A poética da decadência: a história como tragédia em Oswald Spengler, 1880-1936.
Resumo
Este trabalho visa realizar uma discussão acerca da historiografia enquanto gênero linguístico, senão literário, mas certamente um dentre tantos gêneros narrativos. O que implica no reconhecimento de uma dimensão artística, estética da narrativa histórica entendida aqui como matriz teórica comum entre história e literatura: seu caráter eminentemente narrativo, já que a história se vale da linguagem verbal comum à literatura a fim de proceder a suas explicações sobre o mundo. Não dispondo, portanto, de uma linguajem própria, técnica, que lhe permita diferenciar-se de forma radical dos gêneros literários narrativos. Tal compreensão para nós se dá a partir da obra do filósofo alemão Oswald Spengler (1880-1936) profundamente criticado nos meios historiográficos e filosóficos em geral em grande medida pelo fato de seu pensamento apresentar-se de forma muito mais estética do que propriamente científica. Sua maior obra: A Decadência do Ocidente (1918-1922) pode ser lida, de acordo com a perspectiva linguística proposta por Hayden White,como uma narrativa onde o poético se insurge como elemento de revolta contra a dureza epistemológica do velho paradigma newtoniano aplicado as humanidades, permitindo, pois uma nova visão sobre as narrativas como a de Spengler que ousaram ainda nos tempos da “ciência positiva” propor um gênero discursivo narrativo que opere na interface entre ciência e arteDownloads
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Publicado
19-05-2015
Como Citar
SILVA, L. A. A poética da decadência: a história como tragédia em Oswald Spengler, 1880-1936. Revista Cronos, [S. l.], v. 14, n. 1, 2015. Disponível em: https://periodicos.ufrn.br/cronos/article/view/3363. Acesso em: 16 nov. 2024.
Edição
Seção
Artigo