Antropologia e sexualidade: por um descentramento da enunciação científica

Autores

  • Alexandre Câmara Vale

Resumo

Este  artigo  consiste  numa  interpelação  política  do  saber  antropológico  sobre  a sexualidade. Pergunta-se aqui pelas possibilidades da antropologia para promover uma crítica da dominação cultural que se estenda a seus próprios protocolos de pesquisa, especialmente no que se refere aos desafios apresentados pela experiência sociossexual atual. Etiologias como “invertidos” e “pervertidos”, utilizadas pela antropologia, levam a questionar  a  dimensão  normativa  desse  campo  de  saber.  Seguindo  nessa reflexão, busca-se mostrar que, se por um lado, o postulado de uma crítica anti-naturalista se encontra presente na antropologia, o lugar teórico que  esta oferece para pensar os modos de vida homossexuais precisa ser complementado. Tal se realizaria a partir da recente reflexão teórica acerca das relações de poder e de dominação que as normas de gênero implicam. 

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Publicado

27-11-2012

Como Citar

VALE, A. C. Antropologia e sexualidade: por um descentramento da enunciação científica. Bagoas - Estudos gays: gêneros e sexualidades, [S. l.], v. 2, n. 02, 2012. Disponível em: https://periodicos.ufrn.br/bagoas/article/view/2270. Acesso em: 21 dez. 2024.