EDUCAÇÃO ESCOLAR QUILOMBOLA: UM DESAFIO NA FORMAÇÃO E NA PRÁTICA DE PROFESSORES/AS
Resumo
As lutas das populações negras no Brasil desde outrora tem provocado mudanças na forma de o Estado brasileiro efetivar políticas públicas, sobretudo, quando em 2002 um governo de orientação popular assumiu-o e passou a implantar políticas de promoção da igualdade racial. Nessa perspectiva as políticas públicas para as populações negras ganharam visibilidade, a exemplo do acesso à terra onde nasceram já garantidos pelo artigo 68 da Constituição de 1988. A partir de então, as comunidades quilombolas passaram a exigir escolas que garantam aos seus filhos/as educação fundamentada nos seus valores, práticas e princípios. Isso levou o governo brasileiro a regulamentar a educação escolar quilombola como modalidade na educação básica. No entanto, implementá-la se tornou desafio para gestores/as e professores/as, dado o distanciamento entre sociedade e comunidades, e nem sempre fundar escolas nas comunidades quilombolas é a garantia de que a educação escolar quilombola esteja efetivada. Nesse sentido o nosso objetivo neste trabalho é analisar/discutir a formação e a prática de professores/as na EMEF Prof.ª Antônia do Socorro Silva Machado; instituição localizada na comunidade remanescente quilombola de Paratibe na cidade de João Pessoa-PB e identificar a efetivação ou não da educação escolar quilombola. Para tanto, observamos a pratica pedagógica cotidiana de professores/as e alunos/as na lida com os conteúdos em sala de aula, o PPP da escola, e a formação continuada de professores/as. A educação escolar quilombola é um processo lento e gradual que se constrói cotidianamente na relação entre escola e comunidade, porém para efetivá-la é indispensável à presença dos gestores, visto tratar-se de uma política pública.
Downloads
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2023 Mneme - Revista de Humanidades
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 4.0 International License.
Esta revista proporciona acesso público a todo seu conteúdo, seguindo o princípio que tornar gratuito o acesso a pesquisas gera um maior intercâmbio global de conhecimento. Tal acesso está associado a um crescimento da leitura e citação do trabalho de um autor.
Mneme se reserva o direito de efetuar, nos originais, alterações de ordem normativa, ortográfica e gramatical, com vistas a manter o padrão culto da língua, assegurado o padrão estético do periódico, respeitando, porém, o estilo dos autores. Os trabalhos publicados passam a ser propriedade da Revista Mneme, ficando a sua reimpressão total ou parcial, sujeito à autorização expressa de sua direção. Os originais não serão devolvidos aos autores. As opiniões emitidas pelos autores dos artigos são de sua exclusiva responsabilidade.