Três Anúncios de um Movimento Avassalador
A traição de si mesmo
DOI:
https://doi.org/10.21680/1982-5560.2018v19n1ID17870Resumo
Os três textos que seguem abordam a ideia de que, mais do que trair o outro, trair a si mesmo, o seu próprio movimento pode resultar naquilo que comumente denominamos “mentira”. Aqui, por uma espécie de associação, aplicamos ao que chamamos de filmes “ruins”. O que seria um filme “ruim”? Um problema de conteúdo? Os “furos” na trama, a falta de empatia, a má atuação? Pensar um filme “ruim” de tal perspectiva significa apenas elaborar os problemas de um ponto de vista dos elementos que a integram, mas não do movimento fundamental, que é o próprio “pensamento” do filme, aquilo que ele aparentemente defende, funda ou pelo qual existe. De certa forma, significa isto: um filme que elabora sua própria verdade e não vive conforme o que estipula para si, trai-se no mais íntimo, poderia ser chamado de filme “ruim”. A seguir apresento três filmes cuja inverdade consigo mesmo sobrepujam qualquer elemento “exterior” à sua própria verdade. No entanto, como se vê no último deles, a que adota na linguagem pode levá-lo a trair sua posição, mas não por força do próprio filme, e sim por uma imposição exterior. Por tal ponto de vista, poderíamos pensar uma possibilidade de reconhecer o que faria um filme “ruim” para além do nosso “gosto”, mas não sem atravessar por ele.
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