SEXUALIDADE E PARTO: em busca do elo perdido
DOI:
https://doi.org/10.21680/1982-5560.2017v18n2ID14228Resumo
Tendo-se como base metodológica a sociologia das ausências e a sociologia das emergências proposta por Boaventura de Sousa Santos, este artigo realiza uma cartografia simbólica teórica e prática
sobre a relação entre sexualidade e parto. Na parte inicial, debate-se como o paradigma hegemônico da biomedicina, o chamado modelo tecnocrático, conforme categorização proposta por Davis-Floyd,
foi dissociando o parto da sua natureza sexual. Em seguida, aborda-se a sexualidade do parto a partir de uma revisão da literatura que incluiu o resultado de pesquisas acadêmicas mais recentes sobre a temática, criando uma base teórica que situa o parto enquanto evento inerentemente sexual. No campo empírico, a temática é abordada a partir das narrativas e da percepção pessoal de mães
da comunidade intencional de Tamera, no sul de Portugal, escolhida como lócus de pesquisa por manter uma cultura de (amor e) sexualidade livre e também por incentivar os partos domiciliares planejados,
dois ingredientes fundamentais para permitir a religação do elo entre sexualidade e parto. Tal etapa foi conduzida com o propósito de identificar como as mulheres vivenciam ou expressam sua sexualidade
no trabalho de parto e parto. Conclui-se que o parto é um evento intrinsecamente sexual, bastante marcante no ciclo sexual das mulheres, além de ser considerado extremamente empoderador, com consequências não apenas para a vida sexual, mas para a vida delas como um todo.
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