A IDEOLOGIA DO VALE DO SILÍCIO E O TRABALHO PLATAFORMIZADO
DOI:
https://doi.org/10.21680/1982-5560.2024v25n1ID35393Palavras-chave:
Bike boys, Economia digital, Ideologia, Trabalho plataformizado, Vale do SilícioResumo
O capitalismo do século XXI irrompe com uma “economia digital”. Esse momento é marcado por mudanças na base técnica do capital e por um conjunto de outros acontecimentos advindos da crise estrutural dos anos 1970. A internet das coisas torna-se a base dos negócios digitais, com destaque para as empresas-plataforma. Nessa direção, o Vale do Silício aparece, no imaginário social, como um lugar de prosperidade por aglutinar as principais empresas tecnológicas e forjar uma nova modalidade de trabalho que vende a ideia “do jeito fácil e diferente de ganhar dinheiro sem ter chefe”. O objetivo do artigo é responder as seguintes questões: O que representa o Vale do Silício na contemporaneidade? Quais os elementos e valores que deram sustentabilidade ao desenvolvimento da região que a tornaram ícone de prosperidade no imaginário social? O que a ideologia do Vale do Silício oculta no tocante ao trabalho plataformizado? Qual a percepção dos trabalhadores de plataformas da cidade de Natal (RN) sobre o seu trabalho? Constata-se que os valores da autonomia e da liberdade estimulados pela ideologia do empreendedorismo do Vale do Silício são sedutores, mas as promessas de aquisição de renda rápida e ascensão social não se efetivaram; ao contrário, particularmente para os motoboys e bike boys de delivery, tendo como referência a cidade de Natal, suas condições de vida não se alteraram qualitativamente. Ademais, identifica-se que a autonomia e a liberdade prometidas pelo trabalho de plataforma precisam ser melhor problematizadas.
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