Arte, Religião e Conquista: os sistemas simbólicos do poder e o Barroco na Paraíba
Palavras-chave:
História da Paraíba, Barroco, Sistemas SimbólicosResumo
Tendo surgido no contexto de afirmaçáo/ perpetuaçáo da presença européia nas Américas, em 1585, a cidade de Filipéia de Nossa Senhora das Neves (atual Joáo Pessoa), nasceu pontilhada de monumentos barrocos. Até a criaçáo da Capitania Real da Parahyba foi condicionada pela ocupaçáo do litoral ao norte de Pernambuco, defendendo-o da pirataria constante e das possíveis invasões por franceses, ingleses ou holandeses. Com base na Teoria das Práticas de Pierre Bourdieu, e utilizando categorias como sistemas simbólicos, habitus, mercado simbólico e capital cultural, foi possível chegar à identificaçáo de sutilezas do imaginário colonial paraibano, que náo se mostravam de modo táo claro nos aspectos econômico-políticos de sua História, simplesmente por tratarem-se de representações mais complexas que se revelam naquilo que se relaciona à Fé e ao universo cristáo. Este trabalho discute os sistemas simbólicos do poder e seu imaginário - no aspecto político-institucional e psicológico - fazendo sua interligaçáo com as igrejas barrocas da Paraíba, destacando a associaçáo dicotômica entre o espaço santo (igreja) e o espaço maléfico (mundo laico) do universo, já que entrar no templo Barroco seria adentrar no reino do bem, reino do belo, de dissimulaçáo da verdade maior - as estratégias de poder - através de um discurso espiritualizado, que pregava a conformaçáo e o respeito às instituições.
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