Família homoafetiva

Autores

  • Maria Berenice Dias

Resumo

As uniões de pessoas do mesmo sexo sempre existiram, mas a partir do momento em que a igreja sacralizou o conceito de família, conferindo-lhe uma finalidade meramente procriativa, as relações homossexuais se tornaram alvo do preconceito e do repúdio social. A mais chocante consequência da exclusão no âmbito jurídico é a absoluta invisibilidade a que são condenados os vínculos afetivos, cujo único diferencial decorre do fato de serem constituídos por pessoas de igual sexo. Mas as lutas emancipatórias, o florescer dos direitos humanos e a laicização do Estado estão forjando a construção de uma nova sociedade. É preciso resgatar os estragos que acabaram jogando para fora do âmbito da tutela jurídica significativa parcela da população. É necessário reconhecer que os relacionamentos entre pessoas, independente de sua identidade sexual, é uma união de afetos e como tal precisa ser identificada. Daí a expressão homoafetividade. Há muito  tempo  o  mundo  civilizado  já  acordou,  transformando  em  realidade  o  que proclamam todas as revoluções: o direito à liberdade e à igualdade. 

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Publicado

27-11-2012

Como Citar

DIAS, M. B. Família homoafetiva. Bagoas - Estudos gays: gêneros e sexualidades, [S. l.], v. 2, n. 03, 2012. Disponível em: https://periodicos.ufrn.br/bagoas/article/view/2282. Acesso em: 8 nov. 2024.