TY - JOUR AU - Gomes, João PY - 2020/12/24 Y2 - 2024/03/28 TI - “A BANCA É O MEU PALCO!”: JOGADORES E DEALERS NUM CASINO EM PORTUGAL JF - Vivência: Revista de Antropologia JA - VRA VL - 1 IS - 56 SE - Fluxo Contínuo/Continuous Flow DO - 10.21680/2238-6009.2020v1n56ID23687 UR - https://periodicos.ufrn.br/vivencia/article/view/23687 SP - AB - <p><span class="fontstyle0">Nos casinos, tal como acontece na grande generalidade do sector dos serviços, produção e consumo decorrem em simultâneo e no mesmo espaço. O processo de trabalho deriva, como tal, do encontro de subjectividades entre trabalhadores e clientes. Este artigo, baseado numa investigação etnográfica, procura analisar o processo laboral dos pagadores de banca (</span><span class="fontstyle2">dealers</span><span class="fontstyle0">/</span><span class="fontstyle2">croupiers</span><span class="fontstyle0">) num dos principais casinos portugueses, particularmente, as dinâmicas relacionais e interactivas entres estes profissionais e os jogadores. Os pagadores de banca, apesar de estrutural e hierarquicamente subordinados, são agentes activos nestas micro-interacções. Desta forma, rejeitam a subordinação interactiva que, normalmente, acompanha a estrutural, empregando um conjunto de estratégias performativas que visam inverter, simbólica e temporariamente, as hierarquias sociais. Gerindo, selectivamente, as suas ofertas estéticas e emocionais, os pagadores de banca constituem-se como agentes não subordinados, controladores, autoritários e superiores. No entanto, ao criar a dignidade na subordinação, estas estratégias tendem a produzir “consentimento” e não emancipação.</span></p> ER -