Antropologia e sexualidade: por um descentramento da enunciação científica
Resumo
Este artigo consiste numa interpelação política do saber antropológico sobre a sexualidade. Pergunta-se aqui pelas possibilidades da antropologia para promover uma crítica da dominação cultural que se estenda a seus próprios protocolos de pesquisa, especialmente no que se refere aos desafios apresentados pela experiência sociossexual atual. Etiologias como “invertidos” e “pervertidos”, utilizadas pela antropologia, levam a questionar a dimensão normativa desse campo de saber. Seguindo nessa reflexão, busca-se mostrar que, se por um lado, o postulado de uma crítica anti-naturalista se encontra presente na antropologia, o lugar teórico que esta oferece para pensar os modos de vida homossexuais precisa ser complementado. Tal se realizaria a partir da recente reflexão teórica acerca das relações de poder e de dominação que as normas de gênero implicam.Downloads
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Publicado
27-11-2012
Como Citar
VALE, A. C. Antropologia e sexualidade: por um descentramento da enunciação científica. Bagoas - Estudos gays: gêneros e sexualidades, [S. l.], v. 2, n. 02, 2012. Disponível em: https://periodicos.ufrn.br/bagoas/article/view/2270. Acesso em: 13 dez. 2024.
Edição
Seção
Artigos