Madame Satã e o artifício como construção estética de novas formas de vida

Autores

  • Ricardo Duarte Filho Universidade Federal do Rio de Janeiro

Resumo

O presente artigo almeja discutir o filme brasileiro Madame Satã (Karim Aïnouz, 2002) sob o signo do artifício e do camp a partir da hipótese que essa sensibilidade é empregada de maneira a permitir vislumbres de novas formas de vida. Partindo dessa hipótese central, argumento que as cenas do filme aqui analisadas, através da performance e do espetáculo, possuem potencial de criação de novas estéticas e afetos propiciados por uma relação direta e ativa com corpos desviantes e socialmente estigmatizados. Essa discussão também busca localizar Madame Satã dentro de uma recente discussão acadêmica brasileira sobre o “retorno do artifício” nos filmes nacionais produzidos na última década. Ao tentar trazer à luz a enriquecedora discussão propiciada pela ideia do artifício como construção estética de novas formas de vidas queers, o artigo também promove uma leitura comparativa com o romance francês Madame Bovary.  

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Biografia do Autor

Ricardo Duarte Filho, Universidade Federal do Rio de Janeiro

Mestre em Comunicação e Cultura pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. Doutorando em Comunicação e Cultura pela Universidade Federal do Rio de Janeiro e em Spanish and Portuguese Languages and Literatures pela New York University. E-mail: ricardojgdf@gmail.com

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Publicado

11-09-2018

Como Citar

DUARTE FILHO, R. Madame Satã e o artifício como construção estética de novas formas de vida. Bagoas - Estudos gays: gêneros e sexualidades, [S. l.], v. 12, n. 18, 2018. Disponível em: https://periodicos.ufrn.br/bagoas/article/view/13822. Acesso em: 29 mar. 2024.