Afetividade e gestão democrática na escola pública patrimonialista

Autores

  • Evson Malaquias de Moraes Santos UFPE

Resumo

Com base em nossos estudos sobre as significações da afetividade numa escola pública, chegamos a conclusão de que a afetividade não é apenas uma manifestação da subjetividade, mas uma significação imaginária social, suporte do compadrismo e clientelismo, estabelecida por dádiva, que possibilita a manutenção de hierarquias e submissão. Este imaginário social se desenvolve e se realiza numa sociedade patrimonial. Numa abordagem etnográfica, investigamos, por mais de 1 ano, uma escola pública que vivencia eleição doreta para diretor há mais de 12 anos. Além disso, tomamos as reuniões organizadas pela direção da escola como rituais. Observamos que o carinho, as palavras e os gestos gentis efetivados, no cotidiano, pelos membros da escola investigada, não ocorrem nas reuniões de deliberação. Ao contrario, são usadas palavras agressivas e não-estimulantes à participação, negando assim, o carater afetivo no cotidiano.

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Publicado

10-10-2018

Como Citar

SANTOS, E. M. de M. Afetividade e gestão democrática na escola pública patrimonialista. Revista Cronos, [S. l.], v. 3, n. 2, 2018. Disponível em: https://periodicos.ufrn.br/cronos/article/view/15638. Acesso em: 16 nov. 2024.