Tecnologias de gênero e as lógicas do aprisionamento

Autores/as

  • Tânia Pinafi
  • Lívia Gonsalves Toledo

Resumen

Neste artigo procuramos fazer uma analogia entre as tecnologias de gênero e o binário preso/livre, ilustrando as lógicas de aprisionamento de  subjetividades e o quanto a sociedade moderna se pauta em normas e binarismos para a produção do saber-poder sobre  si  mesma.  Assim,  propomos  articular  as  reflexões  de  Foucault  sobre  o funcionamento  do  poder  com  as  normativas  de  gênero  estruturadas  em modos  de existências  com  características  coercitivas, moralizantes  e  valorativas  das relações sociais  nas  quais  vivemos  nossas  existências  particulares.  Exploraremos  o aprisionamento, tanto pela subversão à norma, no caso da instituição física da prisão, quanto na norma, questionando a ilusão daqueles que se acreditam livres. A mais hermética das prisões e a vigilância mais eficaz são aquelas que cada um exerce sobre si mesmo: quanto mais subjetivados nas normativas de gênero, mais prejudicada estará a heteronomia.

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Publicado

26-11-2012

Cómo citar

PINAFI, T.; GONSALVES TOLEDO, L. Tecnologias de gênero e as lógicas do aprisionamento. Bagoas - Estudos gays: gêneros e sexualidades, [S. l.], v. 5, n. 06, 2012. Disponível em: https://periodicos.ufrn.br/bagoas/article/view/2335. Acesso em: 21 nov. 2024.