Distribuição epidemiológica dos casos incidentes de hanseníase em um Estado do Nordeste brasileiro, entre 2012 e 2022
Palavras-chave:
Hanseníase, Epidemiologia, Saúde Pública, Doença Infectocontagiosa, Investigação EpidemiológicaResumo
Objetivo: Analisar o perfil epidemiológico dos casos novos de hanseníase no Estado de Pernambuco, entre os anos de 2012 e 2022. Metodologia: Estudo ecológico, epidemiológico, transversal de natureza descritiva e retrospectiva, com abordagem quantitativa, realizado através de dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação. Foi realizada a análise descritiva através de medidas absolutas e relativas, além do levantamento de indicadores epidemilógicos. Resultados: Foram diagnosticados 24.470 novos casos de hanseníase em Pernambuco, a análise espacial mostrou uma grande concentração na região metropolitana. As variáveis sociodemográficas mostraram maior predominância do sexo feminino (50,21%), raça parda (58,33%), maiores de 15 anos (91,59%), com baixa escolaridade. As variáveis clínicas mostram uma maior prevalência de casos multibacilar (62,89%), de forma clínica dimorfa (36,33%), apresentando grau zero de incapacidade (62,54%), onde 49,50% não realizam a baciloscopia, e 61,56% foram encaminhados para 12 doses da poliquimioterapia. Considerações finais: É possível observar que a hanseníase ainda atrelada aos determinantes sociais e de saúde, o seu diagnóstico está sendo realizado de modo tardio, contribuindo para o ocultamento da real prevalência.
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