https://periodicos.ufrn.br/vivencia/issue/feedVivência: Revista de Antropologia2024-03-18T14:27:38-03:00Elisete Schwadevivenciareant@yahoo.com.brOpen Journal Systems<p style="margin: 0px; min-height: 50px; max-height: 125px; overflow: hidden; text-overflow: ellipsis;"><strong>Scope: </strong>Vivência:Revista de Antropologia, vinculada ao Departamento de Antropologia e ao Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social da UFRN, apresenta aqui a sua versão online. Trata-se de uma revista com publicação cont´ínua que tem por objetivo possibilitar a divulgação e acesso a artigos, resenhas, propostas audiovisuais, memorais e conferências magistrais relevantes à Antropologia e áreas correlatas. Ainda que a publicação seja contínua, organiza-se através de números semestrais com dossiês temáticos. Tanto o fluxo contínuo como os dossiês, organizados por até cinco pesquisadores relevantes na área temática, sendo um deles do Departamento de Antropologia da UFRN, acolhem constribuições de mestres e doutores em língua portuguesa, espanhola, inglesa e francesa.</p> <p style="margin: 0px; text-align: left;"><strong>Área do conhecimento</strong>: Antropologia <strong>Qualis/CAPES</strong>: A2 <strong>e-ISSN</strong>: 2238-6009 <strong>Contato</strong>: vivenciareant@yahoo.com.br</p>https://periodicos.ufrn.br/vivencia/article/view/35625PARECERISTAS DE 20232024-03-18T14:27:38-03:00Carlos Guilherme do Vallecvalle@gmail.comJuliana Gonçalves Melojuliana_melo2003@yahoo.comJulie Antoinette Cavignacjuliecavignac@gmail.com2023-12-15T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Carlos Guilherme do Valle, Juliana Gonçalves Melo, Julie Antoinette Cavignachttps://periodicos.ufrn.br/vivencia/article/view/30693RIBEIRINHOS AMAZÔNICOS E VULNERABILIDADES2022-10-26T14:10:14-03:00Nyvia Cristina dos Santos Lima Limaenfnyvialima@gmail.comNádile Juliane Costa de Castronadiledecastro@hotmail.com2023-12-15T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Nyvia Cristina dos Santos Lima Lima, Nádile Juliane Costa de Castrohttps://periodicos.ufrn.br/vivencia/article/view/31271O HIJAB É “MAIS QUE UM PANO NA CABEÇA” – APORTES ANTROPOLÓGICOS SOBRE A AGÊNCIA DE MULHERES MUÇULMANAS NOS USOS DO VÉU ISLÂMICO NO NORDESTE DO BRASIL2023-01-11T23:00:28-03:00Maria Patrícia Lopes Goldfarbpatriciagoldfarb@yahoo.com.brVanessa Karla Mota de Souza Limavanessa.mota@academico.ufpb.br<p>As discussões sobre o uso do véu islâmico é uma temática recorrente na Antropologia do Islã. Nos últimos anos, com o crescimento da religião no Brasil, cresceu também o número de mulheres que usam o véu em público e, dentre elas, algumas que ganharam visibilidade na mídia, nas redes sociais e na academia por seus discursos sobre a importância desta prática religiosa, projetando visibilidade sobre o assunto, sempre em diálogo com suas experiências religiosas diárias (resistências, conflitos e islamofobia) ou com eventos mais globais, como os ocorridos recentemente no Irã e na França. Desta realidade, resultaram diferentes análises empreendidas por pesquisadoras antropólogas brasileiras (Barbosa-Ferreira, 2013; Castro, 2015; Marques, 2011, dentre outras) em diferentes contextos. Estas análises acabaram por destacar a importância da agência feminina sobre os usos do véu em reflexão com as ideias dos movimentos islâmicos pietista, revivalista e feminista, para a compreensão da experiência religiosa. Sendo assim, por meio deste artigo, propõe-se a refletir sobre a agência de mulheres muçulmanas nordestinas e estes movimentos femininos islâmicos (Mahmood, 2019; Abu-Lughod, 2012; Barbosa, 2021; Silva, 2008; Barlas, 2012). Para isto, utilizamos a metodologia de análise bibliográfica e dos discursos de interlocutoras, captados através de entrevistas presenciais com mulheres muçulmanas em João Pessoa (PB) e Caruaru (PE). Concluiu-se, portanto, que as formas de experiência religiosa no que diz respeito ao uso/não uso, ou desuso, do véu islâmico têm características distintas tanto de compreensão quanto na ação religiosa, entre mulheres muçulmanas no Nordeste do Brasil.</p> <p><strong>Palavras-chave</strong>: Islã; Véu; Agência; Mulheres Muçulmanas; Nordeste.</p>2023-12-15T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Maria Patrícia Lopes Goldfarb, Vanessa Karla Mota de Souza Limahttps://periodicos.ufrn.br/vivencia/article/view/27532SLAMS: PERCURSOS POÉTICOS EM COMUNIDADES DE PERIFERIA EM SALVADOR - BA2021-12-19T12:29:42-03:00Danielle Marcia Hachmann de Lacerda da Gamadani.dagama@hotmail.com<p>Este artigo tem por tema competições de poesia que levam, mundialmente, o nome de <em>slams</em>. Criado nos EUA em 1986 e trazido para o Brasil em 2008, o <em>slam</em> é uma batalha de poesias que busca promover espaços de expressão e, no Brasil, como em outros locais, tem se popularizado em locais periféricos de centros urbanos. Ao longo da investigação de mestrado, acompanhamos por dois anos o cenário dos <em>slams</em> na cidade de Salvador, Bahia, pela perspectiva teórica dos Estudos de Performance. A pesquisa, de cunho etnográfico, se deu através das técnicas da observação participante e entrevistas semiestruturadas, com o objetivo de compreender de que modo a performance do <em>slam</em> age na criação de novos locais de expressão e sociabilidade para moradores das periferias e como ele atua e ganha sentido, contribuindo com formas de pensar o político e o poético nos espaços da cidade de Salvador. Foi possível observar que, nesta capital, o <em>slam</em> é um fenômeno engajado politicamente a questões de afirmação da identidade étnico-racial negra, em especial de moradores de regiões periféricas, e integrado a outras manifestações artísticas e culturais de mesmo foco, nas quais seus atores transitam, inclusive entre diferentes pontos da cidade. Uma centralidade da periferia, nesse contexto, abre espaço para o re-conhecimento de lugares e afirmação de discursos marginalizados.</p> <p><strong>Palavras-chave: </strong><em>Slam</em>; Batalhas de Poesia; Performance; Periferias; Salvador.</p>2023-12-15T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Danielle Marcia Hachmann de Lacerda da Gamahttps://periodicos.ufrn.br/vivencia/article/view/33059IDENTIDADE E TERRITORIALIDADE ÉTNICA EM FACE DA JUDICIALIZAÇÃO DE CONFLITO 2023-07-01T20:06:56-03:00Eliana Teles Rodrigueselianteles@gmail.com<p>Analisa a trajetória de um grupo quilombola em processo de reconhecimento de um território etnicamente configurado. Trata-se de estudo etnográfico realizado entre os anos 2010 e 2014 com os autodenominados quilombolas do rio Gurupá, município de Cachoeira do Arari, no arquipélago de Marajó, Pará. De sua mobilização por reconhecimento e acesso ao território etnicamente configurado, constituem-se novas formas político-organizativas, pelas quais esses coletivos buscam se adequar às questões normativas do direito brasileiro. Nesse contexto, assiste-se a mudanças sucessivas, resultantes de necessidades, projetos, lutas e reivindicações pelo território étnico, ao mesmo tempo em que persistem esquemas de judicialização dos conflitos. A construção de uma visão de direitos territoriais e econômicos, pelos quilombolas, é confrontada diretamente com projetos do agronegócio, com a regularização fundiária e ambiental do Estado e com as políticas sociais que suprimem o fator étnico.</p> <p><strong>Palavras-chave</strong>: Conflito; Direitos Territoriais; Marajó.</p>2023-12-15T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Eliana Teles Rodrigueshttps://periodicos.ufrn.br/vivencia/article/view/22106OFICINAS DE ANTROPOLOGIA COM CRIANÇAS: NOTAS SOBRE UMA EXPERIÊNCIA2020-08-10T13:47:31-03:00Valéria de Paula Martinsvaleriacpmartins@gmail.comAmanda Ramos da Cunhaamandatamy2014@gmail.comJúlia Furtado de Almeidajubadealmeida@hotmail.comLuís Augusto Meinberg Garcialuuismeinberg@gmail.comMaria Luiza Araujomarialuizaramos97@hotmail.comPamela de Fatima Soares Caetanopamela.caetano18@hotmail.com<p>Este é um relato de experiência acerca da realização de oficinas de antropologia com crianças entre 7 e 12 anos, na cidade de Uberlândia, em Minas Gerais, a partir de um trabalho que teve início em 2014 e é atualmente projeto de extensão da Universidade Federal de Uberlândia (UFU). Ao focar no processo de implementação das oficinas, destacando-se as questões de cunho metodológico, tratamos dos caminhos trilhados desde o período inicial, refletindo sobre elementos que nos chamaram a atenção, como as transformações ao longo do tempo na dinâmica dos encontros em sua associação com experiências que buscávamos delinear a partir das oficinas. Este projeto, por meio da realização de atividades que envolvem leitura de livros, exibição de filmes, jogos coletivos, rodas de conversa, elaboração de desenhos etc., busca, em suma, uma sensibilização para a diferença, aproximando-se de temáticas e ideias caras ao debate antropológico em um trabalho realizado com crianças e não para crianças, ou seja, que as toma como sujeitos plenos no processo de ensino-aprendizagem.</p> <p><strong>Palavras-chave</strong>: Oficinas de Antropologia; Ensino-aprendizagem; Crianças.</p>2023-12-15T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Valéria de Paula Martins, Amanda Ramos da Cunha, Júlia Furtado de Almeida, Luís Augusto Meinberg Garcia, Maria Luiza Araújo Ramos, Pamela de Fatima Soares Caetanohttps://periodicos.ufrn.br/vivencia/article/view/26190O SABER ETNOGRÁFICO E SUA CONTRIBUIÇÃO À ESCRITA ACADÊMICA CRIATIVA: REFLEXÃO DE UMA EXPERIÊNCIA DE ENSINO2021-08-04T14:41:52-03:00Juliane Bazzobazzojuliane@gmail.com<p>O artigo abrange o relato de uma experiência de ensino-aprendizagem em uma disciplina de Antropologia que, embora não focada na escrita, norteou-se por desenvolver o potencial criativo da redação, fomentado pela leitura sistemática de narrativas etnográficas. As obras Por uma pedagogia da pergunta (Paulo Freire & Antonio Faundez) e Ensinando a transgredir (bell hooks), assim como minha jornada como etnógrafa em Antropologia da Educação, inspiraram-me enquanto docente no desenho da metodologia do curso. A dinâmica traçada previa que, a cada encontro, as(os) estudantes trouxessem perguntas previamente preparadas, para mobilizar o debate da bibliografia prevista. A discussão entabulada engendrava então uma produção de texto individual em sala, ao final de todas as aulas. As(os) discentes foram assim construindo um diário de bordo do curso, com comentários sequenciais que sintetizavam debates, enfocavam pontos de interesse ou traziam novas perguntas e eram subsequentemente partilhados com a turma. Instigou-se as(os) participantes, todo o tempo, a desenvolverem a escrita autêntica e, portanto, criativa, a partir do que lhes fosse, de fato, significativo. Desse esforço, surgiram textos dos mais variados, reunindo contribuições teórico-etnográficas, vivências e interpelações particulares, além de trechos literários e descrições fílmicas. Nesse espírito, a disciplina encerrou-se com uma peça textual batizada de carta-comentário, por meio da qual as(os) estudantes consolidaram seus aprendizados.</p> <p><strong>Palavras-chave:</strong> Etnografia; Escrita Acadêmica; Escrita Criativa; Escrita Autêntica; Ensino de Antropologia.</p>2023-12-15T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Juliane Bazzohttps://periodicos.ufrn.br/vivencia/article/view/34989O TESTEMUNHO2023-12-27T14:55:06-03:00Michael Pollakvivenciareant@yahoo.comNathalie Heinichnathalie.heinich@ehess.fr2023-12-15T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Michael Pollak, Nathalie Heinichhttps://periodicos.ufrn.br/vivencia/article/view/34978DEBATES ATUAIS SOBRE CONSUMO NA ANTROPOLOGIA E CIÊNCIAS SOCIAIS2023-12-26T10:09:24-03:00Eliane Tânia Freitasetmart@gmail.comFilomena Silvanofilomenasilvano@fcsh.unl.ptSolange Riva Mezabarbasolange_riva@hotmail.com2023-12-15T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Eliane Tânia Freitas, Filomena Silvano, Solange Riva Mezabarbahttps://periodicos.ufrn.br/vivencia/article/view/33754SHIPPING AND FANSERVICE IN THE BOYS LOVE (BL) SERIES CONSUMPTION EXPERIENCE BY THE BRAZILIAN FANDOM2023-08-30T10:22:06-03:00Igor Leonardo de Santana Torrestorres.igorsantana@gmail.com<p>Just as the idol shipping culture is important in the consumption and celebration of K-pop culture, shipping (practice of pairing fictional characters or media personalities, placing them into sexual or romantic relationships, or supporting already existing pairs) and fanservice (an entertainment practice for fans that consists of the performance of intimacy among celebrity couples created and supported by the fandom) are defining and distinctive elements of the Thai “boys love” (BL) industry and its transnational fandom. I will discuss these phenomena in the consumption experience of BL series by the Brazilian fandom and present their operation among the fans with whom I researched, paying attention to their forms of fanservice consumption and shipping practice. The results presented come from my master's research, in which, based on the digital ethnographic method, I observed and interacted with fans on Twitter and Telegram for nine months. I conclude, among other things, that the practice of shipping and the consumption of fanservice are heterogeneous in fandom and are embroiled in moral disputes.</p> <p><strong>Keywords</strong>: BL Series; Brazilian BL Fandom; Fanservice; Shipping.</p>2023-12-15T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Igor Leonardo de Santana Torres https://periodicos.ufrn.br/vivencia/article/view/33770EXISTIR E HABITAR EM MUNDOS VIRTUAIS: SOBRE COISAS E TRECOS IMATERIAIS2023-08-30T23:24:16-03:00Laura Graziela Figueiredo Fernandes Gomeslauragraziela@gmail.comDiogo Coutinho Iendrickiendrick@gmail.com<p>Este artigo concentra-se no exame do interesse, prazer e hedonismo associados ao desenvolvimento de uma existência virtual, a partir da comparação entre três diferentes plataformas: <em>Second Life</em>, <em>The Sims 4</em> e <em>World of Warcraft</em>. Em relação a esses mundos virtuais, a ênfase é direcionada à compreensão dos elementos que constituem sua mundidade e conferem autenticidade, especialmente o papel crucial do avatar como objeto técnico central que possibilita o engajamento nesse modo de existência. O espaço virtual assume relevância por sua capacidade de consolidar a presença e envolvimento do indivíduo nessa experiência com o avatar, a partir das <em>affordances</em> proporcionadas pelo ambiente e na criação de uma atmosfera onde se quer existir. Por meio das observações participante dos autores nos três mundos virtuais, são comparadas as especificidades que os distinguem, mas, sobretudo, as características comuns que atraem e mantêm engajamentos consistentes de usuários com os objetos sociotécnicos que aprenderam a singularizar. Nesse sentido, concluímos que, além da singularização dos avatares e dos ambientes em questão, a composição do segundo narra uma história em que os diferentes engajamentos elaboram a atmosfera e adensam a imersão enquanto experiência de consumo (modo de apropriação) da plataforma.</p> <p><strong>Palavras-chave:</strong> Mundos Virtuais; Imersão; <em>Affordance</em>; Atmosfera; Objetos Técnicos.</p>2023-12-15T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Laura Graziela Figueiredo Fernandes Gomes, Diogo Coutinho Iendrickhttps://periodicos.ufrn.br/vivencia/article/view/33768DESMONETIZA! SLEEPING GIANTS BRASIL NO INSTAGRAM E O CONSUMO COMO ARENA POLÍTICA E MORAL2023-08-30T21:02:30-03:00Eliane Tania Freitasetmart@gmail.com<p>Este artigo apresenta o conceito de consumerismo, caracterizando-o como um tipo de ativismo cívico no campo do consumo, para depois situar em relação a ele a atuação do movimento <em>Sleeping Giants</em> Brasil. Farei isso por meio da análise de dados relativos ao seu repertório de ações táticas na plataforma digital Instagram, cujo objetivo é a desmonetização de sites e canais disseminadores de conteúdos virulentos como discurso de ódio contra minorias e notícias falsas. Abordo o perfil como um sujeito sociotécnico, capaz de agenciar ações no espaço digital cujo alcance e consequências o ultrapassam. Destaco ainda algumas especificidades do Instagram como vitrine virtual na qual a visualidade, neste caso instrumentalizada para finalidades do ativismo, é hegemônica. Por fim, articulo o consumerismo com os aspectos intrinsecamente problemáticos da economia algorítmica das plataformas. Concluo que, a despeito de limitações, como o foco sobre os sites propagadores de conteúdos virulentos mais do que nas <em>Big Techs</em> e suas plataformas, a atuação do SGBR termina por reforçar pautas em torno das quais se aglutinam forças sociais, lançando mão das singularidades da ecologia digital, como hashtags e arrobas, para alcançar resultados que a ultrapassam. A exposição das empresas que anunciam em sites virulentos e das que vendem tais espaços, as <em>Big Techs</em>, transforma em escândalo moral a lucratividade da exploração do ódio, do sensacionalismo e da desinformação.</p> <p><strong>Palavras-chave</strong>: <em>Sleeping Giants</em> Brasil; Instagram; Consumerismo; Desinformação; Discurso de ódio.</p>2023-12-15T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Eliane Tania Martins de Freitashttps://periodicos.ufrn.br/vivencia/article/view/33767PERCEPÇÕES SOBRE CORPO E EMOÇÕES ENTRE CONSUMIDORAS CRÍTICAS ANTICAPITALISTAS2023-08-30T21:00:16-03:00Liliane Moreira Ramoslilianemoreiraramos@gmail.comPatricia Pavesipppavesipatricia4@gmail.comJulio Valentimjuliovalentim2020@gmail.com<p>Este artigo tem como objetivo discutir, a partir das narrativas de um grupo de consumidoras críticas anticapitalistas, a centralidade dos afetos e emoções na construção de percepções sobre corpos, em processos de consumo político. Para tanto, analisamos três tipos de <em>encaixe </em>e táticas de <em>acomodação</em>: primeiro, entre um tipo de discurso sobre corpo que reivindica o <em>status</em> essencial de “natureza” e o papel estratégico deste corpo no posicionamento dos sujeitos como críticos; segundo, entre narrativas de racionalização do processo de consumo como o caminho moralmente adequado ao movimento crítico empreendido e práticas de consumo atravessadas por emoções positivas como o prazer e a valorização da ludicidade; e por fim, centralidade das <em>emoções</em> na construção de um complexo arranjo que busca acomodar os dois tipos de <em>encaixe/acomodação</em> anteriores, ou seja, entre a reivindicação de um corpo dotado de um saber natural e a construção deliberada de novas subjetividades nas relações com objetos e pessoas no contexto da moralidade crítica. Os dados apresentados foram produzidos a partir da experiência etnográfica realizada entre 2020 e 2022 com sujeitos participantes de um processo de “laboratório social” dedicado a discutir alternativas de consumo, parte de um movimento criado em função da pandemia de COVID-19.</p> <p><strong>Palavras-chave</strong>: Consumo Político; Anticapitalismo; Emoções; Afetos; Prazer.</p>2023-12-15T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Liliane Moreira Ramos, Patricia Pavesi, Julio Valentimhttps://periodicos.ufrn.br/vivencia/article/view/33670NOTAS ETNOGRÁFICAS DE DUAS PESQUISADORAS-TORCEDORAS: PRÁTICAS DO TORCER E CONSUMIR FUTEBOL DAS MULHERES DO SPORT CLUB DO RECIFE2023-08-22T03:45:21-03:00Soraya Maria Bernardino Barreto Januáriosoraya.barreto@ufpe.brPaloma Souza de Castro Melopaloma.castro@ufpe.br<p>O presente artigo tem como objetivo refletir sobre as relações de consumo e participação da mulher no futebol a partir de marcadores performáticos em ambientes como de um estádio em dia de jogo, em uma perspectiva de gênero. Para isso, realizamos a observação participante das partidas decorrentes da punição imposta pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) ao Sport Club do Recife, motivada pela violenta invasão de campo no Campeonato Brasileiro de 2022, na qual, durante três jogos, só foi permitida a entrada da torcida composta por mulheres, crianças e PCDs. O recorte teórico-metodológico se deu abarcado pelas epistemologias e antropologia feministas, sendo realizado enquanto método de coleta uma observação participante, diário de campo, entrevistas semiestruturadas e registros fotográficos. A análise foi dividida em quatro fases de participação das mulheres no estádio, fomentadas por importantes marcadores performáticos de suas identidades de torcedoras e da oferta de consumo propiciada pelo clube. Como resultados, encontramos padrões das práticas torcedoras hegemônicas, bem como rupturas no comportamento e consumo clubístico. Como conclusões, entendemos que jogos como esses podem contribuir para uma virada na participação das mulheres nas arquibancadas, não só no perfil da torcida, como também na forma como clubes e entidades esportivas enxergam as torcedoras.</p> <p><strong>Palavras-chave: </strong>Torcedoras; Sport Club do Recife; Antropologia Feminista; Consumo; Performance.</p>2023-12-15T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Soraya Maria Bernardino Barreto Januario, Paloma Souza de Castro Melohttps://periodicos.ufrn.br/vivencia/article/view/33775MEDIAÇÃO CULTURAL, ALTERIDADE E CONSUMO NOS PERFIS DAS INFLUENCIADORAS DIGITAIS @BLOGUEIRADEBAIXARENDA E @THALLITAXAVIER 2023-08-30T23:45:58-03:00Carla Fernanda Pereira Barrosbarros.carla@uol.com.br<p>O artigo tem como objetivo compreender como os perfis @blogueiradebaixarenda e @thallitaxavier divulgam estilos de vida surgidos no contexto de grupos mais abastados da sociedade – minimalismo e veganismo, respectivamente – se apropriando e adaptando esses modos de vida para seu universo social de origem. Nesse percurso, foram observados os elementos acionados para essa tradução – em que o consumo tem papel de destaque pela própria natureza do tema –, bem como as construções identitárias presentes, envolvendo os significados e as negociações do ser baixa renda em um fluxo de mediação cultural. A partir de pesquisa etnográfica, foram analisados vídeos no <em>YouTube</em> dentro da série intitulada Minimalismo de Baixa Renda e conteúdos sobre veganismo no <em>TikTok</em> e <em>Instagram</em>. Entre os resultados, destacam-se as ressignificações do estilo de vida para o universo social das classes populares e o papel das produtoras de conteúdo <em>online</em> como tradutoras entre dois mundos.</p> <p><strong>Palavras-chave</strong>: Mediação Cultural; Minimalismo; Veganismo; Influenciadores Digitais; Classes Populares.</p>2023-12-15T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Carla Fernanda Pereira Barroshttps://periodicos.ufrn.br/vivencia/article/view/33776O CONSUMO DA CULTURA POP EM UM COLETIVO JUVENIL2023-08-30T23:46:22-03:00Deyse de Fátima do Amarante Brandãodeyseamarante@gmail.com<p>O presente artigo é fruto de uma pesquisa realizada entre os anos de 2013 e 2015, resultado de um investimento etnográfico a respeito do consumo da cultura pop em um coletivo juvenil situado na cidade de João Pessoa (Brasil, PB). Seus participantes consolidam as afirmações de vínculos com o consumo da cultura pop envolvendo uma série de práticas culturais em contexto local. Sendo um termo dado pelos interlocutores, a cultura pop torna-se propulsora de ações coletivas e individuais, revelando formas de lidar autênticas e diferenciadas por estes atores que, ao se apropriarem do consumo destes bens, revelam nos espaços da cidade construções identitárias e formas estetizadas de estilos de vida. A partir de uma abordagem etnográfica buscou-se compreender o consumo como potencialidade criativa em que algumas culturas juvenis, tendo o papel de consumidores e produtores, exercem posicionamentos estratégicos diante de escolhas de bens que abrem possibilidades inventivas, mantendo dinâmicas sociais próprias. A tônica deste estudo foi sublinhar as diversas possibilidades de vivenciar o pop e suas apropriações a partir de uma territorialidade local.</p> <p><strong>Palavras-chave: </strong>Culturas Juvenis; Cultura Pop; Consumo; Apropriações do Pop.</p>2023-12-15T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Deyse de Fátima do Amarante Brandãohttps://periodicos.ufrn.br/vivencia/article/view/33040DIMENSÕES INTERSTICIAIS DO TECNOCAPITALISMO: AS PLATAFORMAS DIGITAIS E O CONSUMIDOR CIBORGUE2023-06-30T12:06:22-03:00Roque Pintorpssantos@uesc.brGláucia Briglia Canutogbrigliacanuto@gmail.comRogéria Briglia Canutorogeriacanuto@hotmail.com<p>As extensões infraestruturais das plataformas digitais moldam as interações sociais na atualidade. O objetivo deste artigo é discutir os efeitos do consumo como agência produtora e reprodutora de sentidos mediado pelas plataformas em sociedades de consumidores digitais. Para tanto, o artigo descreve o novo modelo de negócios de plataformização que modula as interações entre usuários por meio dos processos de governança, mercantilização e infraestutura de dados. Conclui-se que os meios de dataficação da vida humana com base no aprimoramento de técnicas e dispositivos cada vez mais sutis de coleta e processamento de dados pessoais conectados à publicidade digital estão atrelados a um discurso positivo e encorajador que direciona e torna o humano dependente do modelo de governança algorítmica das plataformas.</p> <p><strong>Palavras-chave</strong>: Consumidor Ciborgue; Dataficação; Plataformas Digitais; Consumo; Governança Algorítmica.</p>2023-12-15T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Roque Pinto, Gláucia Briglia Canuto, Rogéria Briglia Canutohttps://periodicos.ufrn.br/vivencia/article/view/33772EXPERIÊNCIAS ONLINE E OFFLINE NO CONSUMO DE MAQUIAGEM2023-08-30T22:42:12-03:00Márcia Mesquitamarcia_mesq@yahoo.com.br<p>Este presente artigo pretende analisar a relação entre consumo e internet a partir de etnografia realizada entre consumidoras brasileiras de maquiagem. O objetivo é trazer uma reflexão sobre como tal relação permite discutir as interseções entre os mundos do <em>online </em>e do <em>offline </em>que estão presentes na vida contemporânea hiper conectada. Os dados apresentados foram coletados durante pesquisa de doutorado em Antropologia, no período de 2015 a 2019. O trabalho de campo foi realizado de forma multissituada, acompanhando virtual e presencialmente os produtos e suas consumidoras, grupo este formado de mulheres cisgênero<em>, </em>das camadas médias com idades entre 20 e 50 anos. A pesquisa demonstra como um entrelaçamento de questões do digital e do presencial na forma de consumir os produtos e aplicá-los em seus rostos. Sendo assim, este fenômeno pode servir de comparação ou ponto de partida para se pensar como tal entrelaçamento vem impactando a vida social, desde na forma de se realizar uma pesquisa até nas ontologias contemporâneas.</p> <p><strong>Palavras-chave</strong>: Consumo; Internet; Maquiagem.</p>2023-12-15T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Márcia Mesquitahttps://periodicos.ufrn.br/vivencia/article/view/34977EDITORIAL2023-12-26T09:27:30-03:00Juliana Gonçalves Melojuliana_melo2003@yahoo.comJulie Antoinette Cavignacjuliecavignac@gmail.comCarlos Guilherme do Vallecvalle@gmail.com2023-12-15T00:00:00-03:00Copyright (c) 2023 Juliana Gonçalves Melo, Julie Antoinette Cavignac, Carlos Guilherme do Valle