O corpo da mulher traficada território de reivindicações e disputas políticas

Autores

  • Charlotte Valadier Universidade Católica do Rio de Janeiro (IRI-PUC Rio)
  • Beatriz Brandão Universidade Federal de Rio de Janeiro (IFCS - UFRJ)

Resumo

Esse artigo analisa as relações entre as categorias prostituição e tráfico
de mulheres em seus diferentes significados atribuídos ao corpo. A
partir da reflexão do corpo da mulher que se prostitui como um território
de disputas políticas, relaciona-se as fronteiras de reivindicações
do seu corpo com as fronteiras geopolíticas entre os Estados do Sul e
do continente europeu. Para tal, o percurso da corporalidade feminina
será examinada através da articulação dos conceitos de corpo de uso
e corpo usado. Os estereótipos associados à mulher traficada, vista
ora como “vítima”, ora como “ilegal”, ou até como “vítima criminosa”
serão sondados, com o fim de expor os limites da visão convencional
do corpo como “risco” ou “ameaça” a ser controlado e regulado. As
visões dicotômicas dominantes serão criticamente superadas, por meio
da desconstrução das representações simplistas da “vítima” traficada,
ignorante e vulnerável, em favor de descrições que ressaltam melhor a
ambivalência e heterogeneidade de cada trajetória pessoal.

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Biografia do Autor

Charlotte Valadier, Universidade Católica do Rio de Janeiro (IRI-PUC Rio)

Doutoranda no Instituto de Relações Internacionais da Pontifícia

Beatriz Brandão, Universidade Federal de Rio de Janeiro (IFCS - UFRJ)

Professora de Sociologia na Universidade Federal
de Rio de Janeiro (IFCS - UFRJ) e doutora em Ciências Sociais
pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC Rio)

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Publicado

29-01-2018

Como Citar

VALADIER, C.; BRANDÃO, B. O corpo da mulher traficada território de reivindicações e disputas políticas. Bagoas - Estudos gays: gêneros e sexualidades, [S. l.], v. 11, n. 17, 2018. Disponível em: https://periodicos.ufrn.br/bagoas/article/view/13522. Acesso em: 28 mar. 2024.