Entre novos paradigmas e velhas práticas: a convivência com o semiárido e a agricultura familiar no semiárido nordestino

Autores

  • Shana Sampaio Sieber Doutoranda no Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais (PPGCS/UFCG).
  • Ramonildes Alves Gomes Professora Associada no Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais(PPGCS/UFCG)

Resumo

O presente artigo busca problematizar o cenário que envolve o paradigma da convivência com o semiárido na agricultura familiar do semiárido nordestino, a partir do município de Serra Talhada, marcado por um histórico político de coronelismo, clientelismo e banditismo, que ainda aparecem nas relações sociais com os agricultores. Nesse sentido pretendemos analisar as mudanças sociais e institucionais vivenciadas em Serra Talhada, a partir do discurso da convivência com o semiárido, acessado pelos agricultores familiares, agora organizados em associações e mediados por conselhos municipais. O discurso da convivência com o semiárido foi sendo ressignificado em uma conjuntura política “democrática e participativa” que fortaleceu uma lógica de organização social confrontando noções antagônicas que assumem uma materialidade cada vez mais distante dos seus princípios,omitindo um jogo político no qual a seca não é mais vista como um problema social e econômico, mas o meio para uma convivência política.

 

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Publicado

22-10-2015

Como Citar

SIEBER, S. S.; GOMES, R. A. Entre novos paradigmas e velhas práticas: a convivência com o semiárido e a agricultura familiar no semiárido nordestino. Revista Cronos, [S. l.], v. 14, n. 2, p. 171–189, 2015. Disponível em: https://periodicos.ufrn.br/cronos/article/view/6085. Acesso em: 8 dez. 2024.

Edição

Seção

SESSÃO 3: PERSPECTIVAS DE DESENVOLVIMENTO