Quem quer servir à justiça? Os sertões como espaços anacrônicos da civilização

Autores

  • Vanessa Spinosa Universidade Federal do Rio Grande do Norte

Palavras-chave:

Justiça. Império do Brasil. Sertões. Serviço Público.

Resumo

Este artigo busca discutir sobre a imagem dos sertões para os administradores da justiça, no segundo Reinado do Império do Brasil. A partir de relatórios do ministério da justiça e das províncias do Rio Grande do Norte e da Paraíba, foi possível depreender sobre as impressões sobre os espaços interiores do país. A ideia principal é entender, a partir de tais narrativas, quais as razões que justificariam servir ou não à justiça nos lugares mais distantes das capitais provinciais. Versando sobre ideias que iam desde sertões como locais desabitados ou repletos de nações indígenas, até locais inabitados de civilidade, os gestores acabavam expondo discursos que projetavam os sertões para fora do ritmo idealizado do progresso. Com esta premissa, espera-se contribuir para novos pontos de análise sobre a administração pública e sua relação com os diferentes espaços forjados para o (não)desenvolvimento da justiça.

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Biografia do Autor

Vanessa Spinosa, Universidade Federal do Rio Grande do Norte

Professora no Departamento de História da Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Mestre em História Social pela Pontifícia Univesidade Católica e São Paulo e Doutora pela Universidad de Salamanca (Espanha).

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Publicado

01-05-2017

Como Citar

SPINOSA, V. Quem quer servir à justiça? Os sertões como espaços anacrônicos da civilização. Mneme - Revista de Humanidades, [S. l.], v. 17, n. 39, p. 82–104, 2017. Disponível em: https://periodicos.ufrn.br/mneme/article/view/10809. Acesso em: 16 nov. 2024.