FORMAS DE EMERGÊNCIA DE FEMINILIDADES TRANS* EM DOIS ARQUIVOS DO ESTADO NACIONAL ARGENTINO
Análise de casos, interrupções e continuidades
DOI:
https://doi.org/10.21680/1982-5560.2024v25n2ID36586Palavras-chave:
Colonialidade, Invertidos sexuais, Representação, Transgênero/Transexual, QueerResumo
Com o presente trabalho proponho traçar uma caracterização das formas de representação impostas pelo Estado Nacional, enquanto Estado Colonial Moderno, com o objetivo de dar conta de alguns elementos da matriz de inteligibilidade que se mantém desde finais do século XIX até o final do século XX para pessoas trans*. Desta forma, tenho-me interessado em gerar uma contribuição incipiente para as narrativas das Organizações de Direitos Humanos, bem como para as teorias que assumem a interdependência constitutiva e produtiva de estruturas opressivas patriarcal-capitalistas e raciais. Os materiais aos quais lhes faço as perguntas de investigação são, sobretudo, dois acervos documentais valorizados pelas estruturas de poder jurídico-médico-administrativo cujo marca oferece algumas delimitações metodológicas. A partir deste ponto de partida, concentro-me na emergência e aparecimento de feminilidades trans* em dois arquivos em particular: a revista Archivos de psiquiatría y criminología aplicada a las ciencias afines. Medicina legal-sociología-derecho-psicología-pedagogía (1902-1913) e o Arquivo da Diretoria de Inteligência da Polícia da Província de Buenos Aires (DIPBA), que funcionou entre 1956 e 1998. Destaco o aparecimento de “invertidos sexuais” no primeiro e o caso de Mariela Muñoz no segundo, traçando continuidades e descontinuidades no modo de aparecer, atentando especialmente para as omissões e deturpações nominais e territoriais da emergência de tais sujeitos.
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