SECAS COLONAIS. A escassez de alimentos e o Senado da Câmara de Natal no final do século XVIII

Autores

  • Thiago Alves Dias
  • Paulo Cézar Possamai
  • Fátima Martins Lopes

Resumo

Era de responsabilidade das Câmaras Coloniais regularem o abastecimento de ví­veres em sua jurisdição, atendendo, através de suas posturas, as necessidades alimentí­cias de sua população. Porém, através de pesquisa empí­rica nos acervos documentais do IHGRN, foi constatado que o abastecimento na cidade do Natal durante o século XVIII nem sempre era efetivado de forma satisfatória, tendo em vista problemas de ordem externa e interna, como as obrigações com as demais capitanias e o poder régio, os descasos da administração pública, fatores de ordem natural e o descumprimento das posturas por parte da população. Tais situações podem estar relacionadas ao fato de Natal, sede do governo da Capitania, passam, a partir de meados do século XVIII, a sofrer mudanças rápidas com o crescimento demográfico e a expansão do espaço citadino. Este trabalho visa relacionar os perí­odos de estiagem vividos na Capitania do Rio Grande do Norte no perí­odo de 1770 a 1800 e o abastecimento de gêneros alimentí­cios de primeira necessidade em Natal. Esse problema de ordem natural levava a Câmara a intervir diretamente sobre a vida econômica da população, obrigando-a a trazer os produtos de sua economia de subsistência para serem comercializados em praça pública, sob pena de condenação e multa. 

Palavras-chave: Natal colonial, perí­odos de estiagem, abastecimento

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Publicado

05-11-2009

Como Citar

DIAS, T. A.; POSSAMAI, P. C.; LOPES, F. M. SECAS COLONAIS. A escassez de alimentos e o Senado da Câmara de Natal no final do século XVIII. Revista PublICa, [S. l.], v. 4, n. 2, 2009. Disponível em: https://periodicos.ufrn.br/publica/article/view/89. Acesso em: 21 nov. 2024.

Edição

Seção

Humanas e Sociais