Travestis brasileiras trabalhadoras do sexo algumas notas além da heteronormatividade1

Autores

  • Julieta Vartabedian University of Cambridge Investigadora afiliada pós-doutoral

Resumo

Baseado na minha pesquisa junto a travestis brasileiras trabalhadoras
do sexo no Rio de Janeiro, este artigo pretende descentrar a forte associação
entre trabalho sexual e mulher (cisgênero) e, ao mesmo tempo,
questionar a forma “correta” (isto é, branca e de classe média) que alguns
discursos hegemônicos utilizam para apresentar as identidades trans.
Proponho uma aproximação interseccional para analisar os distintos
significados que as participantes conferem ao trabalho sexual para nos
determos nas experiências de uma população para quem o trabalho
sexual é uma forma de empoderamento e de ubicação – ainda que
precária – no mundo. Assim, o lugar da beleza na construção de corpos
femininos e desejáveis é de grande importância para possibilitar que as
travestis se convertam em sujeitos inteligíveis num contexto social onde
a delgada linha que separa a vida da morte estrutura o cotidiano travesti.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Downloads

Publicado

29-01-2018

Como Citar

VARTABEDIAN, J. Travestis brasileiras trabalhadoras do sexo algumas notas além da heteronormatividade1. Bagoas - Estudos gays: gêneros e sexualidades, [S. l.], v. 11, n. 17, 2018. Disponível em: https://periodicos.ufrn.br/bagoas/article/view/13521. Acesso em: 18 dez. 2024.