Vertigem: Ensaios sobre bolsonarismo e um mundo em transição</em>, publicado pela Ubu Editora em 2022, se insere como uma ocorrência bibliográfica contemporânea ao fenômeno sobre o qual versa. A obra apresenta uma contribuição importante a respeito daquilo que se pode apreender filosoficamente sobre a entidade que se convencionou chamar de bolsonarismo a partir de uma perspectiva ao mesmo tempo sincrônica e diacrônica. Trata-se do esboço de uma ontologia política do bolsonarismo, apresentando a concretização desse movimento a partir da própria exterioridade de relações das quais ele é um resultado precário. Além disso, a obra também propõe repensar a maneira de compreender a significação de eventos políticos importantes da última década, como Junho de 2013, desenvolvendo uma concepção nuançada de realismo político. </p>2024-08-19T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Caíque Coelhohttps://periodicos.ufrn.br/principios/article/view/35133O corpo na era da inteligência artificial já era? 2024-02-01T11:07:20-03:00Mônica Parreirasmonicaparreiras@gmail.com<p>A inteligência artificial (IA)<a href="#_ftn1" name="_ftnref1">[1]</a> tem se tornado cada vez mais importante na indústria moderna, trazendo consigo benefícios e inovações capazes de transformar a maneira como o trabalho é executado. Sendo assim, este artigo tem o objetivo de elucidar alguns tipos de IA e sua aplicabilidade no cotidiano da vida moderna. Ademais, intenciona-se abordar os apelos da personalização de conteúdos que capturam e algoritmizam o indivíduo, de modo a ensejar os desafios éticos implicados em seu avanço. E, por fim, ambiciona-se tencionar a relação entre os benefícios do avanço tecnológico frente a questão concernente à autonomia e liberdade do <em>corpo próprio</em> na acepção merleau-pontyana, trazendo o corpo para condição de sujeito e, com isso, rompendo com a tradição cartesiana dualista, de modo a seguir na proposta de atribuir ao corpo-sujeito, a capacidade de fazer ato e, dessa forma, se constituir enquanto um corpo político, sendo a base para ações inteligentes e cautelosas até mesmo na função de operar as máquinas que sem ele não podem sequer ser acionadas.</p> <p> </p> <p><a href="#_ftnref1" name="_ftn1">[1]</a> Sigla utilizada para referir-se à inteligência artificial e que será mencionada ao longo do artigo com fins de abreviação dos termos.</p>2024-08-19T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Mônica Parreirashttps://periodicos.ufrn.br/principios/article/view/25983Teorias, Perspectivas e Práticas pedagógicas2023-06-26T10:20:16-03:00Daniel Cardoso Alvesdca.uemg@gmail.com<p>Este artigo tem como objetivo investigar a coerência entre as práticas pedagógicas, suas teorias, perspectivas e bases filosóficas, segundo o ponto de vista de estudantes de Pedagogia da Faculdade de Educação da Universidade do Estado de Minas Gerais, <em>Campus</em> universitário de Belo Horizonte (FaE/UEMG-CBH), os quais encontram-se em estágio inicial de formação. A partir da premissa de que esses estudantes, ainda que com formação acadêmica padrão, quando da sua atuação, desenvolverão perfis e práticas pedagógicas diferenciadas, a questão que permeia a pesquisa aqui apresentada é a seguinte: O que influencia essa diferença de perfis docentes em suas práticas pedagógicas? Metodologicamente, a pesquisa se caracteriza como um estudo de caso, com abordagem que conbina métodos de análise quantitativa e qualitativa de conteúdo, cujos procedimentos adotados foram a revisão bibliográfica e a pesquisa de campo, esta ancorada no instrumento questionário estruturado. Como aporte teórico, serão exploradas correntes filosóficas e teorias psicológicas de forma associada às perspectivas pedagógicas de cunho fenomenológico, comportamentalista e dialógico, as quais constituem o questionário aplicado e que diz respeito à pesquisa em si. Dentre os resultados obtidos, apesar de ter prevalecido uma suposta tendência dos sujeitos pela perspectiva dialógica, constatamos que diferentes estilos pedagógicos constroem a identidade pedagógica do docente, a qual não se restringe a um mero enquadramento generalista e exclusivo de um ou outra perspectiva pedagógica.</p>2024-08-19T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Daniel Cardoso Alveshttps://periodicos.ufrn.br/principios/article/view/34305A arquitela e os dispositivos de imagem contemporâneos2023-10-25T10:05:42-03:00Danilo Veríssimodanilo.verissimo@gmail.com<p>Nosso propósito maior é discutir a percepção desde uma perspectiva que ressalte a sua historicidade. Centramo-nos, mais especificamente, na análise dos dispositivos ecrânicos. Fundamentados na fenomenologia merleau-pontiana e, principalmente, nas contribuições de Mauro Carbone, destacamos, como guia de estudo, o conceito de arquitela. A partir disso, analisamos dispositivos modernos de percepção, vinculados à constituição do sujeito cognoscente moderno, para então, situar uma reconfiguração do sujeito da observação que serve de limiar aos dispositivos de visibilidade atuais. É então que, em meio às teorias mobilizadas por nós, propomos a figura do observador-observado como correlativa à quase-agência dos dispositivos de tela contemporâneos. </p>2024-08-19T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Danilo Veríssimohttps://periodicos.ufrn.br/principios/article/view/31036Constante Cosmológica e Matéria Escura2023-05-01T09:24:22-03:00Danilo Rodriguesdanilo.rodrigues@usp.brJojomar Lucena dos Santosjojomarls@gmail.comJosé Raymundo Novaes Chiappindanilo.rodrigues@usp.br<p>O presente ensaio tem por objetivo mostrar o papel desempenhado pelas hipóteses ad hoc em dois importantes episódios da cosmologia científica: a adoção da constante cosmológica por Einstein e a descoberta da matéria escura por Zwicky. Há importantes semelhanças entre ambos, uma vez que foram hipóteses adotadas com base em possíveis interações cosmológicas gravitacionais. Comumente encontramos juízos distintos em relação aos dois casos, apenas por um ter sido lembrado como um “sucesso preditivo” e o outro como um “fracasso” de Einstein. Procuramos mostrar ao longo do texto como, não apenas essa avaliação não é justa, como também que a adoção de hipóteses ad hoc é um recurso largamente utilizado na ciência e necessário ao seu desenvolvimento. Até mesmo nos principais referenciais em filosofia da ciência, como Lakatos, Kuhn, Popper e Laudan, encontramos avaliações sobre a utilização destas hipóteses muito mais positivas do que popularmente se dissemina, classificando-as como “estratagemas convencionalistas” utilizadas apenas para mascarar dificuldades teóricas e conceituais. Todos estes referenciais citados se mostram unanimes sobre a importância das hipóteses ad hoc para o progresso da ciência, apesar de suas divergências sobre concepções de ciência e de progresso. <strong> </strong></p>2024-08-19T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Danilo Rodrigues, Dr. Jojomar, Dr. Chiappinhttps://periodicos.ufrn.br/principios/article/view/35870Caminhos do método em Rancière: 2024-04-05T08:02:16-03:00Daniela Cunha Blancodanielablanco27@gmail.com<p>O texto pretende percorrer a construção do método em Jacques Rancière a partir de uma hipótese: a de que a aproximação do autor, no início de seu percurso teórico, com Louis Althusser, teria deixado marcas de um problema a solucionar, para o qual o pensamento de Michel Foucault em torno da arqueologia teria apontado um caminho. Constatando, em Althusser, uma política da escrita pautada na desigualdade, Rancière, teria sido duplamente influenciado, de um lado, pela experiência de uma igualdade radical em Joseph Jacotot e, de outro, pela possibilidade da construção de um método fundamentado na igualdade a partir da arqueologia de Foucault. O intuito do artigo será, assim, analisar esse percurso de aproximação e afastamento em relação ao pensamento de Althusser, seguido do encontro com as experiências de Jacotot e do encontro com a arqueologia de Foucault, extraindo daí o método que Rancière constrói em seus primeiros textos, em especial, em A noite dos proletários.</p>2024-08-19T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Daniela Cunha Blancohttps://periodicos.ufrn.br/principios/article/view/33901As novas leituras da relação Marx-Hegel2023-10-09T11:45:04-03:00Diogo Mariano Carvalho de Oliveiradiogocarvalho.adv@hotmail.com<p>Neste artigo apresentamos algumas hipóteses de leitura acerca da relação entre a filosofia de Hegel e de Marx a partir das proposições de teóricos alinhados à nova dialética, também conhecida como dialética sistemática, bem como de outros autores não necessariamente vinculados a essa perspectiva teórica, mas que dela se aproximam. O objetivo do artigo é suscitar discussões a respeito das homologias, semelhanças e diferenças que podem ser estabelecidas entre as dialéticas hegeliana e marxiana com vistas a trazer ao debate filosófico e acadêmico brasileiro não apenas um novo olhar sobre a relação entre estes autores, mas também desvelar pontos de tensão entre estes filósofos que podem engendrar novos debates e hipóteses de investigação nos campos de estudo que abrangem a dialética, em especial a dialética materialista.</p>2024-08-19T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Diogo Mariano Carvalho de Oliveirahttps://periodicos.ufrn.br/principios/article/view/34364Guerra Justa, comércio e colonização em Francisco de Vitória2024-03-14T15:42:46-03:00João Emiliano Fortaleza de Aquinoemiliano.aquino@uece.br<p>A proposta deste artigo é relacionar a teoria da guerra justa de Francisco de Vitória e sua teoria do valor mercantil. A hipótese aqui desenvolvida é que Vitória introduz a liberdade comercial como um dos móbiles que, quando impedidos, justificam uma guerra contra as populações nativas da América, porque, alguns anos antes, já desenvolvera uma teoria do valor, que torna sem fundamento a anterior proibição teológica do lucro comercial. Justificada assim a guerra, ele defende uma teoria dos direitos do vencedor, que inclui a legitimidade da deposição dos governantes, a tomada de terras e bens e a escravização dos súditos. Em outras palavras, para Vitória, a guerra justa, motivada por interesses comerciais, torna legítima a colonização.</p> <p> </p>2024-08-19T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 João Emiliano Fortaleza de Aquinohttps://periodicos.ufrn.br/principios/article/view/34545A teoria da causalidade em O livro sobre o Puro Bem (Liber de causis)2024-02-01T10:15:16-03:00Meline Sousamelinecostasousa1@gmail.com<p>O objetivo deste artigo é mostrar como o autor de <em>O livro sobre o Puro Bem</em>, conhecido pelos filósofos latinos como <em>Liber de causis </em>(LdC), desenvolve uma metafísica da causalidade ao propor uma abordagem das causas em um domínio diferente da filosofia natural. Seguindo a linha interpretativa mais recente que toma o conteúdo do LdC como um modelo filosófico original, buscarei apresentar e explicar os critérios que fundamentam a distinção causal (Causa Primeira, intelecto e alma) e a primazia absoluta da Causa Primeira: universalidade, autonomia, anterioridade e eternidade. Na sequência, mostrarei como, a partir da distinção entre a Causa Primeira e o intelecto, decorrem dois tipos de causalidade, a criação (causa de ser) e a informação (causa de forma). Por fim, introduzo brevemente um dos problemas centrais da teoria da causalidade do LdC, a dizer, se a atividade criadora da Causa Primeira depende de um intermediário.</p>2024-08-19T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Meline Sousahttps://periodicos.ufrn.br/principios/article/view/34805Da física prometeica aos magos modernos2024-02-01T11:00:25-03:00Vinícius Carvalho da Silvavinicius_c_silva@ufms.brJudikael Castelo Brancojudikael79@hotmail.com<p>Neste trabalho, analisaremos as diferenças entre o epistemicismo e o utilitarismo a partir de um estudo comparado de dois autores: Eric Weil e Pierre Hadot. Primeiro, veremos como em “Science, magie et philosophie”, Weil trata das linhas fundamentais da ciência moderna em comparação com a ideia clássica de θεωρία e da noção renascentista de magia. Depois, como Hadot trabalha a questão em <em>O Véu de Ísis </em>por meio dos conceitos de física prometeica e física órfica. Ao final, defenderemos posição particular acerca de como podemos entender a ciência moderna a partir da relação entre os estudos de Weil e Hadot.</p>2024-08-19T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Vinícius Carvalho da Silva, Judikael Castelo Branco