DIFERENCIAIS SALARIAIS E DISCRIMINAÇÃO POR GÊNERO E RAÇA NO MERCADO DE TRABALHO POTIGUAR (2012)
Resumo
Estudos recentes acerca das diferenças de gênero, assim como sobre o pertencimento racial da população brasileira e suas formas de inserção no mercado de trabalho, têm demonstrado empiricamente a presença de discriminação, o que pode contribuir para intensificação das desigualdades socieconômicas no país. Este trabalho visa verificar se o mercado de trabalho potiguar discrimina a mulher e o trabalhador não branco, a partir da decomposição dos diferenciais salariais por gênero e raça. Para tanto, será aplicada a metodologia proposta por Oaxaca-Blinder (1973) com a utilização dos microdados da Pesquisa Nacional por amostra de Domicílios (PNAD) para o ano de 2012. O resultados gerados pela decomposição de rendimentos indicam a presença de um componente discriminatório relacionado ao gênero e a raça no mercado de trabalho potiguar. De acordo com as evidência empíricas, cerca de 139% do diferencial salarial médio entre homens e mulheres deve-se ao termo de discriminação. Já quanto a decomposição do rendimento referente à raça, observou-se que cerca de 81% do hiato salarial entre brancos e não brancos foi provocado pelo componente de discriminação.