Genocídio na Democracia brasileira
DOI:
https://doi.org/10.21680/1982-5560.2017v18n2ID14221Resumo
Aponta-se que um dos fenômenos mais preocupantes da atualidade da democracia no Brasil, e que pode ser estendido aos países da América Latina e do Caribe, é o alto índice de assassinatos, abalando pela criminalidade a vida dois cidadãos, que se sentem desprotegidos pelo Estado que se autodenomina democrático de Direito. O noticiário das chacinas já não provoca reações de indignação na sociedade, que vai se resignando a essa realidade. Discutem-se essas questões a partir de um ensaio e referentes clássicos multidisciplinares
e estratégia de pesquisa, da revisão bibliográfica complementada pela analise de dados estatísticos do mapa da violência. Parte-se das hipóteses que os discursos hegemônicos que naturalizariam o status quo da violência nessas
sociedades pós-coloniais é reflexão que se impõe a partir do imaginário de senso comum acerca do perfil das vítimas em potencial dos homicídios e se os donos do poder, em obediência à tradição secular do Estado brasileiro – patrimonialista, cartorial e herdeiro de uma visão epistemológica fundada no racialismo – são cognitivamente incapacitados para agir na direção de superar o problema. Conclui-se que a população que mais morre são os pobres, negros (ou pretos) e prostitutas, e que isso não causa indignação, pois costuma-se propalar no Brasil, que essas são vítimas históricas preferenciais da violência em um país construído pela violência do escravismo colonial, de família patriarcal e conservadora, entretanto esse fenômeno do genocídio da juventude negra obstrui a qualidade da democracia no Brasil, sendo os estados de maior incidência a Bahia, seguido da Paraíba.
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