Os cangaceiros viajam de Hilux: as novas faces do crime organizado no interior do Nordeste do Brasil
Resumo
Este trabalho versa sobre os resultados alcançados emuma pesquisa sobre o chão social das quadrilhas especializadasno assalto a banco no interior do Nordeste doBrasil. Alicerçado em um trabalho de campo que incluiuentrevistas e conversas com atores direta ou indiretamenterelacionados ao que denominamos precariamentede “campo da criminalidade” no interior do Nordestedo Brasil, busca-se aqui especular, ancorando-se em umaperspectiva analítica que privilegia os atores em detrimentodas estruturas, sobre o que há de novo na criminalidadeviolenta nesse espaço regional, notadamentea partir do início dos anos noventa do século passado.Referencia-se, do ponto de vista teórico, no que poderíamosdenominar de “sociologia da prática”. No que dizrespeito aos resultados, a pesquisa aponta para a fragilidadedas redes sociais a partir das quais se estruturamessas quadrilhas. Ao mesmo tempo, e de forma especulativa,busca-se relacionar a emergência da prática do assaltoa agências bancárias no vasto mundo do interiornordestino com dois fenômenos sociais: de um lado, aexpansão de uma sociabilidade violenta; e, de outro, aimersão, em uma ordem social hierárquica e caracterizadapela existência de laços de dependência pessoal, deum novo e moderno individualismo assentado mais nacooperação técnica do que na solidariedade e que se desdobraem atitudes e percepções do mundo alimentadaspela calculabilidade e racionalidade instrumental.Downloads
Não há dados estatísticos.
Downloads
Publicado
10-01-2013
Como Citar
LOPES JÚNIOR, E. Os cangaceiros viajam de Hilux: as novas faces do crime organizado no interior do Nordeste do Brasil. Revista Cronos, [S. l.], v. 7, n. 2, 2013. Disponível em: https://periodicos.ufrn.br/cronos/article/view/3216. Acesso em: 16 nov. 2024.
Edição
Seção
Artigo