O Discurso como Prática Social: “Valdemar Morreu! Eu Sou Valéria Vasques, a Bandida!” – a Construção Identitária Transexual no Programa Zorra Total

Autores

  • Renan Araújo Gomes
  • Maria Carmen Aires Gomes

Palavras-chave:

Discurso. Poder. Transexualidade. Gênero.

Resumo

A transexualidade constitui experiência abjeta frente à biopolítica heteronormativa. Contra essas vontades de verdade, propomos uma genealogia sobre a identificação transexual, a partir da análise dos esquetes da personagem Valéria Vasques no programa Zorra Total. Conforme orientações da Análise do Discurso Crítica (ADC), obedecemos à dialética discursiva, constitutiva de práticas sociais e performatividades,
tomando como eixo analítico a relação entre Valéria e Valdemar,  enfocando modalidades e avaliações, práticas relativas à significação identificacional. Concluímos que o desdobramento entre os personagens pode traduzir-se na oposição entre o presente e o passado, a vida e a morte. Valéria assume a feminilidade anulando o sujeito masculino,
demonstrando, também, que a transexualidade emerge subversivamente no projeto heterossexista, representada pelo atributo 'bandida', no bordão da personagem.

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Publicado

03-03-2017

Como Citar

GOMES, R. A.; GOMES, M. C. A. O Discurso como Prática Social: “Valdemar Morreu! Eu Sou Valéria Vasques, a Bandida!” – a Construção Identitária Transexual no Programa Zorra Total. Bagoas - Estudos gays: gêneros e sexualidades, [S. l.], v. 10, n. 14, 2017. Disponível em: https://periodicos.ufrn.br/bagoas/article/view/11455. Acesso em: 23 nov. 2024.