“PARA NÓS, A DITADURA NÃO ACABOU”: MEMÓRIA INTERGERACIONAL A PARTIR DO CINEMA
Resumo
Este artigo discute as memórias intergeracionais das ditaduras e autoritarismos latino-americanos a partir das suas representações nos longas La Flaca Alejandra: vidas y muertes de una mujer chilena (1994) dirigido por Carmen Castillo e Guy Girard; Los rubios (2003) dirigido por Albertina Carri; La Teta Asustada (2009) de Claudia Llosa, e Yõg ãtak: Meu Pai, Kaiowá (2024) de Sueli Maxakali, Isael Maxakali, Roberto Romero e Luisa Lanna. Considera-se que a mediação cinematográfica das memórias traumáticas vem se constituindo como campo privilegiado de observação e reflexão acerca das especificidades da pós-memória na América Latina, fenômeno ainda pouco estudado na historiografia brasileira. Para cotejar nossa proposta, recorremos à bibliografia especializada da violência política na região, a qual se somam os conceitos de “memória protética” (Landsberg, 2003), “pós-memória” (Hirsch, 2008), gênero (Butler, 2022), emoções (Wolff, 2015) e a crítica decolonial dos estudos visuais (León, 2019), entre outros. Ocupa-se também do negacionismo do século XXI (Valim et al, 2021), problematizando limites e possibilidades deste conceito, e entendendo-o como tentativa de apagamento da inscrição cultural sensível produzida historicamente pelos movimentos por verdade, memória, justiça, reparação e responsabilização. Este fenômeno que cresce na era digital pode ser entendidos a partir das relação com a ampliação das políticas públicas de memória e reparação na América Latina e buscam sufocar o agenciamento dos/as sobreviventes das violações de direitos humanos na escrita e divulgação da História.
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