A mulher em Bachelard: a gênese do devaneio

Autores

  • Álvaro de Pinheiro Gouvêa

Resumo

Para Bachelard e para Jung, o psiquismo humano é andróginoem sua primitividade: um homem e uma mulherhabitam no nosso inconsciente (anima/animus – “o duplo”é o duplo de um ente duplo). No seu livro “A poéticado devaneio” Bachelard apresenta a tese de que o devaneioestá sob o signo da anima e sustenta que o homemmais viril, com demasiada simplicidade caracterizada porum forte animus, tem também uma anima – um homeme uma mulher falam na solidão do nosso ser. Mas faz-senecessário ter em conta que a anima em Jung evoca simplesmenteo feminino no homem e o animus o masculinona mulher. Este trabalho sustenta que, em Bachelard,a reflexão sobre anima/animus negligencia a anima e oanimus em seu aspecto negativo e, por outro lado, tornaseuma reflexão um pouco confusa, no momento em queele afirma que o homem possui também um animus e amulher uma anima. Contudo, existe uma imensa unidadeharmônica entre os dois pensadores quando falam daandrogenia do psiquismo humano. Mas o pensamentodeles acaba por se distinguir e esse artigo tenta refletire precisar a natureza dessa possível diferença. É quaseinútil acrescentar que a mulher em Bachelard não é exatamentea mulher em Jung.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Downloads

Publicado

01/10/2013

Como Citar

GOUVÊA, Álvaro de P. A mulher em Bachelard: a gênese do devaneio. Revista Cronos, [S. l.], v. 4, n. 1/2, 2013. Disponível em: https://periodicos.ufrn.br/cronos/article/view/3269. Acesso em: 4 maio. 2024.