Uso de psicotrópicos e a influência no cotidiano das pessoas de um município do interior do Piauí
Palavras-chave:
Enfermagem; Saúde mental; Psicotrópicos.Resumo
O presente estudo tem como objetivo conhecer a influência do uso de psicotrópicos no cotidiano da população de um município do interior do Piauí, no sentido de compreender quais medicamentos são mais utilizados e sua influência na qualidade de vida dos usuários. Trata-se de um estudo de natureza descritiva e delineamento transversal com abordagem quantitativa, realizado com 51 pacientes usuários de psicotrópicos, por um tempo igual ou superior a seis meses, cadastrados e acompanhados em três Estratégia de Saúde da Família do município de São Francisco do Piauí-PI, onde os dados foram coletados por meio de prontuários disponíveis nas Estratégia de Saúde da Família, além de um roteiro de entrevista semiestruturada desenvolvido pelos pesquisadores. Os resultados obtidos nessa pesquisa mostram que o uso de psicotrópicos é mais comum em pessoas do sexo feminino (66,7%) de 40 a 59 anos de idade (41,2%), solteiros (54,9%) que se autodeclararam de cor parda (52,9%) com nível de escolaridade baixo (66,7%). Em relação aos medicamentos mais prescritos destaca-se a Sertralina (27,7%) seguida do Diazepam (21,4%). No que concerne ao tempo de uso desses medicamentos, (58,8%) relataram usar há um ano ou mais. Do total dos entrevistados, (80,4%) negam fumar ou realizar alguma atividade física. Além disso, os participantes também foram indagados a respeito das melhoras observadas após o início do tratamento, onde foi possível observar que (82,4%) dos pacientes referem ter observado uma melhora na qualidade de vida e bem-estar emocional. Com a elaboração deste trabalho foi possível concluir que existe a necessidade de um acompanhamento holístico dos usuários de psicotrópicos pela equipe multiprofissional, ou seja, conhecer os distúrbios psíquicos alinhados com o perfil dos usuários e sua patologia é de extrema importância para uma abordagem qualificada. Dessa forma, é necessário o desenvolvimento de mais pesquisas que abordem a respeito do uso desses medicamentos e qual a influência no cotidiano dos usuários.
Downloads
Referências
ABI-ACKEL, Mariza Miranda et al. Uso de psicofármacos entre idosos residentes em comunidade: prevalência e fatores associados. Revista Brasileira de Epidemiologia, v. 20, n. 1, p. 57-69, 2017.
https://doi.org/10.1590/1980-5497201700010005
ALFENA, Márcia Dias. Uso de psicotrópicos na atenção primária, 69p. Dissertação (Mestrado Profissional em Atenção Primária à Saúde com Ênfase na Estratégia de Saúde da Família), Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Auroca, 2015.
ASSINI, Fabricio; BACK, Jéssica Taísa. Análise das prescrições de psicotrópicos em farmácias privadas na cidade de Monte Carlo, Santa Catarina. Revista Eletrônica de Farmácia, v. 14, n. 2, p. 5-14, 2017.
https://doi.org/10.5216/ref.v14i2.37797
_________. Lei nº 10.216, de 6 de abril de 2001. Dispõe sobre a proteção e os direitos das pessoas portadoras de transtornos mentais e redireciona o modelo assistencial em saúde mental.
_________. Ministério da Saúde. Plano de ação em saúde mental. Genebra: Organização Mundial da Saúde, 2013.
BRASIL. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). População, Ministério da Saúde (2010).
CANCELLA, Danielle Cristina Braga. Análise do uso de psicofármacos na atenção primária: uma revisão de literatura, 30p. Monografia, Universidade federal de Minas Gerais, 2012.
CARVALHO, Janine Silva. Uso de psicotrópicos por pacientes de unidade básica de saúde do povoado Branca de Atalaia-AL, 24p. Monografia, Universidade Federal de Minas Gerais, 2015.
Centro Brasileiro de Informação Sobre Drogas Psicotrópicas. Livreto informativo sobre drogas psicotrópicas, 2014. Disponível em: https://www.cebrid.com.br/livreto-informativo-sobre-drogas/
COELHO, Magno Nunes. Proposta de intervenção para reduzir o uso indiscriminado de ansiolíticos, 28 p. Monografia, Universidade Federal de Minas Gerais, 2015.
DA ROCHA, Bruno Simas.; WERLANG, Maria Cristina. Psicofármacos na Estratégia Saúde da Família: perfil de utilização, acesso e estratégias para a promoção do uso racional. Revista Ciência & Saúde Coletiva, v. 11, n. 18, p. 3291-3300, 2013.
https://doi.org/10.1590/S1413-81232013001100019
DA SILVA, Paula Adriana.; DE ALMEIDA, Letícia Yamawaka.; DE SOUSA, Jacqueline. O uso de benzodiazepínicos por mulheres atendidas em uma Unidade de Saúde da Família. Revista da Escola de Enfermagem da USP, v. 53, p. 1-8, 2019.
http://dx.doi.org/10.1590/S1980-220X2017038903419
DE MOURA, Dean Carlos Nascimento et al. Uso abusivo de psicotrópicos pela demanda da estratégia saúde da família: revisão integrativa da literatura. Revista De Políticas Públicas (SENARE), v. 15, n. 2, p. 136-144, 2016.
DO PRADO, Maria Aparecida Medeiros Barros; FRANCISCO, Priscila Maria S. Bergamo; BARROS, Marilisa Berti de Azevedo. Uso de medicamentos psicotrópicos em adultos e idosos residentes em Campinas, São Paulo: um estudo transversal de base populacional. Revista Epidemiologia e Serviços de Saúde, Brasília, v. 4, n. 26, p. 747-758, 2017.
https://doi.org/10.5123/S1679-49742017000400007
FARIAS, Marina de Souza et al. Uso de psicotrópicos no Brasil: uma revisão da literatura. Revista BioFarm, v. 12, n. 4, p. 1-5, out/dez, 2016.
GUERRA, Camila de Sana et al. Perfil epidemiológico e prevalência do uso de psicofármacos em uma unidade referência para saúde mental. Revista De Enfermagem UFPE, v. 6, n. 7, p. 4444-51, jun., 2013.
GIL, Antônio Carlos. Métodos e técnicas de Pesquisa Social. 6 ed. São Paulo: Atlas, 2010.
GUMARÃES, Joanna Miguez Nery; CALDAS, Célia Pereira. A influência da atividade física nos quadros depressivos de pessoas idosas: uma revisão sistemática. Revista Brasileira de Epidemiologia, v. 9, p. 481-492, 2006.
NASARIO, Marcela.; SILVA, Milena Mery. O consumo excessivo de medicamentos psicotrópicos na atualidade, 14p. Artigo científico (Pós-graduação de Saúde Mental e Atenção Psicossocial), Centro Universitário para o Desenvolvimento do Alto Vale do Itajaí, 2015.
NOIA, Aparecida Santos et al. Fatores associados ao uso de psicotrópicos por idosos residentes no Município de São Paulo. Revista da Escola de Enfermagem da USP, v. 46, n. (SPE), p. 38-43, 2012.
https://doi.org/10.1590/S0080-62342012000700006
ODA, Ana Maria Galdini Raimundo.; DALGALARRONDO, Paulo. O início da assistência aos alienados no Brasil ou importância e necessidade de estudar a história da psiquiatria. Revista Latino Americana de Psicopatologia Fundamental, v. 7, n. 1, p. 128-141, 2004.
PELEGRINI, Marta Regueira Fonseca. O abuso de medicamentos psicotrópicos na contemporaneidade. Revista Psicologia Ciência e Profissão, v. 3, n. 21, p. 38-43, 2003.
https://doi.org/10.1590/S1414-98932003000100006
POLIT, Denise. F.; BECK, Cheryl Tatano. Fundamentos de pesquisa em Enfermagem: aplicação de evidências para a prática de enfermagem, 7. ed. Porto Alegre: Artmed, 2011.
PRODANOV, Cleber Cristiano.; DE FREITAS, Ernani Cesar. Metodologia do trabalho científico: Métodos e técnicas da pesquisa e do trabalho acadêmico. Novo Hamburgo, Feevale, 2ª ed. 2013.
ROMAN, Graciela.; WERLANG, Maria Cristina. O uso de psicofármacos na atenção primária à saúde, 23p. Monografia, Universidade Católica do Rio Grande do Sul, 2010.
SANTOS, Renata Castro. Perfil dos usuários de psicofármacos atendidos pela estratégia de saúde da família da zona urbana do município de Presidente Prudente Juscelino. 31p. Monografia, Universidade Federal de Minas Gerais, 2009.
SCHENKEL, Maiara.; DE FÁTIMA COLET, Christiane. Uso de antidepressivos em um município do Rio Grande do Sul. Arquitetura e Ciências da Saúde UNIPAR, v. 20, n. 1, p, 33-42, jan./abr. 2016.
https://doi.org/10.25110/arqsaude.v20i1.2016.5220
SILVA, Vanessa Pereira et al. Perfil epidemiológico dos usuários de benzodiazepínicos na atenção primária à saúde. Revista de Enfermagem do Centro Oeste Mineiro, v. 1, n. 5, p. 1393-1400, 2015.
https://doi.org/10.19175/recom.v0i0.546
SOARES, Simone Batista et al. Avaliação de uso de antidepressivos em uma farmácia privada na cidade de cajazeiras-pb. Journal of Biology & Pharmacy and Agricultural Management, v. 15, n. 3, p. 282-294, 2019.
Português (Brasil)
English
Español (España)