Fatores de prevalência para a Incontinência Urinária em mulheres pós-menopausa e o impacto da qualidade de vida

Autores

Palavras-chave:

Incontinência Urinária; Envelhecimento; Qualidade de vida.

Resumo

Introdução: Na senescência há diversas alterações no corpo, dentre elas destaca-se as disfunções do assoalho pélvico, no qual ocorre a diminuição da elasticidade e contratilidade da bexiga, diminuição do comprimento funcional da uretra prejudicando a capacidade de contração eficiente da região íntima, contribuindo para o surgimento da incontinência urinária. Objetivo: Analisar a prevalência de Incontinência Urinária em idosas na pós menopausa e sua influência na qualidade de vida.  Material e métodos: Trata-se de uma pesquisa do tipo descritiva transversal com uma abordagem quantitativa, com parecer da Plataforma 4.186.594. Foi desenvolvido em uma clínica particular em Teresina - PI, sendo incluídas 11 idosas do gênero feminino, com faixa etária de 50 a 80 anos que já passaram da menopausa e excluídas as que possuíam disfunção cognitiva, que tenham realizado cirurgias pélvicas como histerectomia. Foram abordadas, explicadas sobre o tema e as que quiseram realizar a pesquisa assinaram um Termo de consentimento livre e esclarecido. Após assinado, foi respondido um formulário com dados pessoais e o questionário para analisar a qualidade de vida (KHQ). Resultados e Discussão: A IUU e IUM prevaleceram na pesquisa com 36,4%, seguido de IUE com 18,2%. 33,3% das incontinentes relataram perca urinaria ao longo do dia apresentando perca involuntária e 2 vezes ao dia, sendo 81,3% com sintomas a mais de um ano. Em referência ao questionário KHQ que avalia a qualidade de vida de mulheres incontinentes, 45% tiverem percepção da saúde ruim, 54% relataram ter impacto da vida, 40% limitavam suas atividades diárias, 43% limitavam suas vidas físicas, 42% limitaram vida social, 29,60% obtiveram suas relações pessoais diminuídas,32,60% tiveram suas emoções afetadas, 54,50% relataram atrapalhar seu sono e disposição e 49% medidas de gravidade. Todas as participantes possuíam alguma patologia crônica, tiveram mais de dois partos, utilizam medicamentos, IMC elevado. Considerações Finais: O presente estudo obteve um número pequeno de participantes, então faz-se necessário novo estudo com uma amostra maior, analisando os principais fatores de risco que podem levar a IU, assim como analisar a qualidade de vida das participantes em relação a patologia.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

BACHMANN G, LEIBLUM S. The Impact of Hormones on Menopausal Sexuality: a Literature Review. Menopause J North Am Menopause Soc. v. 11, n. 1, p. 120–30. DOI:10.1097/01.GME.0000075502.60230.28. 2004.

BORGES. V. M. et al. Fisioterapia motora em pacientes adultos em terapia intensiva. Revista Brasileriar Intensiva. DOI: org/10.1590/S0103-507X2009000400016 . Dez, 2009.

BOTELHO, F; SILVA, CARLOS & FRANCISCO. Incontinência urinária feminina. Acta Urológica, v. 24, n. 1, p. 79-82. Disponível em: https://www.apurologia.pt/acta/1-2007/inc-urin-fem.pdf. 2007.

CÂNDIDO, F. J. L. F. et al. Incontinência urinária em mulheres: breve revisão de fisiopatologia, avaliação e tratamento. Visão Acadêmica, v. 18, n. 3, DOI: 10.5380/acd.v18i3.54506. Disponível em: https://revistas.ufpr.br/academica/article/view/54506. 2017.

CARDOSO et al. Performance of the pilates method in the strengthening of the pelvic floor muscles in the urinary incontinence of effort. Magazoni. v.9, n.1. Disponivel em: http://www.computacao.unitri.edu.br/erac/index.php/e-rac/article/view/1502. 2019.

DENNERSTEIN L. et al. Hypoactive Sexual Desire disorder in Menopausal Women: A Survey of Western European Women. J Sex Med. v.3, n.2, p. 212–22. DOI: 10.1111/j.1743-6109.2006.00215. x.

FARIA, C. A. et al. Incontinência urinária e noctúria: prevalência e impacto sobre qualidade de vida em idosas numa Unidade Básica de Saúde. Rev. bras. geriatr. Gerontol. v.17, n. 1 p, 17-25. DOI: http://dx.doi.org/10.1590/S1809-98232014000100003. 2014.

FIGUEIREDO E M, et al. Perfil sóciodemográfico e clínico de usuárias de Serviços de Fisioterapia Uroginecológica da rede pública. Rev Bras Fisioter, v. 12, n. 2, p. 136-42. DOI: http://dx.doi.org/10.1590/S1413-35552008000200010. Disponivel em: https://www.scielo.br/pdf/rbfis/v12n2/a10v12n2.pdf. 2008.

GUEDES, P. F. et al. Sobrepeso e obesidade em mulheres com incontinência urinária e a repercussão na qualidade de vida. v. 18, n. 3, p. 539-550, Disponivel em: https://periodicos.ufn.edu.br/index.php/disciplinarumS/article/view/2390/2101. 2017

KLING J. M. et al. Association between Menopausal Symptoms and Relationship Distress. Maturitas, v.130, p.1–5. DOI: 10.1016/j.maturitas.2019.09.006. Disponível: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/31706430/. 2019.

LAMERTON, T. J.; TORQUATI, L. BROWN. W. Overweight and obesity as major, modifiable risk factors for urinary incontinence in young to mid-aged women: a systematic review and meta-analysis. Obes Rev, v. 19, n. 12, p.1735-45, Disponível em: https://doi.org/10.1111/ obr.12756. 2018.

LUKACZ, et al. Urinary Incontinence in Women. JAMA. v. 318, n. 16, p.1592-604, Disponível em: https://doi.org/doi:10.1001/ jama.2017.12137. 2017.

MINASSIAN, V. A; BAZI, T. & STEWART. W. F. Clinical epidemiological insights into urinary incontinence. Int Urogynecol J. v. 28, n. 5, p.687–96. Disponível em: https://doi. org/10.1007/s00192-017-3314-7. 2017.

MOURÃO L. F, et al. Caracterização e fatores de risco de incontinência urinária em mulheres atendidas em uma clínica ginecológica. ESTIMA. v.15, n. 2, p. 82-91, 2017. Disponível em: https://doi.org/10.5327/Z1806- 3144201700020004.

Rev. bras. ter. intensiva. vol. 21, n. 4, 2009.

PADMANABHAN P DMOCHOWSKI R. Urinary Incontinence in Women: a Comprehensive Review of the Pathophysiology, Diagnosis and Treatment. Minerva Ginecol. v.66, n. 5, p. 469-78. Disponivel em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/25078140/. 2014.

ROCHA, J. et al. Assessment of Urinary Incontinence in Pregnancy and Postpartum: observational study. Acta Med Port. v. 30, n. 7-8, p.568-72, Disponível em: https://doi.org/10.20344/amp.7371. 2017.

SAADIA Z. Effect of Age, Educational Status, Parity and BMI on Development of Urinary Incontinence - a Cross Sectional Study in Saudi Population. Mater Sociomed. v. 27, n. 4, p. 251-4, 2015. Disponível em: https://doi.org/10.5455/msm.2015.27.251-254

SABOIA, D.M. et al. Impact of urinary incontinence types on women’s quality of life. Rev Esc Enferm USP. v. 51, e03266. DOI:http://dx.doi.org/10.1590/S1980-220X2016032603266

SANTOS, S. D. B. et al. Influência da fisioterapia aquática na capacidade funcional e qualidade de vida de idosos hipertensos. Revista Interdisciplinar da Promoção da Saúde. v.1, n.1, DOI: 10.17058/rips.v1i1.11940. 2018.

SIDDIQUI, N.Y, et al. Urinary incontinence and health seeking behavior among White, Black, and Latina women. Female Pelvic Med Reconstr Surg. v. 22, n. 5, p. 340–45, Disponível em: https://doi.org/10.1097/SPV.0000000000000286. 2016.

SILVA, J. C. P; SOLER, Z. A. S. G. & WYSOCKI, A. D. Fatores associados à incontinência urinária em mulheres submetidas ao exame urodinâmico. Rev Esc Enferm USP. v. 51, 2017.

SILVA, M. S.; LIMA, R. P.; MONTELO, E. S.; VIEIRA, A. C. B.; CUNHA, K. R. F.; TANAKA, J. R. V. Fatores de risco para incontinência urinária no período grávidico. In: Congresso Nacional de Resindecia e Saúde, 2021. TRIUNFO-PE: OMNIS SCIENTIA. v. 1. p. 668-670.

SILVA, L. W. S et al. Fisioterapia na incontinência urinaria: olhares sobre a qualidade de vida de mulheres idosas. Revista Kairós. v. 20, n. 1, DOI: 10.23925/2176-901X.2017v20i1p221-238. 2017.

Downloads

Publicado

16-09-2021

Como Citar

VIEIRA, A. C. B.; SILVA, M. S. da .; VIEIRA, P. M. M. . Fatores de prevalência para a Incontinência Urinária em mulheres pós-menopausa e o impacto da qualidade de vida. Revista de Casos e Consultoria, [S. l.], v. 12, n. 1, p. e25465, 2021. Disponível em: https://periodicos.ufrn.br/casoseconsultoria/article/view/25465. Acesso em: 22 dez. 2024.

Edição

Seção

Ciências da Saúde