Palmmyra Wanderley: para além da cor local
Palavras-chave:
Palmyra Wandererley, lírica, sociedade, Modernismo, tradição, modernidade.Resumo
O contexto social em que uma obra está inserida e o espaço biográfico do autor sáo elementos necessários à compreensáo dos significados evocados no texto literário. A partir dessa perspectiva, o presente artigo busca lançar um olhar crítico sobre o livro de poemas, Roseira brava, publicado pela primeira vez em 1929, da escritora norte-rio-grandense Palmyra Wanderley. O diálogo entre a literatura e o social, segundo Antonio Candido, só pode ser visto de “maneira viva”, de “modo visceral” em que as questões referenciadas deixam de ser sociais e passam a ser “substância do ato criador”. Dessa forma, escolheram-se, como caminho metodológico para este estudo, as temáticas recorrentes nos poemas de Roseira brava e a forma como tais temáticas se estruturam nos versos de Palmyra a fim de localizá-los (ou náo) no Modernismo do Rio Grande do Norte. Duas temáticas se destacam: a cidade Natal, apresentada de forma idealizada e mítica, e a natureza local, revestida da cor sensual. Os versos de Palmyra, conclui este artigo, de modo geral, apontam para a natureza de uma mulher de um tempo definido e de um espaço marcado, que transpôs barreiras e marcou presença em uma cena literária exemplarmente masculina, por meio de seus versos que se polarizam e se intermedeiam entre a tradiçáo do passado e as possibilidades do futuro.
Marília Gonçalves Borges Silveira - Professora de Língua Portuguesa e Literatura Brasileira do Instituto Federal de Educaçáo, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte (IFRN) e doutoranda do Programa de Pós-Graduaçáo em Estudos da Linguagem - Literatura Comparada - CCHLA/UFRN.
Derivaldo dos Santos - Prof. do Departamento de Letras (UFRN); orientador de doutorado no Programa de Pós-Graduaçáo em Estudos da Linguagem (PPgEL/UFRN), área de concentraçáo em Literatura Comparada.