“Meninos não choram”: um comentário antropológico sobre uma história homofóbica

Autores

  • Zulmira Newlands Borges

Resumo

Este artigo trata do exercício interpretativo com base antropológica no filme Meninos
não choram, que retrata a visão essencialista e hegemônica do gênero e da sexualidade,
em que esses aspectos são vistos como colados e sobrepostos naturalmente nos seres
humanos. Por meio de uma análise estruturalista, averigua-se a base da violência
homofóbica sofrida pelo personagem. A história revela o quanto a sexualidade é um
valor central na cultura ocidental e o quanto ela é portadora de uma verdade sobre o
sujeito. Outro aspecto é o paradoxo existente na frase título, que afirma e ao mesmo
tempo incita um tipo de comportamento para que seja possível tornar-se homem. Por
fim, vale ressaltar que a visibilidade desses casos, além de suscitar novas questões
analíticas, provoca a ordem simbólica vigente e abala os fundamentos dessa ordem,
podendo levar à reflexão sobre a possibilidade de subvertê-la.

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Como Citar

NEWLANDS BORGES, Z. “Meninos não choram”: um comentário antropológico sobre uma história homofóbica. Bagoas - Estudos gays: gêneros e sexualidades, [S. l.], v. 7, n. 10, 2014. Disponível em: https://periodicos.ufrn.br/bagoas/article/view/5381. Acesso em: 4 dez. 2024.