“PÁTRIA E DEVER”: A COLÔNIA JOSÉ BONIFÁCIO COMO ESPAÇO DA CONTRAVENÇÃO DA ORDEM (1922)

Autores

  • Paulo Rikardo Pereira Fonseca da Cunha Mestre em História pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte

Resumo

O objetivo deste artigo é entender como se deu a sublevação da Colônia de Pescadores José Bonifácio durante os meses de setembro e outubro de 1922, inserindo-a num contexto de tensões latentes existentes entre os diferentes territórios que constituíam a cidade de Natal. Os pescadores não eram apenas aqueles sujeitos ligados à ordem estabelecida, que participavam ativamente das manifestações cívicas do Rio Grande do Norte e do Brasil, eram também aqueles marginalizados pelo sistema, precarizados em seus direitos mais básicos. A partir dos conceitos de cidade e território (GOMES, 2010), de espaço (CERTEAU, 1994) e de cultura política (BERSTEIN, 1998) buscou-se compreender como os pescadores e outros grupos se espacializavam pela capital potiguar, dando protagonismo a ação desses indivíduos. Para a produção deste texto utilizamos diferentes tipos de fontes: periódicos locais e nacionais, relatos etnográficos, memórias, ficção e relatórios sobre a condição sanitária da cidade. A revolta analisada neste trabalho demonstrou as fraturas existentes na sociedade natalense do início da década de 1920, mostrando as fragilidades do tecido social que se encontravam escondidas pelos reveses da vida cotidiana.

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Publicado

05-12-2016

Como Citar

CUNHA, P. R. P. F. da. “PÁTRIA E DEVER”: A COLÔNIA JOSÉ BONIFÁCIO COMO ESPAÇO DA CONTRAVENÇÃO DA ORDEM (1922). Revista Porto, [S. l.], v. 3, n. 4, p. 45–59, 2016. Disponível em: https://periodicos.ufrn.br/porto/article/view/10926. Acesso em: 21 dez. 2024.

Edição

Seção

Artigos