COMEMORAR O IMPÉRIO? O INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO DO RIO GRANDE DO NORTE E AS CELEBRAÇÕES DOS CENTENÁRIOS DE NASCIMENTO DE DUQUE DE CAXIAS E D. PEDRO II
Resumo
Fundado em 29 de março de 1902, o Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Norte (IHGRN) foi criado com o objetivo precípuo construir um lugar para o estado na memória nacional. Para isso, seus sócios mobilizaram diversas estratégias, dentre elas, a realização de atos comemorativos. Os centenários de nascimento de Duque de Caxias (25 de agosto de 1903) e de D. Pedro II (2 de dezembro 1925) são exemplos desse agenciamento. Nesse sentido, uma questão se coloca: por que uma agremiação de republicanos, comemorou os cem anos dos natalícios de duas personalidades ligadas ao passado monárquico da nação? Com o intuito de responder à questão, este artigo tem como escopo principal examinar as condições de possibilidade desses dois atos comemorativos, evidenciando o os jogos do poder na cena política brasileira e norte-rio-grandense na década de vinte, articulando-os aos processos de reconfiguração da memória nacional. Para a consecução desse objetivo, o artigo está organizado da seguinte maneira: primeiramente, discute-se o perfil político dos sócios fundadores do IHGRN; em seguida, analisa-se a reconfiguração da memória nacional na década de 20; e, por fim, examina-se o agenciamento das efemérides referentes aos natalícios de Duque de Caxias de D. Pedro II pelo referido Instituto.
Downloads
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2024 Balbino Aires Costa
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 4.0 International License.
Esta revista proporciona acesso público a todo seu conteúdo, seguindo o princípio que tornar gratuito o acesso a pesquisas gera um maior intercâmbio global de conhecimento. Tal acesso está associado a um crescimento da leitura e citação do trabalho de um autor.
Mneme se reserva o direito de efetuar, nos originais, alterações de ordem normativa, ortográfica e gramatical, com vistas a manter o padrão culto da língua, assegurado o padrão estético do periódico, respeitando, porém, o estilo dos autores. Os trabalhos publicados passam a ser propriedade da Revista Mneme, ficando a sua reimpressão total ou parcial, sujeito à autorização expressa de sua direção. Os originais não serão devolvidos aos autores. As opiniões emitidas pelos autores dos artigos são de sua exclusiva responsabilidade.