Vivência: Revista de Antropologia
https://periodicos.ufrn.br/vivencia
<p style="margin: 0px; min-height: 50px; max-height: 125px; overflow: hidden; text-overflow: ellipsis;"><strong>Scope: </strong>Vivência:Revista de Antropologia, vinculada ao Departamento de Antropologia e ao Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social da UFRN, apresenta aqui a sua versão online. Trata-se de uma revista com publicação cont´ínua que tem por objetivo possibilitar a divulgação e acesso a artigos, resenhas, propostas audiovisuais, memorais e conferências magistrais relevantes à Antropologia e áreas correlatas. Ainda que a publicação seja contínua, organiza-se através de números semestrais com dossiês temáticos. Tanto o fluxo contínuo como os dossiês, organizados por até cinco pesquisadores relevantes na área temática, sendo um deles do Departamento de Antropologia da UFRN, acolhem constribuições de mestres e doutores em língua portuguesa, espanhola, inglesa e francesa.</p> <p style="margin: 0px; text-align: left;"><strong>Área do conhecimento</strong>: Antropologia <strong>Qualis/CAPES</strong>: A2 <strong>e-ISSN</strong>: 2238-6009 <strong>Contato</strong>: vivenciareant@yahoo.com.br</p>Portal de Periódicos Eletrônicos da UFRNpt-BRVivência: Revista de Antropologia2238-6009CAPITÃS DE CONGADAS: ATUAÇÃO DE LIDERANÇAS FEMININAS NA FESTA DE REINADO DE NOSSA SENHORA DO ROSÁRIO EM SANTO ANTÔNIO DO MONTE (MG)
https://periodicos.ufrn.br/vivencia/article/view/18473
<p>O artigo tem como objetivo refletir sobre a participação de mulheres capitãs de congadas no contexto da festa de reinado de Nossa Senhora do Rosário, São Benedito e Santa Efigênia, em Santo Antônio do Monte (MG). O reinado ou congado é uma manifestação religiosa que possui características afro-brasileiras, introduzida no Brasil colônia pelos negros escravizados. A festa de reinado reencena a coroação de Nossa Senhora por meio do coroamento de reis e rainhas congos, perpétuos e festeiros. A presença de mulheres líderes de congadas ocorre a partir do início de 2000. Até então, as funções ocupadas por elas se restringiam aos trabalhos domésticos necessários à realização dos festejos, atuando nos bastidores da celebração. Nas ruas, com exceção das bandeireiras (guias de ternos de congadas), as mulheres acompanhavam as congadas, por fora, nunca dançando ou cantando em louvor aos santos, como fazem os capitães. A pesquisa realizada compõe-se de observações participantes durante os festejos e entrevistas com as capitãs. O estudo mostrou que a luta dessas mulheres é antiga, algumas desde muito jovem, e que a maioria teve incentivos de parentes que eram capitães. No entanto, não basta chegar ao posto, a luta para se manter no cargo é uma constante e perpassa as relações de poder entre elas e os capitães.</p> <p><strong>Palavras-chave</strong>: Festa de reinado; Capitãs de congadas; Relações de poder; Santo Antônio do Monte (MG).</p>Francimário Vito dos Santos
Copyright (c) 2023 Francimário Vito dos Santos
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2023-12-152023-12-1516110.21680/2238-6009.2023v1n61ID18473“EU TE BENZO, MAS QUEM CURA É DEUS”: BENZIMENTO E BENZEDORES NO MUNICÍPIO DE AMATURÁ-AM
https://periodicos.ufrn.br/vivencia/article/view/27626
<p>O presente artigo é fruto de um estudo que assumiu o propósito de conhecer o ato de benzimento (atividade terapêutica, a qual se realiza através de uma relação dual entre cliente e benzedor) que (re) existe na cidade de Amaturá mesmo com o avançar da tecnologia e de todos os preconceitos que existentes sobre essas atividades na sociedade contemporânea. A pesquisa teve seu desenvolvimento a partir do aporte das abordagens qualitativas com a utilização da técnica da entrevista semiestruturada e observação participante. Por meio da aproximação e convivência com os interlocutores tende a descrever e analisar as atividades desenvolvidas pelos benzedores em um município que fica localizado no interior da Amazônia. Com a pesquisa ficou evidenciado que as práticas tradicionais dos benzedores (homens e mulheres que realizam as práticas de benzeduras) são legitimadas pelas relações de fé e confiança que existem em torno de tais saberes, que podem ter suas origens a partir de experiências mágico-religiosas ou mediante à passagem da missão da benzedura por meio da oralidade. De maneira geral, a pesquisa mostra que os detentores dos saberes tradicionais de benzimento possuem uma variedade gigantesca de conhecimentos sobre as ervas, os modos de benzer e as formas de intervir nas enfermidades que rondam tanto o mundo físico quanto o espiritual, trazendo alívio a todos que necessitam da benzeção, essencial para a vida da população local.</p> <p><strong>Palavras-chave: </strong>Benzimento; Benzedores; Saberes Tradicionais em Saúde.</p>Erik Gonçalo RubemRenilda Aparecida Costa
Copyright (c) 2023 Erik Gonçalo Rubem, Renilda Aparecida Costa
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2023-12-152023-12-1516110.21680/2238-6009.2023v1n61ID27626“POPULAÇÕES TRADICIONAIS”: ORIGENS, DEFINIÇÕES E USOS DENTRO DA ANTROPOLOGIA BRASILEIRA
https://periodicos.ufrn.br/vivencia/article/view/28044
<p>O texto destaca os diversos usos que o termo populações tradicionais apresentou dentro da Antropologia brasileira, assim como sua respectiva origem dentro do campo acadêmico nacional, elaborando uma extensa revisão bibliográfica sobre as primeiras obras e autores que trataram sobre o tema no Brasil e os eventuais diálogos e interseções que surgiram entre elas. As análises antropológicas deram especial destaque a duas características, a saber, o critério de autoatribuição para analisar e definir quem são os atores/grupos sociais que habitam o termo em análise, assim como a característica socioambiental à que esses grupos sociais normalmente se associam ou são associados. Também se observou que as obras consultadas evidenciavam três variáveis identitárias para as populações tradicionais, sendo elas relativas à: sua origem étnica, atividade econômica que desenvolve, história social.</p> <p><strong>Palavras-chave</strong>: Populações Tradicionais; Antropologia Brasileira; Identidade Socioambiental; Identidade Autoatribuída.</p>Thales Maximiliano Ravena Cañete
Copyright (c) 2023 Thales Maximiliano Ravena Cañete
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2023-12-152023-12-1516110.21680/2238-6009.2023v1n61ID28044ÁFRICA E MODERNIDADE EM GEORGES BALANDIER
https://periodicos.ufrn.br/vivencia/article/view/29782
<p>As pesquisas realizadas por Georges Balandier no continente africano transformaram a tradição dos estudos africanistas na França. Contrastando tanto com a visão etnológica das origens construída por seus antecessores quanto com o modelo estruturalista de pensamento então vigente, a abordagem situacional e dinâmica da antropologia e da sociologia proposta por ele a partir de meados do século XX colocou em primeiro plano as relações de poder e as transformações sociais e políticas ligadas à colonialidade. Neste sentido, Balandier antecipou debates sobre as desordens da modernidade já a partir de suas primeiras experiências de campo em cidades africanas, destacando-se, ainda, pela natureza literária e reflexiva ou autobiográfica do conjunto de seus escritos. Assim, na trajetória intelectual que o conduziu de africanista e terceiro mundista a pensador das sociedades hipermodernas, figura a preocupação com as questões históricas e políticas do seu tempo.</p> <p><strong>Palavras-chave</strong>: Africanismo Francês; Georges Balandier; Situação Colonial; Modernidade.</p> <p> </p>Antonio MottaLuiz Antonio de Oliveira
Copyright (c) 2023 Antonio Motta, Luiz Antonio de Oliveira
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2023-12-152023-12-1516110.21680/2238-6009.2023v1n61ID29782UMA QUESTÃO DE FAMÍLIA: AGENCIAMENTOS EM TORNO DO DIAGNÓSTICO PARA DOENÇAS RARAS HEREDITÁRIAS
https://periodicos.ufrn.br/vivencia/article/view/31696
<p>Este artigo reúne análises de quatro pesquisas realizadas em diferentes regiões do Brasil, que investigaram pessoas e famílias vivendo com doenças raras hereditárias. O fio que costura nosso argumento é a produção do diagnóstico, especialmente em dois aspectos: 1) a demora em diagnosticar corretamente uma doença rara e como isso afeta seu tratamento; e, 2) as negociações em torno das expectativas e moralidades associadas ao diagnóstico para membros da família em risco de terem herdado e, assim, poderem transmitir essa doença. Nosso objetivo é discutir os agenciamentos em torno do diagnóstico, considerando as implicações morais, legais e afetivas presentes na construção da família e do parentesco, e de identidades individuais e familiares. As pesquisas basearam-se em trabalho etnográfico realizado em hospitais, residências das famílias, associações de pacientes, grupos nas redes sociais virtuais, e entrevistas em profundidade com pessoas sintomáticas e assintomáticas, atendidas pelos sistemas público e privado de saúde. Percebemos uma preocupação maior com a produção do diagnóstico quando este pode facilitar o cuidado na vida cotidiana, considerando que através dele é possível acessar tratamentos específicos e direitos sociais. Por outro lado, sua importância é relativizada quando se trata de organizar projetos de reprodução e/ou antecipar cuidados com a saúde de pessoas em risco para a doença. Apesar da busca incessante por um diagnóstico capaz de dar nome para uma enfermidade rara, este pode não ser considerado um destino inescapável para a família como um todo e suas formas de existência, a despeito da herança biológica que a cerca.</p> <p><strong>Palavras-chave</strong>: Diagnóstico; Doença Rara; Genética; Hereditariedade; Família.</p>Waleska AurelianoJociara NóbregaEverson Fernandes PereiraLuíza Nepomuceno Muniz
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2023-12-152023-12-1516110.21680/2238-6009.2023v1n61ID31696A FESTA NO VILAREJO
https://periodicos.ufrn.br/vivencia/article/view/34988
Patrick Champagne
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2023-12-152023-12-1516110.21680/2238-6009.2023v1n61ID34988MUNDOS ANTÁRTICOS E EXPERIÊNCIAS AUSTRAIS
https://periodicos.ufrn.br/vivencia/article/view/28096
Sarah de Barros Viana Hissa
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2023-12-152023-12-1516110.21680/2238-6009.2023v1n61ID28096GÊNERO E SEXUALIDADE: EROTISMO, SUBJETIVIDADE, TERRITÓRIO E DIREITO
https://periodicos.ufrn.br/vivencia/article/view/34877
Paulo Victor Leite LopesIsadora Lins FrançaGustavo Blázquez
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2023-12-152023-12-1516110.21680/2238-6009.2023v1n61ID34877O DESEJO DOS OUTROS: UMA ETNOGRAFIA DOS SONHOS YANOMAMI
https://periodicos.ufrn.br/vivencia/article/view/30273
Lunara Carolline Nascimento Gomes
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2023-12-152023-12-1516110.21680/2238-6009.2023v1n61ID30273EDITORIAL
https://periodicos.ufrn.br/vivencia/article/view/34876
Carlos Guilherme do ValleJuliana Gonçalves MeloJulie Antoinette Cavignac
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2023-12-152023-12-1516110.21680/2238-6009.2023v1n61ID34876O VÍCIO EM HUMILHAR: PRISÃO, ESTADO E GÊNERO EM NARRATIVAS SOBRE A REVISTA ÍNTIMA/VEXATÓRIA
https://periodicos.ufrn.br/vivencia/article/view/31990
<p>O artigo discute a revista íntima/vexatória a partir das disputas narrativas em torno da sua existência, proibição e posterior substituição pelos <em>scanners </em>corporais nas prisões paulistas. Argumento que a revista constitui um campo de disputas que tem como território os corpos de mulheres e que envolve pessoas presas, familiares, organizações não governamentais, organizações governamentais e o Sistema de Justiça. Em meio a essas disputas, pessoas e grupos produzem ideias de violação, humilhação, degradação humana e abuso perpetrados pelo Estado nos corpos submetidos à revista. Tais corpos requerem ser compreendidos como vítimas em esforços narrativos para a produção de casos inteligíveis no campo do Direito. O artigo segue os diferentes enquadramentos que constituem a revista como um tema de debate e disputa, com confluências e tensões entre sujeitos que, localizados em diversos campos, constituem sentidos e práticas distintas em relação à revista. As discussões em torno da revista íntima/vexatória são centrais para entender os trânsitos de pessoas entre dentro e fora da prisão, descrever a produção das fronteiras prisionais e vislumbrar alguns modos pelos quais prisão, Estado e gênero se conectam na conformação de corpos violáveis e de mecanismos de violação operantes em prisões.</p> <p><strong>Palavras-chave</strong>: Gênero; Estado; Prisão; Revista Íntima; Revista Vexatória.</p>Natalia Bouças do Lago
Copyright (c) 2023 Natalia Bouças do Lago
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2023-12-152023-12-1516110.21680/2238-6009.2023v1n61ID31990DENÚNCIA, CURA E REPARAÇÃO EM FACE À VIOLÊNCIA DE ESTADO
https://periodicos.ufrn.br/vivencia/article/view/33783
<p>Partindo de relatos de violência proferidos por uma liderança indígena que se identifica como ativista feminista e militante nas áreas da saúde e da educação, o objetivo do artigo é refletir sobre as dimensões de denúncia e de cura relativas à violência, ao sofrimento e à reparação. Argumentamos que denúncia e cura não são dimensões mutuamente excludentes, mas implicam em processos políticos distintos, relacionados às possibilidades de escuta, à criação de redes de apoio e também ao autoconhecimento. Nesse artigo, utilizamos relatos da violência proferidos em distintas situações: redes sociais, falas públicas e entrevistas. Conforme argumentaremos, as práticas de denúncia e de cura constituem respostas ao sofrimento capazes de desfazer dicotomias no plano das relações entre sujeito/objeto, ainda que mantendo as oposições entre vítima e algoz(es). A expectativa de reparação e reconhecimento foi o que mobilizou as respostas à violência oferecidas pela liderança indígena, que percorreu tanto caminhos prescritos no direito, como uma ação cível que resultou em indenização, como também desempenhou atividades de conexão com a espiritualidade, significada em termos de aprendizado e de mobilização coletiva.</p> <p><strong>Palavras-chave</strong>: Direito; Corpo; Vítima; Liderança.</p>Luiza Freire NasciuttiPaula Mendes Lacerda
Copyright (c) 2023 Luiza Freire Nasciutti, Paula Mendes Lacerda
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2023-12-152023-12-1516110.21680/2238-6009.2023v1n61ID33783UM LUTO QUE DANÇA: O FESTEJAR LÉSBICO E NEGRO EM MEMÓRIA A LUANA BARBOSA
https://periodicos.ufrn.br/vivencia/article/view/32330
<p>O artigo a seguir se orienta a partir da dissertação da autora acerca das consequências morais, simbólicas e afetivas após um episódio criminoso de violência policial que ficou conhecido como Caso Luana Barbosa, ocorrido em 2016, no estado de São Paulo. Enquanto à dissertação coube analisar materiais discursivos constituintes de versões que abrangiam a ocorrência por parte da defesa e da acusação, o trabalho a seguir traz a análise sobre um fenômeno que marcou e continua, insistentemente, a singularizar o processo de luto e de reconhecimento da vítima enquanto uma bandeira do maior movimento lésbico de São Paulo: o acontecimento da festa Sarrada no Brejo. A festa, em si, trata-se de uma realização originalmente centrada no encontro de ativistas lésbicas e periféricas em homenagem à Luana Barbosa, no entanto, por meio de deslocamentos de relações de sentido entre as participantes entorno do luto, promove a produção de um novo território para pensar e viver erotismos lésbicos, pretos e periféricos – sempre em estado de alerta. Ao observar as adjacências do <em>funk</em> e do pagode, os dois gêneros musicais que fluem e garantem o evento e suas condutas, analiso de que forma a performance sensual e os conjuntos de práticas envolvidas na festa Sarrada no Brejo redefinem estereótipos e recolocam a pessoa de Luana Barbosa como uma existência de vida e de gozo, e não só mais uma vítima da violência policial e opressão racista paulistana. </p> <p><strong>Palavras-chave:</strong> Lésbicas; Negritude; Vítima; <em>Funk</em>; Violência.</p>Isadora Façanha Gurgel Freire
Copyright (c) 2023 Isadora Façanha Gurgel Freire
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2023-12-152023-12-1516110.21680/2238-6009.2023v1n61ID32330AD HOMINEM: JUSTICIA Y ALTERIDADES SEXUALES EN EL SALVADOR
https://periodicos.ufrn.br/vivencia/article/view/32054
<p><span style="font-weight: 400;">En el tiempo histórico reciente, tras el estancamiento del reconocimiento de la Dignidad Humana, la Igualdad y No Discriminación de personas salvadoreñas LGBTI+ en los ámbitos Legislativo y Ejecutivo, se recurrió al Órgano de Justicia, en específico a la Sala de lo Constitucional, como último recurso en la búsqueda de la defensa los derechos fundamentales de este segmento de la población. Este texto tiene por objetivo el análisis de 18 procesos de amparo, </span><em><span style="font-weight: 400;">Pareatis, Habeas corpus</span></em><span style="font-weight: 400;"> e inconstitucionalidades emitidas por la Sala de lo Constitucional que interceptan derechos fundamentales y temáticas de orientación sexual, identidad y expresión de género entre 2002 a 2022. La metodología de investigación se fundamenta en una revisión documental de abordaje cualitativo y de carácter descriptivo-explicativo. Las sentencias y resoluciones fueron recuperadas del Centro de Documentación Judicial. Los resultados obtenidos muestran tres áreas de incidencia: a) denuncias de discriminaciones por orientación sexual, identidad y expresión de género; b) reconocimiento de la identidad de género de personas trans y c) reconocimiento del matrimonio civil para personas del mismo sexo. Las resoluciones y sentencias son representativas de las dinámicas del poder heteronormativo, se fundamentan en resguardar los preceptos establecidos en la Constitución como el debido proceso, seguridad jurídica y estabilidad laboral. Presentando deficiencias y limitaciones en nombrar las discriminaciones por orientación sexual, identidad y expresión de género cuando se presentaron despidos injustificados, detenciones arbitrarias, abuso de autoridad y el no acceso al matrimonio civil. Existen contradicciones jurídicas en el reconocimiento de la identidad de género de personas trans. </span></p> <p><strong>Palabras clave</strong><span style="font-weight: 400;">: El Salvador; Sistema judicial; Derecho; Discriminación; LGBTI+.</span></p>Amaral Arévalo
Copyright (c) 2023 Amaral Arévalo
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2023-12-152023-12-1516110.21680/2238-6009.2023v1n61ID32054LLEVAR EL ARTE DRAG A LA CALLE. PERFORMANCES ARTÍSTICAS, ESPACIOS Y DESPLAZAMIENTOS EN LA CIUDAD DE CÓRDOBA (ARGENTINA)
https://periodicos.ufrn.br/vivencia/article/view/32333
<p><span style="font-weight: 400;">Este artículo se enmarca en una pesquisa etnográfica que buscó articular las trayectorias artísticas de transformistas y drag queens con los diferentes espacios de sociabilidad y escenarios de actuación que las alojaron entre fines de 1980 y 2020 en la ciudad de Córdoba (Argentina). En esta oportunidad nos preguntamos por la producción de sentidos, espacios y procesos de circulación en el arte drag local. A partir de la realización de entrevistas en profundidad, observación participante y relevamiento de la prensa escrita local, proponemos inicialmente una reconstrucción de aquellos sitios que devinieron centrales para el desarrollo de las performances vinculadas al arte drag. Analizaremos algunas de las transformaciones producidas en los últimos cuarenta años que derivaron en la </span><em><span style="font-weight: 400;">expansión</span></em><span style="font-weight: 400;"> de unas prácticas desarrolladas exclusivamente en espacios nocturnos y más o menos privados (casas, bares o boliches), hacia otras circulaciones vespertinas y más o menos públicas (centros culturales, museos o calles). Para dar cuenta de las espacialidades que nos interesa analizar, describiremos una performance (Schechner, 2000) realizada en el año 2019 por una colectiva artística local llamada Tarde Marika en una calle del centro de la ciudad. Hacia el final y desde algunas torsiones semánticas sobre la noción de </span><em><span style="font-weight: 400;">escándalo</span></em><span style="font-weight: 400;"> repasaremos los sentidos que tuvieron para las artistas los desplazamientos entre las diversas coordenadas espacio-temporales.</span></p> <p><strong>Palabras clave</strong><span style="font-weight: 400;">:</span> <span style="font-weight: 400;">Arte drag; Performances; Escenarios; Espacios; Ciudad.</span></p> <p> </p>Maria Daniela Brollo
Copyright (c) 2023 Maria Daniela Brollo
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2023-12-152023-12-1516110.21680/2238-6009.2023v1n61ID32333MUJERES Y DISIDENCIAS DESEMPEÑANDO ROLES TÉCNICOS Y DE PRODUCCIÓN EN EVENTOS MUSICALES
https://periodicos.ufrn.br/vivencia/article/view/31912
<p><span style="font-weight: 400;">Este artículo analiza las formas de organización de mujeres y disidencias que hacían posible la producción de festivales musicales autogestivos reconocidos como GRL PWR. A partir de los datos construidos por medio de un trabajo etnográfico emprendido desde el año 2019 que implicó la realización de observaciones con participación en estos eventos, capacitaciones, charlas y entrevistas en profundidad, describo las labores de producción y técnicas implicadas durante la realización de las ediciones. De acuerdo a lo observado, este festival luchaba, cuerpo a cuerpo, contra la desigual distribución en función del género y la sexualidad de los medios de producción artística, de la téchne hecha saberes y habilidades. Con el propósito de mitigar estas diferencias quienes participaban del GRL PWR crearon alianzas con otras organizaciones como la RED TEMID organizando cursos que procuraban capacitar a mujeres y disidencias en roles técnicos para profesionalizarlxs en estos oficios altamente masculinizados. Según se concluye, estas alianzas en sintonía con los movimientos transfeministas se relacionarían con las transformaciones en las relaciones de poder entre varones y mujeres, con la emergencia del imperativo performativo de empoderamiento y con la organización de redes entre mujeres y disidencias desempeñándose como productorxs comerciales y tecnicxs. </span></p> <p><strong>Palabras Claves:</strong><span style="font-weight: 400;"> Festivales musicales; Producción cultural; Etnografía; Género.</span></p>Cecilia Castro
Copyright (c) 2023 Cecilia Castro
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2023-12-152023-12-1516110.21680/2238-6009.2023v1n61ID31912“EM CLÍNICO GERAL JÁ ME ESTRESSEI, IMAGINA NO GINECOLOGISTA”: PERSPECTIVAS ETNOGRÁFICAS SOBRE SAÚDE SEXUAL E SAÚDE REPRODUTIVA DE HOMENS TRANS
https://periodicos.ufrn.br/vivencia/article/view/32294
<p>Este trabalho discute as experiências de cuidado em saúde sexual e saúde reprodutiva de homens trans. Abordo as principais dificuldades enfrentadas por esses sujeitos e suas estratégias para serem atendidos nos serviços ginecológicos disponíveis nas redes pública e privada, analisando dados de uma pesquisa de campo etnográfica e de entrevistas semiestruturadas que realizei em contextos de ativismo trans em João Pessoa/PB e outras cidades brasileiras, entre os anos de 2018 e 2019. Exploro primeiro a forma como os interlocutores construíam identidades de homens e viviam seus corpos e sexualidades de maneiras que tensionavam a norma binária de sexo/gênero implicada nas práticas e métodos de prevenção e contracepção biomédicos. Em seguida, discuto como se configuravam condições de acesso ao cuidado médico ginecológico, cenário revelador de barreiras simbólicas, materiais e institucionais que dificultavam e afastavam os sujeitos dos serviços de saúde. A análise aponta a importância do reconhecimento da identidade de gênero para que homens trans sejam acolhidos no acesso ao cuidado em saúde sexual e reprodutiva, fator que mobiliza a construção de estratégias para encontrar profissionais qualificados para atender sujeitos trans. Serviços ambulatoriais do Processo Transexualizador do SUS que oferecem atendimento ginecológico são espaços privilegiadamente procurados pelos interlocutores, o que sugere que o atendimento em saúde para homens trans se beneficiaria de uma maior atuação de médicos ginecologistas nesses serviços.</p> <p><strong>Palavras-chave: </strong>Homens Trans; Transexualidade; Saúde Sexual e Saúde Reprodutiva; Sexualidade; Antropologia do Gênero e da Sexualidade.</p>Arthur Leonardo Costa Novo
Copyright (c) 2023 Arthur Leonardo Costa Novo
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2023-12-152023-12-1516110.21680/2238-6009.2023v1n61ID32294FAMÍLIAS HOMOAFETIVAS E A ADOÇÃO CONJUNTA – ESPECIFICIDADES E ENFRENTAMENTOS
https://periodicos.ufrn.br/vivencia/article/view/32271
<p>Este artigo se detém à situação de famílias homoafetivas – aquelas compostas por um casal formado de pessoas do mesmo sexo – que procederam à adoção conjunta de crianças ou adolescentes, buscando analisar as implicações e efeitos de significação surgidos a partir desse tipo de configuração familiar no contexto social brasileiro. Para isso, como recurso metodológico, lançamos mão da netnografia a partir da observação sistemática em um grupo <em>online</em> no qual diversas famílias homoafetivas do Brasil participam e discutem sobre adoção e suas experiências, e entrevistas semiestruturadas – que foram realizadas através de material digital, por meio de ferramenta de um aplicativo de mensagens instantâneas, o <em>WhatsApp</em> – com cinco famílias que se dispuseram a ocupar o papel de interlocutoras na pesquisa. A partir dos dados produzidos, constata-se a importância de direitos conquistados pelos segmentos LGBTQI+ e, não obstante, os enfrentamentos de ordem sociocultural vividos por essas famílias que ainda precisam de maior atenção por parte da sociedade civil e governamental.</p> <p><strong>Palavras-chave: </strong>Famílias Homoafetivas; Adoção Conjunta; Direitos.</p>Thaísy de Queiroz Souza SantosWilson Rogério Penteado Júnior
Copyright (c) 2023 Thaísy de Queiroz Souza Santos, Wilson Rogério Penteado Júnior
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2023-12-152023-12-1516110.21680/2238-6009.2023v1n61ID32271MIND THE GAP: MORALIDADES E QUESTÕES DE GÊNERO EM SEXUALIDADES DISSIDENTES
https://periodicos.ufrn.br/vivencia/article/view/32323
<p>Este artigo é resultado da minha pesquisa de mestrado intitulada Os interditos do desejo: um estudo autoetnográfico das emoções nas relações de dominação e submissão entre praticantes de BDSM, em que busquei analisar em perspectiva autoetnográfica e à luz da antropologia das emoções, o modelo relacional presente nas relações BDSM (acrônimo para os pares bondage e disciplina, dominação e submissão, e sadismo e masoquismo) e suas imbricações. Neste artigo, pretendo apresentar o paradoxo de um meio que supõe-se libertário, mas que tem seus processos de subjetivação atravessados por moralidades e questões de gênero situadas em modelos cisheteronormativos.</p> <p><strong>Palavras-chave</strong>: Moralidades; Gênero; Sexualidades Dissidentes.</p>Paula Esteves Pinto
Copyright (c) 2023 Paula Esteves Pinto
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2023-12-152023-12-1516110.21680/2238-6009.2023v1n61ID32323E EU NÃO SOU UMA NOVINHA? FRONTEIRAS E CONFUSÕES DE UM CORPUS EM PESQUISA
https://periodicos.ufrn.br/vivencia/article/view/32329
<p>Partindo de processos de medição, classificação, nomeação, falação, apalpamento e outras formas de contato com moradoras da Vila Nova, ocupação urbana da cidade de Belo Horizonte, onde cresci e desenvolvo trabalho de campo desde 2018, busco refletir sobre o que é dito sobre o meu corpo e o que isso implica sobre os demais corpos com os quais interajo, com especial interesse na emergência de três categorias nativas, estragar, acabar (com) e preservar o corpo. Inspirada pelos esforços teórico-metodológicos de pesquisadoras que inscrevem suas biografias e as complexas experiências da diferença que agenciam, dialogo com o feminismo interseccional da diferença e também com produções etnográficas brasileiras recentes, que tomam a prática e a escrita etnográfica enquanto saberes encarnados e situados. A figura da novinha é o ponto de partida para uma reflexão sobre gramáticas corporais explosivas e perturbadoras, e corpos estranhos que não passam batidos.</p> <p><strong>Palavras-chave</strong>: Interseccionalidade; Diferença; Corpo; Etnografia. </p>Isabelle Caroline Damião Chagas
Copyright (c) 2023 Isabelle Caroline Damião Chagas
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