Disfonia pós-infecção por COVID-19

Uma revisão de literatura

Resumo

O coronavírus causa uma doença sistêmica e os indivíduos manifestam diferentes espectros de sintomas. Os casos podem ser leves e assintomáticos ou apresentar quadros sintomáticos mais graves, como a síndrome respiratória aguda e a disfonia podendo ser definida como um alteração da comunicação oral determinada pela dificuldade de emissão vocal. O objetivo deste trabalho foi realizar um levantamento da literatura nacional e internacional sobre a disfonia como sintoma da infecção por COVID-19, acometendo o aparelho fonador. Trata-se de uma revisão integrativa de literatura, com pesquisa nas bases de dados com ano de publicação entre 2020 e 2021 que tinham como foco do estudo a relação entre disfonia e a COVID-19 no idioma inglês. Para a estratégia de busca, utilizou-se a combinação dos termos em português e em inglês: COVID-19 and SARS-CoV-2 and Disfonia, Disfonia and Pós covid, Covid-19 and dysphonia. Foram selecionados 10 artigos. No estudo observacional descritivo retrospectivo de Rochal e Gardenghi (2021) todos os participantes da pesquisa, apresentaram alteração vocal, 50% afonia e 50% apresentaram loudness fraca, no estudo Regan et al (2021) na avaliação inicial da qualidade vocal somente 42% apresentavam disfonia com base na escala GRBAS sendo constituída por seis parâmetros: G- grau geral de disfonia; R- rugosidade; B- soprosidade; A- astenia; S- tensão e I- instabilidade. Os achados anormais mais comuns relacionados a disfonia foram, paresia/ paralisia das pregas vocais, estudos hipotetizaram que as sequelas e os sintomas vocais da infecção por COVID-19 podem ser um fator desencadeante para uma disfonia/afonia. A disfonia foi uma manifestação clínica comum em pacientes acometidos pela COVID-19, causando alteração vocal. Sobretudo a avaliação fonoaudiológica e intervenção precoce é indispensável no tratamento desses pacientes.