A IDEOLOGIA DO VALE DO SILÍCIO E O TRABALHO PLATAFORMIZADO

Autores

  • Ana Patrícia Dias Sales UFRN
  • Cesar Sanson UFRN
  • Francisco José Lima Sales UFERSA

DOI:

https://doi.org/10.21680/1982-5560.2024v25n1ID35393

Palavras-chave:

Bike boys, Economia digital, Ideologia, Trabalho plataformizado, Vale do Silício

Resumo

O capitalismo do século XXI irrompe com uma “economia digital”. Esse momento é marcado por mudanças na base técnica do capital e por um conjunto de outros acontecimentos advindos da crise estrutural dos anos 1970. A internet das coisas torna-se a base dos negócios digitais, com destaque para as empresas-plataforma. Nessa direção, o Vale do Silício aparece, no imaginário social, como um lugar de prosperidade por aglutinar as principais empresas tecnológicas e forjar uma nova modalidade de trabalho que vende a ideia “do jeito fácil e diferente de ganhar dinheiro sem ter chefe”. O objetivo do artigo é responder as seguintes questões: O que representa o Vale do Silício na contemporaneidade? Quais os elementos e valores que deram sustentabilidade ao desenvolvimento da região que a tornaram ícone de prosperidade no imaginário social? O que a ideologia do Vale do Silício oculta no tocante ao trabalho plataformizado? Qual a percepção dos trabalhadores de plataformas da cidade de Natal (RN) sobre o seu trabalho? Constata-se que os valores da autonomia e da liberdade estimulados pela ideologia do empreendedorismo do Vale do Silício são sedutores, mas as promessas de aquisição de renda rápida e ascensão social não se efetivaram; ao contrário, particularmente para os motoboys e bike boys de delivery, tendo como referência a cidade de Natal, suas condições de vida não se alteraram qualitativamente. Ademais, identifica-se que a autonomia e a liberdade prometidas pelo trabalho de plataforma precisam ser melhor problematizadas.

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Publicado

30-05-2024

Como Citar

DIAS SALES, A. P.; SANSON, C.; LIMA SALES, F. J. . A IDEOLOGIA DO VALE DO SILÍCIO E O TRABALHO PLATAFORMIZADO. Revista Cronos, [S. l.], v. 25, n. 1, p. 10–26, 2024. DOI: 10.21680/1982-5560.2024v25n1ID35393. Disponível em: https://periodicos.ufrn.br/cronos/article/view/35393. Acesso em: 19 dez. 2024.