Incertidumbre y miedo
emociones y futuros imaginados en tiempos de pandemia
DOI:
https://doi.org/10.21680/2446-5674.2022v9n16ID26715Palavras-chave:
Incerteza, Medo, Futuro, Antropologia das emoçõesResumo
O objetivo deste texto é propor uma reflexão sobre a incerteza, uma questão social contemporânea que adquiriu um sentido de urgência no contexto da pandemia de covid-19, traçando um diálogo entre campos de formação recente nas ciências sociais latino-americanas: a antropologia das emoções e o futuro como tópico de pesquisa. Em primeiro lugar, introduzimos o campo semântico desta noção a partir de uma definição de dicionário, onde emerge o vínculo entre incerteza e medo, projetado a partir do clássico dualismo corpo/mente. Longe de ser uma questão de racionalidade, a falta de segurança é colocada em perspectiva como um instrumento de governamentalidade à escala global. Em segundo lugar, referimo-nos a estudos empíricos que abordam experiências de alteração das marcas temporais e dos sentidos da passagem do tempo produzidos por situações de crise de um ponto de vista subjetivo e biográfico. Finalmente, introduzimos um exercício exploratório de investigação digital em redes sociais, que nos permitiu identificar a prevalência do “campo económico” e do “campo psi” nos diagnósticos da crise atual e na oferta de respostas. Concluímos sistematizando algumas reflexões sobre o papel das emoções nas formas de imaginar e forjar futuros, apontando possíveis caminhos para a investigação.
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