TY - JOUR AU - Ramos, Jair de Souza PY - 2015/11/18 Y2 - 2024/03/28 TI - Subjetivação e poder no ciberespaço. Da experimentação à convergência identitária na era das redes sociais / Subjectivity and power in cyberspace. From experimenting to identity convergence in the age of social networks JF - Vivência: Revista de Antropologia JA - VRA VL - 1 IS - 45 SE - Dossiê/Dossier DO - UR - https://periodicos.ufrn.br/vivencia/article/view/8251 SP - AB - <p>Meu objetivo nesse artigo é examinar alguns dos efeitos que a sociabilidade em rede, aprofundada pelas tecnologias de comunicação, exerce sobre os processos de subjetivação na contemporaneidade, especialmente no que diz respeito aos procedimentos de identificação a que os agentes são submetidos. Inspirado pela teoria do Ator-Rede, tentaremos desenvolver aqui alguns elementos de resposta à pergunta: de que modo as redes sociotécnicas que organizam a <em>Internet </em>engendram mecanismos de subjetivação? A guisa de introdução, iremos recuperar alguns elementos do processo sociohistórico de produção de redes e sua relação com as técnicas de governo. Em seguida, examinaremos alguns efeitos destas tecnologias de comunicação nas mudanças na relação entre trabalho e rede sob o funcionamento do capitalismo flexível, tal como definido por Richard Sennett. O objetivo aí, não é discutir as mutações do capitalismo em geral, mas sim seguir as indicações de Sennett acerca das mudanças na experiência emocional do trabalho e seu impacto nos processos de subjetivação. Em seguida, a partir de uma leitura da sociologia do segredo de Simmel, examinaremos o modo como confiança e segredo exercem um impacto sobre sociabilidade na rede e impõem limites às possibilidades de experimentação identitária. Por fim, abordaremos o modo com as plataformas intituladas <em>redes sociais </em>operam uma convergência entre identidade <em>on </em>e <em>off-line</em>, reduzindo o espaço para a experimentação identitária e redefinindo as relações entre privacidade e publicização de si.</p><p> </p><p><strong>Abstract</strong></p><p> </p><p>My goal in this article in to examine some of the effects network sociability, deepened by communication technologies, have one the processes of subjectivity nowadays, especially regarding identification procedures which agents are submitted to. Inspired by the Actor-Network theory, we aim to conduct here some elements of the answer to the following question: how do social-technical networks, organizing <em>internet</em>, engineer mechanisms of subjectivity? By way of introduction we will bring back some elements of social-historical processes of networks production and their connection to government techniques. Next, we will examine some of the effects these communication technologies have on the relationship between work and network under a flexible capitalism, such as defined by Richard Sennett. The purpose there is not to discuss general mutations in capitalism, but to follow the Sennett’s orientations on emotional experience at work and its impact over subjectivity processes. After that, from an interpretation of Simmel’s sociology of secrecy, we will examine how confidence and secrecy are relevant to network sociability and casts limits to experiencing identity. Finally, we will explore the way with the platforms entitled social networks perform a convergence between the on and <em>off-line </em>identities, narrowing down the room for experiencing identity and redefining relations between the private and the public self.</p> ER -