A ESCOLA E O CURRÍCULO PARA FORMAR “GUERREIROS(AS)” PANKARÁ: prática docente e sentidos emergentes

Autores

  • Patrícia Fortes de Almeida
  • Rosália de Fátima e Silva

Resumo

Neste artigo, nosso objetivo é compreender os sentidos atribuídos pelas professoras indígenas Pankará à formação de “guerreiros(as)” através da educação escolar indígena. O povo Pankará habita o território da Serra do Arapuá localizado no município de Carnaubeira da Penha no Estado de Pernambuco. Partimos do pressuposto de que esta formação de
“guerreiros” abrange múltiplos sentidos, os quais estão relacionados a uma
escola, currículo e prática docente, que possibilitam uma formação às crianças e jovens indígenas politicamente engajadas às causas locais do grupo e ao processo de resistência étnica. Metodologicamente, realizamos pesquisa de campo junto ao povo Pankará através de entrevistas (individuais e grupos focais) com as professoras indígenas. Na análise das falas dos(as) interlocutores(as), principal referência de análise, realizamos abordagem multirreferencial, fundamentada na metodologia da entrevista compreensiva. Concluímos que a formação de “guerreiros(as)” é um outro aspecto da desconstrução deste modelo escolar vigente, homogeneizante e hegemônico e que a mesma se constitui em uma experiência pedagógica não só para os estudantes, mas também para os próprios professores(as) indígenas.

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Biografia do Autor

Patrícia Fortes de Almeida

Possui Licenciatura Plena em Educação Física pela Universidade de Pernambuco/UPE e mestrado em Educação pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte/UFRN. Desde 2009 é professora da rede pública estadual de Pernambuco no Ensino fundamental e Ensino médio. Atualmente integra a equipe da Gerência de políticas educacionais do Ensino médio na SEE - PE. Atuou na ong.
Centro de Cultura Luiz Freire desenvolvendo trabalho com professores (as) indígenas e no Ensino superior como professora no curso de Licenciatura em Educação física. Também atuou no Ensino médio integrado no IFPB enquanto professora substituta. Teve experiências
com formação continuada junto aos professores (as) da rede estadual nas áreas de Educação: Educação escolar indígena e Educação Física escolar com ênfase nos seguintes temas: aspectos históricos, filosóficos e sociológicos da Educação e da Educação física, currículo escolar, formação docente, diferenças culturais e educação escolar indígena.

Rosália de Fátima e Silva

Possui graduação em Pedagogia pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (1978), mestrado em Educação pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (1992) e doutorado em Ciências da Educação - Université de Caen (2000). Atualmente é professor assistente da Universidade Federal do Rio Grande do Norte professor Associado IV. Área de interesse: Metodologia da pesquisa com ênfase na Metodologia da Entrevista Compreensiva; Metodologia do Ensino Superior; Fundamentos Históricos e Filosóficos da Educação Brasileira.

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Publicado

03/07/2018

Como Citar

FORTES DE ALMEIDA, P.; DE FÁTIMA E SILVA, R. A ESCOLA E O CURRÍCULO PARA FORMAR “GUERREIROS(AS)” PANKARÁ: prática docente e sentidos emergentes. Revista Cronos, [S. l.], v. 17, n. 2, p. 45–56, 2018. Disponível em: https://periodicos.ufrn.br/cronos/article/view/13725. Acesso em: 8 maio. 2024.