EM BUSCA DE UMA ESTÉTICA DA HISTERIA FEMININA
O COTIDIANO DOS SILÊNCIOS NAS VIVÊNCIAS DAS PERSONAGENS MULHERES EM "A MULHER SEM CABEÇA" E "O PAPEL DE PAREDE AMARELO"
Palavras-chave:
A mulher sem cabeça, O papel de parede amarelo, Silêncios, Histeria, Teoria feministaResumo
O artigo analisa, à luz de teorias feministas, o cotidiano dos silêncios e uma aproximação desta prática com o que denominamos neste artigo de estética da histeria, a partir das personagens femininas protagonistas do filme “A mulher sem cabeça” (Lucrecia Martel, 2008) e do livro “O papel de parede amarelo” (Charlotte Perkins Gilman, 1892). O texto examina a histeria, entendido aqui como claustro, em suas construções históricas culturais, evidenciando como a nomeação e a simbologia colaboram com a estruturação de tal clausura no cotidiano, onde o silêncio é elaborado de maneiras multifacetadas. É buscada a compreensão da composição da narrativa e da presença da mulher através do que compreendemos como marcações feministas das autoras.