O sertanejo e a cidade, uma imagem utópica

Autores

  • Maria da Conceição Coelho Ferreira

Resumo

Falar da obra de Guimaráes Rosa sem abordar o que a tornou táo significativa no que concerne a renovaçáo literária no Brasil seria náo reconhecer a sua maior riqueza: o autor parte de uma perspectiva até entáo virgem nas letras brasileiras – náo o fato de trabalhar com temas como coronelismo e jagun-çagem como cerne de seu único romance – mas o fato de propor um olhar novo sobre esses fenômenos: náo é o mundo urbanizado do litoral que estuda o sertáo, mas o sertáo que se estuda a si mesmo, sua realidade e o contexto no qual ele se insere. Grande Sertáo: Veredas1  será  o  ponto  de  partida  do  presente trabalho. No romance rosiano, por meio de uma retrospectiva que o protagonista faz de sua vida de jagunço, ele nos oferece uma leitura bem particular do universo urbano. Entre duvidas, questionamentos e confissões, um certo pesar emana de suas palavras, um sentimento intangível mas presente. É aí que entra o tema de nosso estudo, ou seja, a visáo utópica da cidade pelos sertanejos. Seu pesar Riobaldo tenta ludibriá-lo se escondendo atrás de uma imagem exponencial das cidades, numa apologia desse espaço que o livraria de seus demônios. Pois o jagunço parece estar profundamente ligado ao esapço físico que o contém2.

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Publicado

29-04-2012

Como Citar

FERREIRA, M. da C. C. O sertanejo e a cidade, uma imagem utópica. Revista Cronos, [S. l.], v. 9, n. 1, 2012. Disponível em: https://periodicos.ufrn.br/cronos/article/view/1792. Acesso em: 22 jul. 2024.