A HETEROSSEXUALIDADE COMO CONDIÇÃO SINE QUA NON
Patriarcado, colonialismo e capitalismo em relação ao regime da diferença sexual
DOI:
https://doi.org/10.21680/1982-5560.2024v25n2ID36346Palavras-chave:
Filosofia, Heterosexualidade, Estudos de gênero, Pós-Colonialismo, EpistemologiaResumo
Falar de “heterossexualidade” de uma forma anacrónica é sem dúvida problemático, como demonstra Katz em A invenção da heterosexualidade. Mas, embora o uso do conceito de 'heterossexualidade' como descritor relacional consolidado em relação ao passado seja equivocado, há a preocupação de nomear práticas que, mesmo antes desta formulação médico-legal, já eram fortemente controladas (e até eliminadas, física e discursivamente) e que, por sua vez, funcionaram como parte fundamental da consolidação do ego conquiro capitalista. Nesse sentido, mais do que assinalar a ruptura entre os discursos sobre a sodomia e a homossexualidade, este artigo pretende dar um primeiro passo na recomposição de suas relações no sentido de pensar não uma heterossexualidade a-histórica, mas um regime de diferenças sexo-genéricas (e raciais) que ainda sobrevive em nossos imaginários pós-coloniais. Nesse sentido, a título de introdução, este artigo retomará uma Arqueología del mestizaje (Catelli, 2020) e reconstruirá o argumento de La invención de la heterosexualidad (Katz, 2011) para desenvolver a referida problemática.
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