O Pensamento Pós-Colonial e a Problemática da Representação das Vozes Subalternas
DOI:
https://doi.org/10.21680/1982-5560.2019v20n1ID17254Resumo
"Pode o subalterno falar?" é considerado um texto relevante não apenas para os estudos pós-coloniais, mas ainda “para os estudos culturais e para a crítica feminista ao indagar as formas de repressão dos sujeitos subalternos, interrogando a própria cumplicidade dos intelectuais contemporâneos nesse processo.” (ALMEIDA, 2010, p. 19). A autora Gayatri Chakravorty Spivak é indiana e nasceu em 1942 em Calcutá, sendo considerada hoje uma das principais referências da epistemologia e das perspectivas feministas e dos estudos pós/decoloniais. A autora acadêmica e literária é uma crítica da interpretação histórica “falogocêntrica” - imperialista e marxista - para ela o feminismo ocidental “burguês” pode ser considerado cumplice do capitalismo internacional na opressão e exploração de mulheres do mundo em desenvolvimento. Para Spivak (2010), a tarefa do intelectual pós-colonial deve ser a de criar espaços por meio dos quais o sujeito subalterno possa falar para que, quando ele ou ela o faça, possa ser ouvido(a). Para ela, não se pode falar pelo subalterno, mas pode-se trabalhar contra a subalternidade, criando espaços no quais o subalterno possa se articular e, com consequência, possa também ser ouvido. Recomendamos a pequena e complexa obra para estudiosos das áreas de gênero e estudos pós/decoloniais de todas as áreas de atuação, especialmente das Ciências Sociais e Ciências Humanas, sejam graduados ou não, e também para não acadêmicos que tenham interesse pelos assuntos nele abordados.
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