Por um devir monstro
AdivinhaaDiva desfaz seu rosto
DOI:
https://doi.org/10.21680/2595-4024.2022v5n2ID30735Resumo
O presente artigo traça uma convergência entre os dispositivos teórico-práticos de meu processo inventivo na arte da performance, na qual “instauro” uma existência mínima, a AdivinhaaDiva, uma bufona-ciborgue-bixa. Por meio de uma investigação na interface entre arte e vida, almejei o entrecruzamento da prática criativa do bufão, conforme Bya Braga e Joaquim Elias, para produzir uma atividade que acomete ao “artivismo”. Tratam-se de dispositivos de intensificação de uma prática que torna o corpo um espaço de denúncia e o liberta de conservadorismos, levando-o a lugares não conhecidos, selvagens e impessoais. Para tanto, muitas questões se mostram em aberto e precisam ser discutidas: como superar os valores sociais normativos e “instaurar” essa população estrangeira que nos orbita, via arte da performance? Em que medida é possível tratar de uma produção artística aproximando o “modo de existência” bixa na arte da performance com o artivismo? Como poderei relacionar essas instâncias? Como tal “existência mínima”, partido de uma performer como agente instauradora, pode inventar um mundo, uma existência compartilhada?
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