A MULHER-PROFESSORA BAIANA DIANTE DA FORMAÇÃO IMPOSTA EM SERVIÇO

Resistência e Embates Discursivos

Autores

  • Gláucia Rejane da Costa FACAPE

DOI:

https://doi.org/10.21680/1982-5560.2021v22n1ID29505

Palavras-chave:

Sujeitos-professoras, Discurso, Formação Continuada, Domesticação, Resistência

Resumo

No presente estudo discutimos a formação continuada de professores de Língua Portuguesa em serviço, proposta no Pacto pelo Ensino Médio, como parte de um projeto para a sua domesticação. Tal discussão, apoiada em Geraldi (2015) e Louro (2001), entre outros, comporta a feminização da docência. Apoiados na Análise de Discurso Francesa (AD), analisamos os discursos das professoras, objetivando verificar como se constituem esses sujeitos e os efeitos de sentido produzidos, na sua relação com a formação proposta. Para análise dos textos, coletados em entrevistas semiestruturadas, procedemos, conforme
Orlandi (2001), a sua dessuperficialização e os reportamos à exterioridade. Em seguida, esse discurso é remetido a uma Formação Discursiva das quais derivam os seus sentidos. Finalmente, compreendidas a produção dos sentidos e a constituição dos sujeitos, atingem-se os processos discursivos. Nesse percurso metodológico, verificamos no discurso desses sujeitos-professoras o efeito de resistência e rejeição à atividade formativa proposta. Constituem-se, desse modo, maus-sujeitos, segundo a classificação Pecheutiana, nessa relação conflituosa.

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Publicado

12-07-2022

Como Citar

DA COSTA, G. R. A MULHER-PROFESSORA BAIANA DIANTE DA FORMAÇÃO IMPOSTA EM SERVIÇO: Resistência e Embates Discursivos. Revista Cronos, [S. l.], v. 22, n. 1, p. 89–108, 2022. DOI: 10.21680/1982-5560.2021v22n1ID29505. Disponível em: https://periodicos.ufrn.br/cronos/article/view/29505. Acesso em: 25 dez. 2024.